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domingo, 14 de junho de 2020

O NEGRO NA HISTÓRIA (1)

No mundo há pessoas mais iguais do que outras. É o que parece.
A onda de protestos contra negros assassinados pela polícia nos EUA tem despertados a auto estima de pessoas negras ou descendentes.
No Brasil essa onda parece não ter chegado. 
No Brasil a Polícia mata mais negros do que brancos, por que?
Ouço no rádio que o atual presidente da República mandou subordinados enxugarem a estatística que dá conta de crimes praticados pela polícia contra negros.
Deus do ceu!
A escravidão no Brasil existe desde o século XVI.
O Brasil foi o último país a, aspas, a abolir a escravidão. Oficialmente, diga-se.
No dia 14 de dezembro de 1890 o Secretário da Fazenda, Rui Barbosa, oficializou Despacho determinando que até aquela data todos os documentos referentes à escravidão no País fossem queimados, destruídos. 
Dentre todos os Estados, apenas deputados e senadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul protestaram. O Deputado Francisco Badaró, mineiro, disse em Plenário ser uma vergonha o que estava fazendo o Ministro Rui Barbosa.
Nunca, o Brasil elegeu um presidente negro. Nilo Peçanha foi vice de Alfonso Pena.
Jesus Cristo era negro.
Que fique bem claro: Democracia tem que ser para todos, e não para "os mais iguais".
Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, gravou uma pérola que trata da presença do negro no mundo.
Ouça:

ESTOU FELIZ. VOLTEI A FAZER CAFÉ

Acordei com o dia cheio de frio. Quase tirintei. Acordei cedo, como sempre, mas a preguiça deteve-me na cama.
Nem olhei o termômetro, até porque se olhasse não o veria.
Ali pelas dez tomei coragem e enfrentei o chuveiro. Recomposto, com roupa pesada, voltei à cama e deitado liguei o rádio. Ouvir uma entrevista legal do Zico, na CBN. Ele falou, falou e falou sobre o Maracanã.
O Maracanã, inaugurado no dia 16 de junho de 1950, já é um setentão.
O telefone tocou e aí tomei coragem e saí da cama. Fui à cozinha e lá preparei, eu mesmo, o primeiro café depois de quase sete anos sem luz nos olhos. Que tal?
Foi o melhor café que já fiz na minha vida. Tomei-o saboreando o passado, quando até bacalhau eu fazia ao forno. 
Estou feliz e orgulhoso pelo café que eu mesmo fiz. Sim, não foi fácil achar chaleira, o pó pretinho, o coador, depois o açúcar e a xícara. Repito: estou feliz com o gosto do café que fiz, ainda na boca.
Num ano qualquer da década de 50, o compositor Victor Simon (1916-2005) fez uma música muito bonita falando de café. 
Todo mundo sabe que o café foi, junto com algodão, o principal produto de exportação do Brasil. Simon chegou a ser recebido por Mao Tsé-Tung (1893-1976), na China.
Ouça: