Desde sempre
a democracia é judiada, aqui e alhures. Repórteres sempre comeram o pão que o
diabo suja e amassa. Comer sapo, então, já é rotina que nem cansa.
Nos tempos
do Geisel o ministro da Justiça, Armando Falcão (1919 – 2010), costumava fugir
da Imprensa com o bordão: “Nada a declarar”. O presidente eleito e morto sem
assumir, Tancredo Neves, era do tipo mussum, escorregadio que só!
O sucessor
de Tancredo, Zé Sarney, gostava de fazer onda com jornalistas e artistas.
Assumia o tipo intelectual e meio paizão.
E assim as
coisas iam, iam, sem maiores consequências e, apesar de tudo, um certo respeito
aos jornalistas. O que não se vê no Governo atual.
A coisa tá
feia.
Quase todo
dia os jornais noticiam um ato de censura no País. Já chega a uns duzentos
casos.
Tão grave
quanto censurar livros em livrarias e bienais, exposições de fotos ou pintura é
a agressão até aqui verbal que o atual presidente da República vêm cometendo. O
último caso me arrepiou. Até agora estou sem palavras, triste, envergonhado por
ouvir o Presidente dizer com ironia e desprezo que uma repórter da Folha...
Não, recuso-me a dizer o que o Sr. presidente disse. Um horror!
De boca
fechada o Presidente deixaria o ar menos poluído.
A coisa ta feia, sem falar que mais de onze milhões de brasileiros e brasileiras continuam desempregados.
SÃO PAULO CAPITAL NORDESTE
Pra relaxar, nestes tempos pra lá de bicudos, sugiro que as pessoas que aqui me acompanham ouçam. Clicando: