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quarta-feira, 30 de setembro de 2020

ESMOLA DEMAIS SANTO DESCONFIA...

No dia que se completam 83 anos da mentira que foi o plano Cohen, muitos brasileiros são taxados de comunistas pelo presidente da República. 

Esse plano foi uma espécie de arapuca engendrada pelo general Goes Monteiro (1889-1956). Esse plano, segundo ele à época no programa A Hora do Brasil, tinha por finalidade derrubar o presidente Getúlio Vargas. Esse foi o pretexto encontrado para o golpe que resultou na instituição do Estado Novo.

O plano Cohen foi anunciado na noite do dia 30 de setembro de 1937.

A Hora do Brasil é a voz do Brasil que ainda hoje continua no ar. Leia: A VOZ DO BRASIL, HEIN?

O Brasil é um trem sem rumo, sem direção, cujo o maquinista há muito anda sem foco.

O maquinista desse trem Brasil é, na verdade, uma besta quadrada que sonha eternizar-se no poder. 

As últimas pesquisas de opinião colocam o nome Bolsonaro em situação confortável. Isso deve-se à grana chamada de auxílio emergencial distribuída entre a população mais carente. Mas as pessoas, grosso modo, têm por tendência esquecer rapidamente o que é dito e feito pelos políticos.

O bolsa família foi criado no governo Lula.

Em 2010, Bolsonaro era deputado de baixo clero. Ficou na função durante quase 30 anos sem que fizesse qualquer projeto que beneficiasse a população. Aliás ele falou muitas vezes, pejorativamente, que o bolsa família era "bolsa farelo". 

Mais recentemente, bem recentemente, o mesmo Bolsonaro já presidente era contra a ajuda do governo à população. Seu ministro Guedes, um verdadeiro ET, chegou a propor uma ajudazinha de 200 reais. O Congresso aumentou para 500 reais. Para aparecer bem na fita, Bolsonaro bateu o martelo em 600 reais.

Aí é quando são realizadas as pesquisas de opinião sobre sua popularidade. E todo alegre, feliz da vida, quer eternizar essa ajuda ao povo. Nada contra, mas que isso é demagogia, é. Demagogia política com vistas à reeleição em 2022. A propósito, quem não é a favor do Bolsonaro é, segundo ele, comunista.

Esse filme já vimos, não é mesmo?

Em 1953, o pernambucano Luiz Gonzaga lançou à praça o baião Vozes da Seca, que diz: 

"Seu doutor, os nordestinos têm muita gratidão
Pelo auxílio dos sulistas nesta seca do sertão
Mas doutor, uma esmola a um homem que é são
Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão..."



MORRE PAI DA MAFALDA, O CARTUNISTA QUINO

Ouvi, ouvi há pouco notícia dando conta da morte do cartunista e historiador gráfico argentino Quino. 


Quino, de batismo Joaquín Salvador Lavado Tejón, morreu dois meses e três dias depois de completar 88 anos de idade. Foi o quadrinista mais publicado no mundo em língua espanhola. Seu principal personagem, a garotinha Mafalda, nasceu no dia 29 de setembro de 1964. Malfada estava há muito tempo "engavetada". Essa foi a maneira que o seu criador encontrou para protestar contra os horrores do mundo, políticos inclusive. 

Eu conheci Quino há 8 anos, quando o convidei para uma entrevista ao programa São Paulo Capital Nordeste, que apresentei durante quase 7 anos na rádio Capital AM 1040. Participaram dessa entrevista os cartunistas Custódio e Paulo Caruso, além do historiador Álvaro Moya e o poeta repentista Sebastião Marinho (Foto acima).

Moya morreu quando tinha 87 anos de idade. Leia mais: 

AUDÁLIO, QUINO E JOSÉ NÊUMANNE

VAMOS FALAR DE SEPARATISMO?


O Brasil, na sua grandeza territorial e populacional, também humana, sempre foi tema e alvo de movimentos separatistas.
Em 1817, por exemplo, Pernambuco separou-se do Brasil de Pedro I.
Pouco antes de 1930, o município de Princesa (PB) separou-se da Paraíba.
Em fins de 1840, o Rio Grande do Sul também esteve na onda do separatismo. O primeiro presidente desse separatismo foi Bento Gonçalves, que morreu desiludido com a política.
O separatismo político, no nosso país, é uma realidade histórica. Minas já quis se separar do Brasil. São Paulo já quis se separar do Brasil. São Paulo e Minas fizeram a política do “café com leite”. A história do café com leite é muito conhecida. E aí é quando chega o gaúcho Getúlio Vargas.
Voltemos à Paraíba, a Pernambuco.
Em 1984, a cantora paraibana Elba Ramalho gravou a canção Nordeste Independente, do pernambucano Ivanildo Vila Nova e do paraibano Bráulio Tavares. Ouça: https://www.youtube.com/watch?v=GO_Y-P_A7y4&t=2
Essa música, que está no repertório do LP Do jeito que a gente gosta, foi proibida pelo governo da época. O governo da época era representado pelo general João Figueiredo, o último do ciclo militar.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

A DEPRESSÃO MATOU MACHADO DE ASSIS

No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, é possível encontrar muita coisa referente a Machado de Assis e William Shakespeare, incluindo livros e discos em vários formatos como os que aparecem aí na foto

Você já ouviu falar da Peste Negra?
A Peste Negra, também chamada de Bubônica, foi uma desgraça saída da China para atacar a Europa e outras partes do mundo. Saiu de lá no final da primeira parte do século 14 e foi, foi e foi até chegar ao Brasil na virada do século 19.
Matou milhões e milhões de pessoas.
O cara chamado William Shakespeare você já ouviu falar, certo?
Pois bem, Shakespeare nasceu em abril de 1564 lá pras bandas das terras do Robin Wood.
Quando a Bubônica chegou, Shakespeare tinha cerca de um ano. Era bebê.
Quando a Bubônica chegou ao Brasil, Machado de Assis tinha 60 anos de idade e já era o escritor famoso fundador da Academia Brasileira de Letras, ABL.
O que é que tem a ver Shakespeare com Machado de Assis?
“Shakes” morreu quando tinha 52 anos de idade. Machado, 69.
William Shakespeare deixou quase 40 peças de teatro, poemas e saudade. A obra de Shakespeare já foi publicada em quase todas as línguas.
Joaquim Maria Machado de Assis deixou uma dezena de romances, uma dezena de peças de teatro, duas centenas de contos e milhares de outros texto, incluindo artigos, crônicas e poemas caudalosos. Sua obra já foi publicada em muitas línguas.
Machado nasceu em 1839 e com 15 anos de idade já escrevia poemas em jornais. No seu primeiro livro, Ressurreição (1872), já faz referências à obra de Shakespeare.
A obra de Machado é toda ponteada por Shakespeare.
Shakespeare e personagens são citados mais de 250 vezes na obra machadiana.
Naquele tempo, no tempo do Machado, poucos intelectuais brasileiros sabiam quem era Shakespeare. E Shakespeare Machado lia no original.
Shakespeare está em Machado em contos, crônicas e romances como Quincas Borba (1891), Iaiá Garcia (1878), Helena (1876), Brás Cubas (1881) e Dom Casmurro.
Dom Casmurro foi lançado em 1899, mesmo ano que a Peste Negra, ou Bubônica, aportou no Brasil.
Shakespeare não pegou a Bubônica. Machado também, não.
Machado de Assis fala de várias pragas terríveis do seu tempo como a varíola e a Febre Amarela, além da Peste Negra. Escapou de todas.
William Shakespeare pode ter morrido por beber tranqueiras além da conta.
Machado de Assis morreu no dia 29 de setembro de 1908, de depressão, quatro anos depois de perder a companheira Carolina para o câncer, com quem viveu durante 35 anos.
Machado e Carolina não tiveram filhos. A alegria dos dois era Graziela, uma cachorrinha pixototinha muito mimada. Mas essa é outra história.
Shakespeare, mulherengo ao contrário de Machado, fez três filhos e morreu só.



segunda-feira, 28 de setembro de 2020

AOS 68, AGRADEÇO A VIDA

No total, vivi até agora mais ou menos 595 mil e 700 horas. Isso dá mais ou menos 815 meses, 3.545 semanas.
Cálculos desnecessários à parte, embora curiosos, aproveito o momento para agradecer às pessoas queridas que a mim desejaram saúde para viver com alegria estes tempos tão tumultuados, de parte a parte do mundo. 
Beijos e abraços carinhosos à Célia e Celma, Mariana, Ivanira, Sylvia, Cilene, Mirianês, Gleice, Ivone, Cris, Cida, Mara, Miriam, Marli Moreira, Francisca e Manuel, Lindalva, Anninha, Vito, Vitor Nuzzi, Silvio, Murilo, Fausto, Felipe, Cacá Lopez, Cadú, Renato e Gregory (Trio Gato com Fome); Ibys, Jonas, José Cortez, Luiz Bahia, Moreira de Acopiária, Wilson Seraine, Airton Mugnaini, José Antonio Severo, João Marques, Luiz Wilson, Rômulo Nóbrega, Tonho do Paiaiá, Zé Geraldo, Helvídio Matos, Valdeck de Garanhuns, Jurandir da Feira, Santana, O Cantador; Carlos Silva, Edvaldo Santana, Patrick Santos, Gabriel Priolli, Darlan Zurc, Sérgio Martins (A CEGUEIRA NÃO É O FIM), Marquinhos Mendonça, Júlio Medaglia, Bill Hinchberger, Eduardo Ribeiro, Wilson Baroncelli, Klévisson Viana, Rouxinol do Vinaré, Sinval de Itacarambi Leão, Richardi Muniz, Kidelmir Dantas, Jorge Mello, Peter Alouche, Jorge Araújo, Toni Campelo, Castanha (da dupla com Cajú) e muitos outros que mandaram mensagens nas diversas redes que nos une pela Internet. 
A Ma, irmã da Ju, está tocando um piano maravilhoso. O pai Audálio deve estar onde estiver todo orgulhoso da filhona, não é mesmo Vanira?
No vídeo abaixo, algumas mensagens que os amigos nos enviaram fazendo eu encher-me de emoção. Obrigado a todos.


ROUXINOL DO RINARÉ, POETA NOTA MIL!


Todo dia todo mundo aniversaria. Ontem fui eu. E hoje Rouxinol do Rinaré.
Rinaré é um dos mais importantes poetas de cordel do Brasil. Nasceu no Ceará há exatos 54 anos.
Quando Rinaré nasceu, o Brasil se dividia cantando A Banda, de Chico Buarque; e Disparada, de Geraldo Vandré.
De batismo, Antonio Carlos da Silva, Rouxinol do Rinaré já publicou mais de uma centena de folhetos. É um craque no assunto, e receptivo atende fácil, fácil a todos que o procuram.
Conheço Rouxinol do Rinaré há uns 20 anos (foto acima do acervo do poeta) e sua filha Julie, também cordelista. Leia: https://assisangelo.blogspot.com/search?q=mulheres+no+cordel+rinar%C3%A9
Esse Rinaré nasceu no dia 28 de setembro de 1966.
Acompanhe no vídeo abaixo e tome com esse poeta as primeiras noções de boa poesia.


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

NAS ONDAS DO RÁDIO (4)


Hoje é o dia do rádio. Eu adoro Rádio. Comecei a fazer rádio nos meus tempos de João Pessoa, PB. 
A rádio Correio da Paraíba foi a primeira emissora em que trabalhei. 
Comecei como locutor, lendo notícias de hora em hora.
A primeira emissora de rádio do Brasil chamou-se Sociedade do Rio de Janeiro. Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, inaugurada no dia 20 de abril de 1923. A iniciativa foi de Edgar Roquette Pinto (1884 - 1954).
O dia do Rádio é comemorado no dia 25 de setembro porque foi nesse dia que nasceu Roquette Pinto. 
Todo mundo pensa que o criador do rádio, esse aparelhinho mágico que emite sons sem fios, foi o italiano Guglielmo Marconi (1884 - 1937)
O inventor do rádio foi o padre brasileiro Roberto Landell de Moura (1861 -1928). Era físico, químico, teólogo, nascido em Porto Alegre, RS. 
A história de Landell é uma história de luta, de sonho. 
À época em que inventou o rádio, Landell foi ignorado completamente por empresários, políticos e religiosos de sua igreja.  
É como eu disse, adoro rádio. 
Abaixo mais uma edição do programa São Paulo Capital Nordeste, que apresentei durante quase sete anos na rádio capital (AM 1040). Clique: 




quinta-feira, 24 de setembro de 2020

NO RIO DE SEMPRE, AUTORIDADES FORA DA LEI

A safadeza no Brasil não é de hoje, quem não sabe disso? E safadeza de todo tipo, das brabas.
É ou não é uma safadeza braba prender, torturar, matar pobres e negros?
A notícia que ouvi a pouco diz que o Rio de Janeiro anda numa pindaíba dos infernos. Uma confusão sem precedência na história. Com grupos assassinos agindo impunemente etc.
Se a gente folhear as páginas da história iremos encontrar horrores iguais aos cometidos no dia a dia da quadra que vivemos. Talvez até piores. E nem quero me referir a Cabral, Garotinho, Garotinha, Pézão...
Você meu amigo, minha amiga, já ouviu falar na Revolta da Cachaça?
Em 1654 índios e portugueses puseram pra correr os holandeses que haviam invadido pernambuco. Cinco anos depois, a Coroa portuguesa chiou por crise provocada pela escassez de açúcar.
Os holandeses sempre foram bons na produção de açúcar.
Da cana de açúcar subtrai-se o destilado tão apreciado chamado cachaça.
Os produtores de cachaça da época se estranharam com a Coroa que deles cobrava altíssimos impostos para continuarem a produzir a "mardita", como muitos e muitos anos depois chamaria a nossa querida Inezita Barroso.


Numa madrugada de dezembro de 1660, cento e poucos fabricantes de cachaça no Rio de Janeiro entraram em pé de guerra e partiram para o pau.
O governador era um cidadão de nome Salvador de Sá, que se achava em São Paulo. Um parente dele, Tomé não-sei-o-quê, respondia pelo expediente governamental e acabou nas mãos dos revoltosos, preso. Ao saber disso, Salvador encheu dois navios de comandados e acabou a farra dos fabricantes de cana.
Detalhe: os revoltosos, fabricantes de cana, tomaram o poder por cinco meses. O cara que ficou no lugar de Tomé foi Jerônimo Barbalho. Violentíssimo. Mas quem perdeu a cabeça em julgamento promovido pela Coroa foi o irmão, Agostinho. Decapitado, sua cabeça foi exposta ao público. 
Isso tudo para lembrar que à época disso tudo a cachaça era produto altamente disputado e contrabandeado por autoridades de alto escalão, como o governador também carioca João da Silva e Souza. Esse sujeito governou o Rio entre 1670 e 1675. Ele contrabandeava para a Angola, país africano que também chegaria a governar. Pode?
O padre Antonio Vieira chegou a "denunciar" a troca  de índios por cachaça, no Pará.
Conta a história que Tiradentes também gostava de molhar a garganta. Ele e os demais confidentes. Seu irmão Antonio Domingos Xavier, padre, era fabricante de pinga no sul de Minas.
Portanto o que hora ocorre no Rio de Janeiro não é nenhuma novidade.
Agora mesmo acabei de ouvir na TV notícia de mais uma operação da PF em Rondônia. Lá, pessoas poderosas e influentes faturam algo em 20 milhões de dólares por mês provenientes de extração e contrabando de diamantes em reservas indígenas. Pode?
E a família Bolsonaro, hein?
O presidente vai ou não vai ser interrogado sobre se manipulou ou não, a bel prazer, a Polícia Federal como acusou o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro?
E a história das rachadinhas, hein?
Durma-se com um barulho desse!

SOBERANIA NACIONAL

O nosso Machado de Assis dizia que uma das coisas mais belas do Brasil é a nossa soberania. 
Semana passada o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo veio ao Brasil para fazer conchavo com o titular do Ministério das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Pompeo desembarcou na capital de Roraima, Boa Vista, de onde proferiu discurso inadequado ao lugar onde estava. Detonou a Venezuela. O seu chefe, o Trump, pode provocar uma guerra no território venezuelano. Pra isso quer a cumplicidade do Brasil. Perigo à vista.
Essa história lembra um caso vivido pelo diplomata Saraiva Guerreiro (1918-2011). 
Um vez um ex-ministro de Estado norte-americano propôs ao Brasil ajudar os EUA em derrubar o Governo de El Salvador. Saraiva, depois de minutos em silêncio, fixou os olhos no gringo e perguntou: "Você acredita em Deus?". Surpreso gringo respondeu que sim, que acreditava em Deus. E nosso ministro: "Então, vamos rezar.". 

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

JORGE ARAÚJO, MESTRE DA FOTOGRAFIA

O telefone toca:
— Seu Assis! 
— Fala, Zeca.
— O sinhô viu o Jornal Hoje?
— Zeca, eu não vi. Ouvi. Terminou agora, às 15 horas. Neste momento.
— Desculpe, às vezes esqueço que o sinhô é cego. Eu quero saber se o sinhô ouviu a notícia sobre as grandes personalidades do mundo na revista Time, que acaba de ser publicada. 
— Sim, Zeca. O presidente aparece como uma das grandes personalidades do mundo, estranho não é?
— Sim, seu Assis. Mas o bacana, o bacana mesmo, foi a inclusão do Felipe Neto. O Felipe aparece como o mais importante influenciador do mundo, pela internet. 
— Pois é, me-re-ci-da-men-te. 
— Quando vi a notícia sobre o Felipe, lembrei imediatamente do Jorge Araújo. O Jorge é seu amigo, não é?
— Sim, Zeca. Trabalhei com o Jorge na Folha. Ele é um dos maiores fotógrafos do mundo. Assim considerado. Eu, da minha parte, o considero o maior do mundo. O segundo é também amigo meu de nome Salgado Maranhão, mineiro. Das Altaneiras. Mora na França, há muitos anos.
— Poxa, seu Assis. eu não sabia disso, da sua relação com o salgado. O salgado é meu ídolo. Na fotografia. Em tudo. Esse cara é nota mil, como diria o poeta Peter Alouche. 
— Zeca, o Jorge caiu na vida do jornalismo fotográfico quando tinha apenas 14 anos de idade. A primeira foto dele publicada foi numa coluna do jornal, já extinto, Última Hora. Esse jornal já foi criado bem no começo dos anos de 1950. Seu criador foi um cara que conheci muito bem e que também a mim me conheceu, Samuel Wainer (1910-1980). Aliás, Zeca, um dia o Samuel pediu que eu entrevistasse o cantor até então iniciante Renato Teixeira. Isso em 1978, 79. Entrevistei o Renato. Essa entrevista, de página inteira, foi publicada no suplemento dominical da Folha, Folhetim.
— Poxa, seu Assis. O sinhô é o cara!
— Menos, menos, Zeca. Mas estávamos falando de quem mesmo?
— Do Jorge!
— Zeca, o Jorge tem histórias incríveis. Ele é incrível. Foi ele o autor daquela incrível foto das Diretas Já, na Sé, SP, na qual aparece uma pomba.
— Essa foto é muito bonita, eu não sabia que era do Jorge.
— O Jorge foi o cara que acompanhou o Ricardo Kotscho na série de reportagens sobre a exploração do ouro em Serra Pelada, publicado pela Folha.
— Caraca!
— O Jorge, Zeca, carrega consigo histórias incríveis. Trabalhei com ele e o admiro até hoje. É mais velho do que eu três anos e quuatro meses. Nasceu em maio de 1949. Aliás, ontem ele me ligou pra dizer coisas bonitas que só os amigos dizem. Falou do seu menino de 8 anos e da sua mulher, médica. Disse ela pegou o diacho desse vírus que anda circulando no ar, chamado novo Coronavírus. Mas ele e ela e o filho, estão bem. Graças a Deus, não é?
— É, seu Assis, o diacho desse vírus tá pegando meio mundo. Meio mundo e meio.
— É, esse vírus tá pegando todo mundo. Uma gripezinha. não é? Quase 140.000 mortos até agora, no Brasil. Até o querido juiz paraibano Onaldo Queiroga pegou essa peste. Mas ele também está bem. Deus existe.
— Seu Assis, o sinhô está dizendo tanta coisa que eu não sabia sobre o Jorge. Posso lhe fazer uma pergunta?
— Claro, Zeca.
— Eu gostaria que o sinhô respondesse numa palavra quem é Jorge Araújo.
— Gênio!

Saiba mais sobre o Jorge Araújo: VIVA JORGE ARAÚJO!

VAMOS FALAR DE REPENTE?


A cultura popular brasileira é de uma riqueza impressionante.
A cultura popular é a manifestação mais autêntica e altiva de um povo. E cá estamos nós.
O cordelismo e o repentismo brasileiros deram o ar da graça no começo da segunda parte do século 19, na Paraíba. Mais precisamente, lá pelas bandas da serra do Teixeira.
A Paraíba, como todo mundo sabe, é um dos nove Estados nordestinos brasileiros. É a terra de Silvino Pirauá Lima (1849-1913), cordelista e repentista; e de Leandro Gomes de Barros (1865-1918), cordelista.
Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco também deram grandes poetas do povo, do som e da escrita. O Piauí também.
Do Piauí era Firmino Teixeira do Amaral (1896-1926). Era jornalista e autor do cordel Peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum, publicado em 1914. De Pernambuco são os Irmãos Batista, por exemplo: Dimas, Otacílio e Lourival, conhecido também como Louro do Pajeú. Em Pernambuco nasceram também Oliveira de Panelas, Ivanildo Vila Nova e Lourinaldo Vitorino. Três gênios.
Em 1993, Ivanildo e Lourinaldo estrelaram um desafio até hoje lembrado e comentado por quem gosta e por quem não gosta (impossível!) de cantoria. Foi em São José do Egito, região considerada espécie de “Meca dos Repentistas”. Ouça: https://www.youtube.com/watch?v=k-LPluwfDGw&feature=youtu.be
Em 1997, Lourinaldo Vitorino apresentou o 1º Campeonato Brasileiro de Poetas Repentistas, que presidi no Memorial da América Latina. Essa é uma história à parte. Clique: https://en.calameo.com/books/001893073d3434bca0876
 E clique também: https://assisangelo.blogspot.com/2014/08/mocinha-de-passira-hoje-no-estadao.html
Ivanildo, nascido em 1945, começou a carreira ainda criança. Tinha uns seis ou sete anos de idade.
Lourinaldo, nascido em 1959, iniciou- -se no mundo do canto de improviso ao som de viola também em tenra idade.
Os pais de Ivanildo e Lourinaldo marcaram época no repentismo. Zé Faustino era o pai de Ivanildo. Joaquim, de Lourinaldo.
Lourinaldo teve um irmão também genial: Diniz Vitorino. A morte do irmão famoso de Lourinaldo, Diniz, foi uma morte à toa: ele chegou em casa à boca da noite, enfiou a chave na porta e ao entrar caiu e morreu. Faz uns cinco anos.
Ivanildo Vila Nova já gravou dezenas de discos. Lourinaldo, apenas uma fita K7.
No acervo do Instituto Memória Brasil (IMB) estão todos os discos de Ivanildo Vila Nova.
Ah, sim! O 1º Campeonato Brasileiro de Poetas Repentistas rendeu um CD duplo. Ouça: 



terça-feira, 22 de setembro de 2020

MENTIROSO, MENTE: BOLSONARO NA ONU (FINAL)

Passava pouco das onze horas quando o telefone tocou.
— Fala Zeca!
— Seu Assis, é o seguinte: ontem quase que eu dava umas porrada no Zebedeu. Quase! Seu Assis, o Zebedeu começou falando umas coisas muito doidas. Como sempre, defendendo esse cara aí que virou presidente de repente, à toa.
O Zebedeu não entende de política. Zebedeu é uma besta. E falou e falou sobre o presidente. Eu disse pra ele que o presidente só ia dizer porcaria na ONU. E foi isso que ele, presidente, disse: só porcaria, só mentira. Seu Assis, o Zebedeu diz que o presidente dele é o maior presidente do Brasil, do mundo. Eu acompanhei tudinho o que esse presidente falou hoje na ONU. Ele mentiu e mentiu como o sinhô sabe. E eu quase que desliguei o rádio quando ele começou a falar desse tal vírus que tá matando todo mundo. Começou a mentir aí. Depois seguiu mentindo, mentindo. Disse que a floresta pegando fogo é culpa dos caboclos e dos índios. Disse também que tava pagando 1000 dólares para os pobres. Men-ti-ra deslavada! E ele, seu Assis, disse mais barbaridades ainda. Que está combatendo a Covid-19, que está combatendo tudo que não presta. É mentira, seu Assis! O sinhô 'tá me ouvindo?
— Claro, Zeca, claro, estou te ouvindo...
— Seu Assis, posso te pedir uma coisa?
— Claro, Zeca.
— Seu Assis, eu gostaria muito que o sinhô fizesse uma apreciação do discurso do presidente na ONU. Eu já pedi pro Zebedeu, mas o Zebedeu é o que o sinhô sabe o que é. Ele é doido. Seu Assis eu quero que o senhor diga o que achou do discurso do presidente, se é que aquilo se pode chamar de discurso. Inclusive aquela coisa, que não entendi bem, de "Cristofobia".
— Zeca, você já disse tudo que eu poderia dizer. Agora essa história de "Cristofobia”, falaremos depois.
— Não, seu Assis, por favor, fale agora. O que é cristofobia?
— Bom, Zeca, a maioria dos brasileiros é cristã. Somo uma nação cristã, que acredita em Deus, em Cristo. O presidente é evangélico.
— É mesmo, seu Assis. Outro dia eu vi esse sujeito ajoelhado aos pés de um pastor. Eu acho que esse cara é um capeta.
— Zeca, há muitas religiões no Brasil, algumas de origem africana.
— E cristofobia...
— Cristofobia, Zeca, é como se os cristãos fossem perseguidos, daí a palavra usada pelo presidente: cristofobia.
— Então, o presidente disse mais uma mentira, certo?
— Certo, Zeca, isso mesmo. Você é m brasileiro antenado, curioso, perspicaz.
— Obrigado, seu Assis, outro dia eu li, numa revista, no jornal, que o presidente é uma espécie de anticristo.
— Calma, Zeca. O anticristo que se acha na Bíblia demonstra-se muito inteligente.

MENTIROSO, MENTE: BOLSONARO NA ONU (1)

Zeca e Zebedeu são amigos nordestinos.
Zeca é do Maranhão e Zebedeu, de pernambuco.
Zeca e Zebedeu brigam feito doidos. Os dois discordam o tempo todo, um do outro. Ambos se acham politizados.
À véspera do presidente apresentar-se ao mundo, mais uma vez, mentindo, Zeca provocou Zebedeu:
— Teu presidente é uma josta! Ele vai fazer besteira, ele vai dizer besteira, na abertura da assembleia da ONU.
— Esse cara é muito bom, é meu presidente. Vocês, comunistas, só enchem o saco!
Zeca olhou no olho do Zebedeu e disse:
— Olha aqui, você é cheio de onda. Você quando bebe fica rico e diz besteira como o Diabo. Amanhã o teu presidente vai falar na ONU. E vai dizer muita besteira. Vai mentir, vai dizer merda. Tenho certeza.
— Olhe, Zeca: o meu presidente é um cara muito importante. Eu acredito em tudo que ele diz.
— Zebedeu, tome juízo amigo, teu presidente é uma josta! Amanhã ele vai estar falando na ONU. E como eu disse, vai dizer só besteira, vai mentir o tempo todo. Tenho certeza disso. Olhe, eu tenho tanta certeza do que dirá teu presidente na ONU, que amanhã, logo depois da fala dele, vou ligar para meu amigo Assis pedindo que faça uma análise do seu discurso, se é que se pode chamar de discurso o que ele vai dizer lá, na ONU.
— Zeca, esse teu amigo Assis é um comunista, não vale nada!

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

ESTÃO MATANDO NOSSAS MATAS...


Hoje é o dia da árvore.
O dia da árvore é todo o dia, e não só no 21 de setembro.
Essa data existe, oficialmente, desde 1965. Tempos duros.
É em território brasileiro que se acha a maior floresta tropical do mundo.
A floresta amazônica ocupa o maior Estado brasileiro, o Amazonas e outros mais, como Maranhão, Acre, Pará, Tocantins...
São milhares de tipos de árvores, pássaros etc encontráveis nas nossas matas, mas tudo está pegando fogo. Irresponsavelmente. 
O jequitibá, como o baobá, é uma das árvores mais belas e antigas das nossas matas. 
Há no território paulista o maior jequitibá de que se tem notícia, fica lá pros lados de Passa Quatro. Tem uns quarenta metros de altura e não sei quanto de largura, com raízes fincadas profundamente no solo. É uma beleza em todos os sentidos. E como tal, desnecessário descrevê-lo (acima). 
Pois é, nossas matas continuam pegando fogo e o presidente da República diz que são apenas focos de incêndio. 
Depois dizem que o cego sou eu...
Ouça: 



domingo, 20 de setembro de 2020

BRASIL DE GUERRA E PAZ

Liguei o rádio para ouvir a transmissão do jogo Grêmio x Palmeiras. O Grêmio, que foi fundado no dia 15 de setembro de 1903, anda com as pernas bambas, 5 atrás do Palmeiras. E não estou gostando desse jogo.
O Grêmio nasceu em Porto Alegre, capital do Rio Grande que não apoiou a Guerra dos Farrapos, comandada por Bento Gonçalves, herói da terra nascido no dia 23 de setembro de 1788 e morreu em 1847.
O Brasil é um país cheio de guerras, revoluções, conflitos de todos os tipos, desde sempre.
O livro Dicionário das Batalhas Brasileiras, do paulista Hernâni Donato (1922-2012), trás uma quantidade absurda de verbetes contando toda nossa história abarrotada de conflitos armados.
A Guerra dos Farrapos ou Farroupilha foi deflagrada no dia 20 de setembro de 1835. Durou 10 anos. houve poucos mortos, uns 3 ou 4 mil. E tudo começou por causa dos autos impostos que o Governo Imperial dos Estancieiros, produtores de carne seca.
Essa, como tantas, é uma história cheia de lances absurdos. Revoltosos baixando as armas perante os argumentos de Luís Alves de Lima e Silva,(1803-1880),o mais aplaudido e premiado militar brasileiro em todos os tempos.Começou por baixo e terminou por cima. Duque de Caxias, herói de todo canto, inclusive da Guerra do Paraguai. Até hoje lembrado como O Pacificador.
O Herói dos Farrapos, Bento Gonçalves, morreu adoentado dois anos após a guerra. Morreu triste e desiludido, tocando a vida no seu pedaço de terra.
Tem uma cidade chamada Bento Gonçalves,, distante 121 km da capital Porto Alegre.
O líder dos Farrapos chegou a separa o Rio Grande do Sul do Brasil, virando presidente da república rio-grandense ou Piratini. Tem até hino.

sábado, 19 de setembro de 2020

OSWALDO MENDES, UM CARA PORRETA!

 


A realidade da vida e a dos palcos se fundem com perfeição no jornalista, autor, ator e diretor de teatro  Oswaldo Mendes, aniversariante do dia 19 de setembro.

Oswaldo ou Oswaldinho como preferem os mais íntimos está completando 74 anos de idade, mais de 50 dos quais nas redações, ruas e palcos.

Falei com ele, por telefone, naturalmente, já nos primeiros minutos de hoje. Coincidentemente, liguei apenas para dizer "oi". Coisa que faço sempre. Conversa vai, conversa vem, pimba! Fique sabendo do seu natalício.

Conheci Oswaldo Mendes desde fins dos anos de 1970, quando trabalhamos para o Frias da Folha e Última Hora. Também para o Maksoud, da extinta revista Visão da qual ele também foi editor. Nessa revista publiquei muita coisa, incluindo uma entrevista especial com Luiz Gonzaga, o rei do baião; e um pequeno ensaio sobre o padre padin Cícero, que gerou uma polêmica dos infernos.

São poucas as pessoas tão sensíveis, profissionais e práticas como Oswaldinho, autor de pelo menos uma dúzia de livros e peças de reconhecimento público.

Diretor de teatro, Oswaldo Mendes dirigiu muita gente bonita.   

Essa Mulher, espetáculo estrelado pela cantora Elis Regina, gaúcha, foi dirigido por ele. Aliás, foi ele quem me apresentou à pimentinha como era chamada a cantora. Eu acabara de publicar uma entrevista inédita com o cantor paraibano Geraldo Vandré, no suplemento cultural Folhetin (Folha). Conhecedor da relação explosiva entre o cantor e a cantora perguntei opinião dela sobre ele. Resposta: "esse teu amigo (Vandré) é muito difícil".


Oswaldinho é o tipo de pessoa que lá na minha terra, Paraíba, a gente costuma chamar de porreta, arretado, o cara com quem todo mundo gosta de prosear, trocar ideias, enfim estar perto.

Sempre que pude ia eu assistir peças suas. Uma delas me marcou sobremaneira: Um Tiro no Coração, com Dionísio Azevedo e Walderez de Barros. Tratava do suicídio do gaúcho Getúlio Vargas (1882-1954). Foi num teatro da Augusta, acho, ali no começo dos anos 1980. 

A última obra que assisti do Oswaldinho foi o Anti-Nelson Rodrigues, no Teatro de Arena, cá em Sampa. A história, até onde me lembro, tratava de um jovem herdeiro de uma grande fortuna que se apaixona por uma de suas funcionárias. Tipo meio tragicômico. Oswaldo Mendes é da mesma terra em que nasceu o cantor e compositor Sérgio Ricardo: Marília, SP.

Ah! sim, e como não falar do Faustinho, hein?

Fausto é um dos mais argutos observadores do nosso cotidiano. É um cartunista incrível. Capaz de fazer rir ou chorar. Seu traço é único. Sim, como o traço de Picasso, Brenan, Ziraldo, Millôr, Fortuna. Seu traço é de gênio. Não é mesmo Oswaldo?

Arte: Oswaldinho no traço de Fausto.

 Viva Oswaldo Mendes!

Foto: Oswaldo Mendes na casa do Assis Ângelo, setembro de 2014


BELAS ENTREVISTAS

Meu amigo, minha amiga, se você não assistiu, se você não viu as entrevistas que o apresentador de rádio Carlos Sílvio fez em 2019 com os jornalistas José Hamilton Ribeiro e Ignácio de Loyola Brandão, a hora é agora.

Clique:

https://www.youtube.com/watch?v=ugfb8PuCN1Q&t=1032s

https://www.youtube.com/watch?v=VPhFmJrWBVE&t=1s

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

CHATÔ, CIDADÃO COM DNA BRASILEIRO

Francisco de Assis Chateuabriant Bandeira de Mello (1892-1968) foi um paraibano nascido no sertão paraibano de Umbuzeiro, há 159km da capital João Pessoa.
Chatô, como ficou conhecido, foi o primeiro brasileiro a construir um império jornalístico formado por revistas como O Cruzeiro (1928), jornais, rádios etc. Às dezenas.
Foi um dos mais importantes cidadãos que o Brasil já teve.
Chatô nasceu gago e de família remediada.
Lutou sozinho contra a cagueira. Venceu. Era baixinho, gorducho, feio para os padrões de todas as épocas.
Estudou Direito e trocou a Paraíba pelo Rio de Janeiro, onde começou a botar pra quebrar. Comprou jornais, fundou jornais, fez o diabo a quatro, como diria dona Dilma.
Já nos anos de 1940 Assis Chateaubriand poderia ser chamado de rei do Brasil.
Os políticos comiam na sua mão, digamos assim. Inclusive Getúlio Vargas, o presidente que mais tempo ficou ocupando a cadeira de presidente.
Chatô, com a força que tinha, elegeu Getúlio em 1950.
Pois bem, em 1950 Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello trouxe para o Brasil a televisão.
A televisão no Brasil foi inaugurada no dia 18 de setembro daquele ano.
Chatô era brasileiríssimo.
Foi Chatô quem criou o Museu de Arte Moderna de São Paulo, MASP.
O acervo do MASP é calculado em não sei quantos milhões ou bilhões de dólares.
O MASP, ali na Paulista, foi inaugurado em 1968.
A rainha Elizabeth II foi convidada por Chatô à estar presente na inauguração. Esteve.
Muitas coisas Assis Chateaubriand fez para o Brasil, inclusive os aeroclubes.
A criação de aeroclubes era ideia constante da Campanha Nacional da Aviação, também conhecida à época Campanha para dar Asas à Juventude Brasileira. E diz a lenda que ele, Chatô, ligava reunia-se com grandes empresários "pedindo" doação para compra de aeronaves para seu sonho de aeroclubes. Com um revolver à mesa, a seu alcance.
O revólver era seu poder de convencimento.
Lendas, são lendas. Mas Francisco de Assis fez o que nenhum presidente da República fez, até hoje.
Chatô viveu seus últimos anos numa cadeira de rodas.
Curiosidade: No correr do tempo, a televisão não lhe deu bola. Não há entrevistas com ele.
Em agosto de 1966 foi criado um município com seu nome, no Paraná. Esse município é habitado por pouco mais de 30 mil pessoas. E é isso.
Chatô fez muito pelo bem do Brasil.



A FOME É PRAGA, BOLSONARO TAMBÉM

A fome, sabemos, é problema gravíssimo.
A fome não espera, ela mata com a rapidez de um raio.
No Brasil, pior do que a fome só o presidente Bolsonaro.
A história registra tudo, inclusive todos os problemas da vida provocados pela natureza e pelos homens.
Sou brasileiro e começo a sentir pena de mim por tudo que ouço e por tudo que a minha memória me traz.
Leiam o texto abaixo da colega jornalista Marina Rossi, publicado em fins do mês passado no jornal espanhol El País.

"Nove milhões de brasileiros deixaram de comer por falta de dinheiro durante a pandemia"

FOME E FOGO DEVORAM O BRASIL


O Brasil, como sabemos, é um país rico em tudo. Eu já disso e repito: até em miséria, até em pobreza.
Dados divulgados ontem 17 pelo IBGE mostra a cara feia da fome aparecendo mais fortemente nas regiões Norte e Nordeste.
Somos um país com mais de 200 milhões de habitantes. Desse total, mais de 80 milhões sofrem de "algum grau de insegurança alimentar". Claro, o problema é seriíssimo. 
Enquanto isso o nosso soldadinho de chumbo, diz na Paraíba (ontem 17), que o brasil "é o país que mais preserva o meio ambiente", segundo ele, pelo excelente grau de preservação do nosso meio ambiente. E hoje ele repetiu, com ligeira oscilação no seu tosco palavreado. Disse que o Brasil é exemplo, é modelo de preservação do meio ambiente. E que está havendo apenas alguns "focos de incêndio" no Pantanal.
Mais de 2 milhões de hectares já foram destruídos pelo fogo, no Pantanal. 
Mato Grosso e Mato Grosso Sul decretaram estado de emergência ambiental.

NAS ONDAS DO RÁDIO (3)

Billy Blanco, aí na foto, teve a sua primeira composição (Pra Variar)
pelo grupo carioca Anjos do Inferno. Billy Está no céu.

Como prometido, aqui está mais uma edição do programa São Paulo Capital Nordeste, que apresentei nas noites de sábado durante quase sete anos, na rádio Capital AM 1040. Nessa edição, os amigos e amigas poderão escutar minhas conversas com Jair Rodrigues, contando as razões que o levaram a defender num festival a música Disparada, de Geraldo Vandré; a cantora Claudia com a ex-Miss Brasil Marta Rocha, Socorro Lira, a Rainha do Baião Carmélia Alves, o poeta Thiago de Mello, o jornalista José Nêumanne, e Billy Blanco (1924-2011). Desse programa participa diretamente da China o jornalista Dimang Kon Beu, falando das origens da sanfona. E por falar em sanfona, Oswaldinho do Acordeom da um show nesse programa. Divirtam-se: 



TELEVISÃO

Hoje completam-se 70 anos que a televisão foi implantada no Brasil. A façanha deve-se ao paraibano Assis Chateaubriand. Chatô, como era chamado o magnata da nossa imprensa, foi o fundador dos diários associados. Foi em um dos seus jornais, O Norte (João Pessoa- PB), que eu iniciei a carreira de jornalista. Você já ouviu o hino da televisão brasileira? 


Curiosidade 1: Lolita Rodriguez não estava programada para participar da inauguração da TV no Brasil. Quem ia estar no seu lugar era Hebe Camargo, que trocou aquele momento histórico, por alguns momentos de alegria com um namorado.
Curiosidade 2: toda a programação da TV no nosso País era toda transmitida ao vivo, pois o videotape (VT) só começaria a ser usado em 1959. A novidade coube à TV Continental, que seria caçada pelos militares em 1964. Da programação dessa TV participou, como atriz, a Rainha do Forró, Anastácia.
Curiosidade 3: você sabia que o Jornal Nacional foi levado ao ar pela primeira vez no dia primeiro de setembro de 1969. Pois é. E a sua trilha sonora tem por base uma música americana.


quinta-feira, 17 de setembro de 2020

CAYMMI, COBRA E PREGUIÇA

Responda depressa: O que é paciência?
Mais depressa ainda: O que é tranquilidade?
E se eu perguntar o que é preguiça, hein?
As respostas às essas três interrogações diferem entre si, naturalmente.
Paciência é o exercício do Ser diante das intempéries.
Ter paciência é diferente de ter tranquilidade.
A paciência é o caminho de respostas conscientes.
A vida é uma tempestade. A paciência é o contrário.
É na paz, pacientemente, que tomamos a razão.
Tranquilidade é a perenidade que a expressão, em si, representa.
Preguiça é o abandono do corpo e da alma.
A mente nos rege.
Uma vez perguntei ao mestre Dorival Caymmi o por quê de ele não ir mais a estúdios gravar discos. E ele: "Ninguém me chama...".
Ao mesmo Caymmi perguntei sobre a fama que lhe caía de preguiçoso. E ele: "Meu filho, isso é conversa...".
E preguiça por preguiça, tem aquela no menino se balançando na rede e perguntando pra mãe: "Mãe, ocê tem remédio pra mordida de cobra?".
Ela quis saber por que, né? E ele: "É que tem uma cobra se aproximando aqui de mim...".
Baixa o pano.

FUNÇÃO DE JORNALISTA É INFORMAR

A Constituição malamanhada de 1967, do governo militar (ditadura), inventou um horror chamado Lei de Imprensa. Uma praga. Muitos jornalistas se lascaram com ela, eu inclusive.



A Lei de Imprensa foi inventada para proteger os poderosos.
Os poderosos, historicamente, detestam jornalistas.
Acho que foi em 2009 que essa praga chamada lei de imprensa foi derrubada pelo STF.
Claro que o ministro Gilmar Mendes foi contra.
A imprensa livre garante a liberdade em qualquer país. É quando a Democracia vira senhora respeitável. Essa senhora, no Brasil, anda trôpega, acusando as porradas que leva do Executivo.
Mesmo derrubada pelo STF, a Censura continua viva e vibrando na mente e nos atos dos poderosos.
Meu amigo, minha amiga, você já ouviu falar no Ato Institucional nº 5?
Há poucos dias, a TV Globo foi proibida de noticiar o caso dos Guardiões do Crivella, prefeito lamentável do Rio de Janeiro.
Pior nessa história toda é que o STJ está a favor da ilegalidade.
O STJ, contrariando o bom senso comum, bandeou para o lado do crime representado pelo Executivo municipal carioca.
O assunto Guardões interessa completamente à população. Do Rio e do Brasil todo.
A TV Globo está fazendo um trabalho excepcional.
A função de jornalista é informar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

JORNALISMO E DEMOCRACIA

Eu não imagino o mundo sem imprensa, sem jornalismo, sem repórteres.
http://www.jornalistasecia.com.br/files/cordeljeciadiadaimprensa.pdf
A Democracia é o tipo de governo mais próximo ao ideal de governança.
A Constituição de cada país prima pela manutenção dessa forma de governo, a que mais garante o ir e vir e direitos da pessoa humana.
A Imprensa, de modo geral, também funciona como guardiã da Democracia.
Sem Democracia é certo que a vida fica mais difícil. Basta uma espiada de soslaio para se perceber isso.
As ditaduras são um inferno.
Os EUA são um país conhecido e respeitado por sua liberdade. Mas é uma liberdade ora questionável.
Os negros ainda sofrem muito nos EUA e em muitos países que formam este nosso mundinho de josta.
Quando as descriminações e preconceitos serão extintas?
Os poderosos mentem, principalmente, os poderosos políticos.
Nunca um presidente norte americano mentiu tão deslavadamente como Donald Trump.
Trump mente desde sempre. E é de uma prepotência pouco comum numa democracia.
No começo deste 2020, Trump concedeu uma dúzia e meia de entrevistas ao jornalista Bob Woodward. Numa dessas entrevistas, Trump diz com todas as letras o perigo do novo coronavírus.
Trump mentiu e essa mentira ele sustentou e continua sustentando, publicamente.
Pra Trump, como para Bolsonaro, o novo vírus oriundo da China não passava de uma gripezinha, de uma bobagem. Bobagem essa que levou o mundo a uma nova pandemia. É o que se vê.
Bob Woodward é aquele que junto com Carl Bernstein provocou grandes manchetes no Washington
Post e a queda do presidente Richard Nixon, em agosto de 1974. O caso também rendeu o filme, Todos os Homens do Presidente (1974).
Bob está lançando um livro bombástico sobre Trump. Título: Rage (Raiva).
É quase certo que esse novo livro dele contribuirá para a não reeleição de Donald Trump.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

CUIDADO, DEPRESSÃO É VAGABUNDA DE FUTURO!


Hoje é o dia Nacional de Prevenção e Combate à Depressão.
Naquele 17 de fevereiro de 2013, o chão fugiu dos meus pés.
Naquele dia o mundo pra mim nada mais valia. Eu era nada, naquele dia.
Era começo da tarde.
Estávamos eu, a minha filha Ana Maria e a mulher que pensei Deus ter escolhido pra viver comigo o resto da vida. 
Eu estava no HC.
Eu, Ana e a minha companheira à época aguardávamos o diagnóstico dos médicos sobre a situação que eu, naquele momento, enfrentava. Problema nos olhos. Descolamento de retina.
Para descolamento de retina, não há transplante. 
Isso foi dito por uma profissional especializada em olhos.
Foi quando a terra sumiu dos meus pés.
Chorei, chorei desesperadamente.
Ora, passei a vida toda correndo o Brasil e o mundo, fazendo reportagens, tentando entender a vida, o mundo e as pessoas. E eu chorei muito, muito, desesperadamente.
A minha Ana deixou-me em casa e foi para a casa dela.
A companheira ficou comigo e comigo dormiu. E no dia seguinte, de manhã, fez um café maravilhoso para nós e depois do café, disse: "Eu vou embora. Vou cuidar da minha vida".
De novo o mundo fugiu sob meus pés. Fiquei sem ação. Não entendi nada. E em seguida chorei de novo. Chorei, chorei, chorei...
Eu cresci ouvindo a minha mãe, minha vó, as pessoas queridas da minha vida dizendo que homem não chora. Nordestino de verdade, não chora. E eu chorei. 
Chorei muito naquele 17 de fevereiro de 2013.
Poxa vida...
Descobri que homem pode e deve chorar.
Devemos chorar quando a alma chora, não é mesmo?
Nunca falei tanto sobre choro, como agora.
Quando eu perdi meus olhos fiquei sem saber o que fazer da vida.
Eu só pensava em morrer, em me matar.
Chega, não é?
Um dia fui convidado a participar de um programa de rádio, na Globo. A apresentadora era maravilhosa, é maravilhosa. Seu nome: Maju, essa mesma que hoje apresenta o jornal da tarde da TV Plim Plim. E pela primeira vez tomei coragem e falei em público sobre o horror que é a depressão (acima).
Depressão é um mal terrível. Chega-nos de repente, de repentemente.
Eu fiz um poema falando dessa coisa. Este:

Ah! Veja também:



JORNALISMO, DEMOCRACIA. FRANCIS: 90 ANOS



Faz muito tempo que vi um filme intitulado Quando Setembro Vier. Não lembro bem da história. Mas o titulo é sugestivo.
Setembro chegou, estamos em setembro. 2020.
trabalhei com muito jornalista famoso, paciente no ouvir e rápido no escrever ou falar.
Um desses jornalistas chamou-se Franz Paul Trannin da Matta Heilborn. Traduzindo: Paulo Francis. 
Paulo Francis nasceu no dia 2 de setembro de 1930, há 90 anos completados. 
Era cáustico, ferino, não poupava adjetivos para falar de quem não gostava. Aliás, não era do seu feitio falar bem de ninguém. 
Conheci Francis na Folha. Foi não foi, eu e outro colegas almoçávamos feijoada, com ele, num ou noutro hotel das redondezas da Folha. Anos 80. 
Paulo Francis foi o primeiro jornalista a voltar seus cartuchos contra diretores da Petrobrás. Ele fez isso em outubro de 1996, no programa Manhattan Connection (GNT). A denúncia não provocou alarido, mas um baita processo contra ele. Coisa de milhões de dólares. Quatro meses depois, num desespero dos infernos, abandonado pelos colegas mais graduados, sofreu um infarto e foi pro céu. 
Por que lembro disso? 
Profissão de jornalista não tem o glamour que profissionais de outras áreas imaginam.
No mundo morrem mais jornalistas em atividade do que moscas no estalar de dedos.
A UNESCO acaba de apresentar uma lista enorme de profissionais do jornalismo mortos, feridos e presos mundo afora.
Mas é uma profissão de grande importância no cotidiano de um país.
No Brasil, mesmo, há exemplos da atuação de grandes jornalistas, além de Francis.
O escritor Machado de Assis começou no jornalismo. José de Alencar também. E tantos e tantos, sem esquecer João do Rio, Drummond... Zé Hamilton Ribeiro, mais recentemente; Antonio Carlos Fon, Tim Lopes, Cláudio Tognolli, Caco Barcelos, Ricardo Kotscho, José Antonio Severo, Eliane Brum, Patrícia Campos Mello, José Arbex Junior, Audálio Dantas.
Há poucos dias a Globo denunciou a existência de um grupo denominado Guardiões do Crivella no Rio.
Esse grupo foi formado para bagunçar a vida de repórteres que exibiam matérias contra o descaso da Prefeitura carioca, no tocante ao atendimento da população em hospitais da rede pública. Pois é, e deu no que deu: o Prefeito está mais enrolado do que corda de amarrar porco.
Sem jornalismo não há democracia.
À propósito, recomendo a leitura dos livros de Paulo Francis: Cabeça de Papel (1977), Cabeça de Negro (1979) e aquele que trata do golpe militar de 1964, intitulado Trinta Anos esta Noite, O que Vi e Vivi.
Franz Paul Trannin da Matta Heilborn morreu no dia 4 de fevereiro de 1997, em Nova York.



DIA DA DEMOCRACIA

Hoje 15 é o dia Internacional da Democracia. Eu não sabia, tampouco lembrava. Não dá pra lembrar o que não se sabe. Pois bem, minha filha Ana Maria logo cedo telefona pra dizer que hoje é o dia Internacional da Democracia.
Desde muito cedo no tempo em que eu estudava em colégio de padres, em João Pessoa, PB, fiquei sabendo o que significam Monarquia, Oligarquia e Democracia.
Monarquia é o governo mono, de poder individual, de rei.
Oligarquia é o poder de poderosos para poderosos.
Democracia, palavra de origem grega, é o governo do povo para o povo.
Aristóteles é pra mim, até hoje, o mais sábio dentre os sábios gregos.
Procurem saber quem foi Aristóteles.
E viva a Democracia!

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

BELLE ÉPOQUE, TEATRO MUNICIPAL, SP (FINAL)

O Brasil viveu a Bela Época na virada do século XIX até mais ou menos 1922, quando realizou-se a Semana de Arte Moderna.
Queiramos ou não a Semana de 22, ocorrida entre os dias 11 e 18 de fevereiro daquele ano, foi um marco na história das nossas artes. Foi quando o popular fundiu-se ao erudito. Sem traumas.
À frente do movimento, estavam Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Villa Lobos.
No começo dos anos de 1930, Villa deu o pontapé inicial para a obra que correria o mundo: as Bachiannas Brasileiras. Mas essa é outra história.
Outra grande figura desse movimento foi o paulista Menotti del Picchia. Foi a mim que o mestre Menotti deu provavelmente sua última entrevista. Mas essa também é outra história.
A história da Belle Époque foi tão importante quanto o movimento Positivista, também surgido na frança do século XVIII. Seu mentor foi o filósofo Auguste Comte. Você sabia meu amigo, minha amiga, que o lema "Ordem e Progresso" que se lê na bandeira nacional foi inspirado em Comte?
Na verdade Comte dizia que tudo começa no amor, tendo como base a ordem e o progresso como finalidade.
O Teatro Municipal de São Paulo, construídos pelos endinheirados produtores e exportadores de café, entre 1903 e 1911.
O prefeito de São Paulo era Antonio da Silva Prado, o que mais durou no cargo. 12 anos.
Tomara que a programação do Municipal seja logo retomada.
Sinto falta dos seus camarotes.

sábado, 12 de setembro de 2020

BELLE ÉPOQUE, TEATRO MUNICIPAL, SP (1)

O Iluminismo e a revolução Industrial abriram mentes, a partir do século XVII, XVIII.
A Revolução Francesa foi de extrema importância para que o mundo se auto-questionasse, para que tudo isso acontecesse.
O Iluminismo trouxe à discussão questões do cotidiano defendidas pela Igreja e pelos reis europeus.
O Iluminismo foi a era da razão, chamada à Chincha.
A revolução Industrial coroou o Iluminismo.
A França foi o berço disso tudo.
A França também foi o berço do que convencionou-se chamar "Belle Époque".
A bela época européia, nascida na França, foi o tempo em que se comemorou a alegria de viver.
Estamos falando do ano de 1870, por aí. Em março daquele ano, o paulistano de Campinas, Carlos Gomes, estreava a sua grande ópera Il Guarany, na Itália.
Por essa mesma época estudava na Bélgica o paulistano Ramos de Azevedo (1851-1928).
Encurtando a história:
Na noite de 12 de setembro de 1911 a elite paulistana, engalanada, acorria com seus melhores trajes ao Teatro Municipal que estava sendo inaugurado, com a ópera Hamlet.
Ramos de Azevedo foi o cara que assinou a construção do Teatro Municipal de São Paulo. https://assisangelo.blogspot.com/2019/03/carlos-gomes-filho-duma-tragedia.html

POLÍTICO MENTE. E MENTE...

Todos os políticos mentem. Em todo canto do mundo. É só ver o que está ocorrendo nos Stêites.
O Trump baseou-se na mentira para eleger-se há quatro anos.
A base política e estratégica de Trump são Fake News. I-gual-zin-ho como ocorre no Brasil nesta era maluca do Bolsonaro.
Meu amigo, minha amiga, você já percebeu que tudo que o Trump faz lá na terra dele o Bolsonaro faz na nossa terra?
Hoje mesmo o Bolsonaro liberou o Etanol americano com taxa zero para o gringo do coração dele, Trump.
Tump mente, Bolsonaro também.
A Califórnia, Oregon e Whaschigton estão pegando fogo, se derretendo.
Vinte e cinco norte-americanos morreram queimados até agora, oficialmente. Mas há cetenas de desaparecidos da região em que o fogo anda engolindo tudo. Lá.
Aqui no Brasil, nossa terra querida, o fogo também está lambendo tudo. Na Amazônia, no Pantanal, em São Paulo, Minas Gerais...
Neste momento em que dito estas linhas, a temperatura da Capital paulista anda na casa dos 30 graus.
Em Cuiabá, agora, mais de 40.
Eu comecei falando que os políticos mentem em todas as línguas.
Esta semana que ora finda deixou o fala grave do vice-presidente Mourão. Disse ele, em conluio com seu chefe e o ministro do Meio Ambiente, o seguinte: "A Amazônia não está pegando fogo, isso é coisa dos inimigos".
Eu já andei falando a respeito desse assunto. Clique:
http://assisangelo.blogspot.com/2020/09/deu-mico.html

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

SOCORRO LIRA E AS TORRES GÊMEAS

A manhã de 11 de setembro de 2001 pegou-me quase pronto pra sair. Televisão ligada, dois ou três segundos foram suficientes para que eu entendesse que o mundo estava pegando fogo. Em Manhattan, EUA. Duas torres famosas iam a baixo após serem atingidas por dois aviões passageiros sequestrados por agentes da Al-Qaeda. Milhares de mortos.
A paraibana Socorro Lira, de voz afinadíssima, desenvolveu música no mote decassílabo Quem Duvida que Pipa de Criança Também Lança por Terra Arranha-Céu. O craque Vital Farias participou da gravação. Clique:


SEDENTO POR SAMBA

Numa breve visita, Gregory e Cadu fizeram a festa ontem 10 com cavaco e pandeiro. Pra molhar a garganta , uma coisinha de nada trazida do Nordeste. Ah, sim! O calor de mais de trista grous obrigou a tirar a camisa. Desculpem. É o que sobrou do registro
Simplicidade e competência permeiam o novo disco do Trio musical paulistano Gato com Fome.
São onze imperdíveis faixas de Sedento.
O CD Sedento, terceiro do grupo, abre com “Numa Certa Madrugada”.
Numa certa madrugada, de Cadu e Gregory, é uma ousadia, como certamente chamariam os conservadores.
Essa música, esse samba, é ousado por trazer instrumentos tradicionalmente alheios ao samba.
O ousado Trio Gato com Fome investe nas suas novas composições, muita percussão, cordas e sopros.
O Trio vai além da comodidade musical.
Nesse novo disco, ouvem-se os autores do repertorio passo a passo cantando.
Numa certa madrugada, que abre Sedento, traz mais de uma dezena de instrumentos incluindo sopros e cordas e até uma garrafa. Nessa faixa, o grupo mostra a que vem o disco: muitos instrumentos, canto pra cima, com letras cheias de poesia e balanço.
A segunda faixa, Da de dez, é uma brincadeira que envolve carinho, amor, respeito e bola. Nessa faixa, alguns instrumentos param para descansar.
Responderei sambando é a terceira faixa de Sedento. Linda, linda, linda. O verso que dá título até poderia ser substituído, no gerúndio naturalmente, por amando...
A quarta faixa é um breque comparável, na beleza, só a última faixa. Também um breque.
Vocês já ouviram falar em Tocandira?
Tocandira é uma formiguinha que mata como mata o beijo de uma gata malvada.
A sexta música, além de muito bonita, traz de volta a voz do compositor paulistano Carlinhos Vergueiro. Bobagem entrar nos detalhes. Melhor ouvir.
O preço da felicidade é como se chama a sétima faixa do Sedento. O autor é o faminto Renato Enoki. Letra excepcional. A voz do autor, temos a satisfação de ouvir na decima faixa. Título: Tempo. Voz afinada, diferente, bonita. O violão 7 cordas desse cara extrapola o bem querer.
Vou de samba extrapola a ousadia do grupo Gato com Fome.
Vejam vocês, um disco de samba com piano e tudo. E sopros. Claro, isso não é claro. Mas é bom. Ouçam.
O novo disco do grupo musical Gato com Fome traz muitas surpresas, todas agradáveis.
Felicidade é uma palavra que se acha duas vezes nesse disco.
Felicidade é ouvir esse disco.
O ouvido agradece.
Ah sim! Ia me esquecendo: Como se não bastasse, o disco traz a voz do camaleão Cadu. Muitas vozes há no seu gogó.
Como aperitivo, ouçam:



GRAVAÇÕES RARAS DE JK COMPLETAM 50 ANOS

Dois ilustres brasileiros nasceram no dia 12 de setembro. Um deles, Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902-1976).
Juscelino, ou JK, virou presidente da República sem sonhar ser presidente da República. No caso dele, era formar-se em Medicina. Formou-se, mas o tempo, nas suas voltas, levou-o à política. E foi assim: prefeito, deputado federal, governador e presidente.
JK assumiu a Presidência da República em 1956. O marechal Lott garantiu-lhe a posse, pois o poder paralelo da época não o queria.
Bom, essa história todo mundo sabe. E se não sabe, deveria saber.
Já famoso e cassado pelos militares em 1964, Juscelino foi convidado a participar de um LP. Cantando. Era bom de voz, melodioso, afinado, e um bom pé de valsa.
Juscelino gostava de cantar, tocar violão, junto com amigos. Entre estes, a cantora Inezita Barroso.
Muita história bonita deixou JK.
Já em 1960 ele havia participado da gravação de uma música feita para homenagear a cidade que idealizou: Brasília, Capital da Esperança, de Ariowaldo Pires e Simão Neto.
O LP J.K. em Serenata foi lançado pelo selo Berverly (Copacabana) em 1970. Ele aparece cantando em três faixas: Elvira Escuta (João Macedo de Andrade), Varrer-te da Memória (Anônimo) e É a Ti, Flor do Céu (Modesto A. Teixeira e Teodomiro A. Pereira). Antes, o próprio JK endereça mensagem (1ª faixa, lado A) aos ouvintes. Ouça: https://www.youtube.com/watch?v=M48V0gCYVvY&feature=youtu.be
O nome de Juscelino aparece em várias músicas, incluindo Pagode em Brasília. Essa música, de Tião Carreiro e Lourival dos Santos, saiu em disco de 78 rpm meses antes de Brasília ser inaugurada, em 1960.
Bons tempos aqueles em que presidente da República era inteligente, respeitador e sensível.
Ah, sim! O outro ilustre brasileiro nascido em 12 de setembro atende pelo nome de Geraldo Vandré.
O acervo do Instituto Memória Brasil (IMB) tem o LP J.K. em Serenata e vários discos com músicas homenageando o fundador de Brasília.

NAS ONDAS DO RÁDIO (2)

Hoje é sexta feira, dia de se curtir o programa São Paulo Capital Nordeste. Ficou, no ar, durante seis anos e meio na Rádio Capital AM 1040. Noites de sábado, quem não se lembra?
Eu o apresentava.
Na edição de hoje podemos ouvir, entre outros, os artistas Pery Ribeiro cantando e contando histórias de Luiz Gonzaga; Cláudia, as repentistas Mocinha de Passira e Minervina Ferreira; Peter Alouche, engenheiro de formação e compositor e cordelista por diletantismo; Inezita Barroso e Martinho da Vila, falando da sua vida e cantando em francês.
O dia do Rádio é no próximo 25. Clique:

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

DEU MICO!

Queimadas na Amazônia: número aumentou 145% na região - Greenpeace Brasil
Foto por Victor Moriyama, Greenpeace
Acabo de ouvir notícia dando conta de que o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, e do vice presidente da República, Hamilton Mourão.
Essas duas personagens da vida republicana endossam um vídeo negando que há fogo na amazônia.
No dia 10 de setembro de 1808 foi publicado o primeiro jornal impresso em solo brasileiro. Chamou-se Gazeta do Rio de Janeiro. Era uma publicação de cunho oficial. O dirigente do País, era dom Pedro I. Essa publicação durou até o dia 26 de zembro de 1821. Foi substituída pelo Diário Fluminense.
Pois bem, por que digo isso?
Milhares e milhares de jornalistas ajudaram e continuam ajudando na formação do nosso Brasil.
No dia 1º de junho de 1808, na Inglaterra, foi publicado o jornal Correio Braziliense. O editor era Hipólito José da Costa.
O jornal de Hipólito foi criado para denunciar e combater a corrupção que já grassava no Brasil, àquela época. E a violência, também.
Os escravos da corte pagavam o pato que os brancos cometiam.
Preto no branco, resumo: o ministro do Meio Ambiente e o vice presidente da República, farinha do mesmo saco, com o vídeo que patrocinaram querem apagar a história de um país construído pela força e ideal do jornalista. Detalhe: nesse vídeo, posto na internet ontem 9, aparece um personagem muito bonito que em fase de extinção chamado Mico-Leão-Dourado.
O Mico-Leão é um bichinho originário da Mata Atlântica.
Na postagem dos coisas do Ambiente e da vice presidência o Mico aparece como sendo originário da Amazônia.
Salles e Mourão dizem que não há fogo na Amazônia.
O que dizer desses dois cidadãos?
O compositor e instrumentista pernambucano baseado em Campina Grande, PB, Jorge Ribbas, compusemos uma modinha intitulada Presidente Sem Noção, que serve também para definir ou ilustrar os ridículos que são Ricardo Salles e Hamilton Mourão. Clique:





PINTANDO O SETE, HÁ 13 ANOS NO AR

O craque Luiz Wilson 
Cabra bom, inteligente
Há 13 anos no ar 
Canta forró e repente
O seu Pintado o Sete
É pra nós um bom presente

Assis e Luiz Wilson
Ontem 9 o cantor e compositor Pernambucano, Luiz Wilson, deu uma passada por cá com o propósito de lembrar que o programa Pintando o Sete, que apresenta na rádio FM Imprensa, está completando 13 anos interruptos de existência no ar.
Papo vai papo vem, Wilson declamou um folheto de cordel contando a trajetória de vida e arte da dupla Caju e Castanho. Nota dez.
Wilson trouxe a tiracolo, a cantora mineira Fatel, sua produtora, e o amigo, Arimateia. 
A conversa foi muito boa, mantida com os devidos cuidados que uma pandemia exige. No caso, a Covid-19, que tortura e mata sem quem não lhe dá bola.
O programa Pintando o Sete foi inaugurado no domingo de 9 de setembro de 2007. Começou com uma hora de duração, agora são três. Papo bom, música boa e tal. O nordeste se acha lá, nesse programa. 
O nordeste brasileiro é um celeiro enorme de cultura musical, inclusive. 
Luiz Wilson é pernambucano, como Luiz Gonzaga, Rosil Cavalcanti, Zé Dantas, Anastácia, Otacílio Batista, Oliveira de Panelas... 
Sinto falta dos clássicos da nossa música e da cantoria de improviso. Quer dizer, isso tem no Pintando o Sete, mas poderia ter mais. Não é mesmo? 
A Capital paulista é habitada por quase 12 milhões de pessoas. E são dezenas e dezenas de emissoras de rádio em funcionamento da cidade, mas só Imprensa (FM 102.5) e USP (FM 93.7), mantém na grade programas que tratam da música nordestina. 
Houve um tempo em que se tocava mais o nordeste nas rádios de São Paulo. Eu mesmo cheguei a apresentar um desses programas, São Paulo Capital Nordeste (Capital AM 1040). E por pouco, muito pouco, não voltei ao dial em 2019. O programa de estréia seria esse ai: 



QUE TAL DERRUBAR O MINHOCÃO?

Ontem 9 a Câmara Municipal aprovou realização de um plebiscito sobre o elevado João Goulart, que corta um pedaço da capital paulistana. É um monstrengo de uns 4 km construído no tempo da ditadura pelo larápio Paulo Maluf.
O plebiscito aprovado pelos vereadores deixa a critério da população a ideia de derrubar por inteiro, ou parcialmente, o viaduto. Ou transformá-lo num parque.
Por mim, eu o poria abaixo.
O referido monstrengo já ganhou até música, sabiam?
Ouçam o mungangueiro Genival Lacerda:



quarta-feira, 9 de setembro de 2020

SEXO, POLÍTICA E FOGO!

 Não sei se choro, grito, esperneio. Não sei o que faço. E agora?

Ouço dizer que os sites pornôs estão perdendo terreno para os games.

São muitos os jogos que prendem a atenção da molecada. E também de adultos.

Anna da Hora disse baixinho cá no ouvido que Faustão  é um dos líderes desses jogos.

Gincana do Faustão. É este o tipo do tal jogo que traz o ex-gordo às paradas de sucesso da internet. O barato desse jogo, segundo Anna, é que bonequinhos ridículos disputam numa esteira sem fim espaço que dará ao vencedor batatas, como no conto do bruxo Machado. Ao vencedor, as batatas.

Pois é e assim caminham os internautas, ontem loucos com sexo, hoje isso aí.

Claro, claro, isso tudo é enfadonho e não leva a nada. Leva, sim, à alienação pura e simples.

Eu nem ia falar disso.

Eu ia falar de política.

Os preços dos alimentos dispararam de modo maluco e inexplicável, como sempre.

Temendo bronca pra si, o presidente pede aos representantes dos grandes mercados que baixem os preços, que sejam patriotas.

Um dos produtos, o arroz, teve aumento só comparado a 2005.

E agora?

Pesquisa que acaba de sair diz que 33% da população dedicam a Bolsonaro a pandemia provocada pelo novo Coronavírus. Acho pouco. A culpa deve ser toda dedicada a ele, que tirou sarro do vírus e até disso tudo não passaria de uma "gripezinha".

Essa gripezinha já levou ao túmulo quase 130 mil de brasileiros.

Os norte-americanos dizem, também através de pesquisa opinião, que o responsável pela pandemia por lá é toda de responsabilidade do bicho feio Trump.

Enquanto isso, cá por nossas paragens, as florestas viram cinzas. 

O bicho mata a mata

Mata tudo que avista

Mata onça, mata boi

E tudo que põe na lista

Esse bicho é tranqueira

É cupim capitalista...



terça-feira, 8 de setembro de 2020

O GOVERNO CORRE PRA TRÁS

O bicho mata a mata

Mata tudo que avista

Mata onça, mata boi

E tudo que põe na lista

Esse bicho é tranqueira

É cupim capitalista...


Meu amigo, minha amiga, você sabe quem é o titular do ministério do Meio Ambiente?

Meu amigo, você sabe quem é o titular do ministério de Desenvolvimento Regional?

Pra meu desgosto, ouvi na pan ontem 7 entrevista com um cabra chamado Rogério Marinho. Esse cabra, oriundo do rio grande do norte, tem por nome Não-sei-que-lá Marinho. Da Infraestrutura. sobre ele pesam mais de duas dezenas de acusações de enriquecimento ilícito e otras cositas más.

Esse cabra, sujeito das quebradas dos infernos, tem a cabeça cheia de ouro. É rico.

Nada contra rico. 

Rico, rico, merece respeito por ser rico, pelo Capitalismo do qual tira proveito e investe.

Pois bem, esse tal Marinho falou um monte de bobagens sem que seus entrevistadores o questionassem.

Lá pras tantas, esse ministro puxou o saco de seu chefe Bolsonaro dizendo que o que há ora no nosso país é só beleza. E que do povo falta compreensão ao que faz o Governo.

E aí esse Marinho falando sobre a Amazônia legal, tascou: "Mato grosso, mato grosso do sul...".

Poxa vida! 

A Amazônia Legal é formada sim por nove estados, divido em duas partes: a Ocidental e a Oriental. A parte Ocidental da Amazônia Legal é formada pelos estados da Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima.

A parte Oriental da Amazônia Legal é formada pelos Estados Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso.

Pena, não é?

Quero crer que um ministro de Estado tem a sua volta um monte de assessores. Esses por sua vez têm a natural obrigação remunerada de atender ao seu chefe. No caso, o ministro do Desenvolvimento Regional, certo?

Se o ministro Marinho pouco sabe do Brasil, que dirá os outros ministros, hein?

O ministro da Economia briga com o presidente da Câmara...

Fico eu cá, comigo, imaginando ser algum repórter ousasse perguntar ao titular da pasta do Desenvolvimento Regional quais países formam a Amazônia Internacional.

Estamos fodidos, não?

Esse governo é um desgoverno. E que Deus nos acuda!

A propósito, meu amigo, minha amiga, você sabe que pelo menos 10% do Pantanal foram consumidos pelo fogo nos últimos dias?

A Amazônia também continua pegando fogo.

E o presidente Bolsonaro, hein?



segunda-feira, 7 de setembro de 2020

SETEMBRO SEM DESFILE


Setembro é um mês rico em tudo, inclusive em curiosidades e fatos históricos. 
As forças armadas existem para defender a soberania nacional. Óbvio.
Exércitos existem desde sempre, em todo lugar.
As forças armadas são constituídas do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Pra valer, pra valer mesmo, o exército brasileiro só guerreou uma vez. Foi contra o Paraguai, entre 1864 e 1870.
Cerca de 50 mil brasileiros tombaram no decorrer dessa guerra, que resultou na derrota do Paraguai. Que se lascou por inteiro, depois de invadir o Mato Grosso. Daí surgiu a Tríplice Aliança, formada por Brasil, Argentina e Uruguai.
A Covid-19 já matou mais do que o dobro de brasileiros no Paraguai. 
Por que eu falo isso?
Ora, porque é setembro e setembro é o mês em que os militares exibem ao povo a sua força, em desfiles etc. 
Este ano é o primeiro em que os desfiles militares são cancelados. Motivo: Covid-19. 
Os desfiles militares foram iniciados em 1949, por decisão chancelada pelo presidente Eurico Gaspar Dutra. 
Dutra era Marechal, eleito pelas urnas. 
Antes de 1949, o dia 7 de Setembro não era feriado nacional, mas havia festa promovida pelos estabelecimentos de ensino, principalmente os ligados à Igreja Católica. 
A igreja, como muita gente sabe, foi descartada pelo governo republicana em 1890, após o golpe militar que pôs fim ao Império. 
Eu mesmo cheguei a desfilar como estudante, em João Pessoa, PB. Eu não gostava, mas era praxe. Obrigatório.  
Os desfiles escolares, de colegiais, tiveram início em 1916. O presidente era Venceslau Brás, que governou o País entre 1914 e 1918.
Essa é a história. 
Devo terminar este texto dizendo que tenho muito respeito pelas Forças Armadas. Aliás, em setembro de 2012, fui convidado pelo Exército à proferir palestra sobre a importância da cultura popular na formação das pessoas (Acima). Aceitei. A CULTURA POPULAR CHEGA AO EXÉRCITO
No começo só havia Exército e Marinha.
A Guerra do Paraguai terminou no ano em que nasceu o autor da letra do Hino Nacional Brasileiro, Joaquim Osório Duque Estrada. A nossa Fafá de Belém fez uma gravação muito bonita desse hino. Clique:



JORGE MELLO

Dia 5 passado o compositor e instrumentista Jorge Mello concedeu reveladora entrevista ao pessoal da Rádio Usp. Jorge é um artista muito criativo. Deus que se cuide. Brincadeirinha... Acompanhe. Clique: https://www.facebook.com/projetosonsdobrasil/videos/1194404610919969/
Uma das músicas que mais o revelam, espécie de autobiografia, é Canção de Gesta composta em parceria com Belchior. Ouça:


HERÓIS DA PÁTRIA

O que é que tem na cabeça o atual secretário da Cultura? 
O  titular dessa pasta, que um dia foi ministério, está indo às redes dizendo pretender homenagear heróis anônimos da nossa Pátria. Poxa!
Heróis por heróis, somos todos heróis, pois quando não desempregados ganhamos merreca.