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sexta-feira, 31 de julho de 2020

CASCUDO PEGA A ESPANHOLA (2)


A Gripe Espanhola alastrou-se pelo mundo a partir dos Estados Unidos, no começo de 1918.
Essa gripe ficou conhecida por Gripe Espanhola por ter sido divulgada pelos jornais da Espanha, já que os jornais dos países envolvidos na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), não o faziam. Censura pura.
Os Estados Unidos da América, EUA, país de que tanto gosta o Presidente Cloroquina, um dia foi colônia do Reino Unido, que é formado por Irlanda do Norte, País de Gales, Escócia e Inglaterra.
Os EUA separaram-se do Reino Unido após uma guerra que começou em 1775 e findou oito anos depois.
A moeda do Reino Unido é a Libra Esterlina, criado em 1561.
É a moeda mais valorizada do mundo, até hoje.
A segunda moeda mais valorizada do mundo é o Euro, criada em 1998 e adotada por 19 dos 27 países que formam o bloco europeu, quer dizer, da chamada zona do Euro.
E o dólar, hein?
É como eu disse: era muito bom conversar com o mestre Luís da Câmara Cascudo. Foi não foi, lá estava eu batendo a sua porta para um dedo de prosa.
Sei não, mas acho que os passarinhos da casa do mestre adoravam minha presença. 
Na sua casa da rua Junqueira Aires, hoje Câmara Cascudo, em Natal, RN, Luís da Câmara Cascudo recebia gente de toda profissão, incluindo deputados, senadores, ministros e até presidentes da República, como João Figueiredo (1918-99).
A todos tratava muito bem.

Uma vez, ele me disse que quando morresse viraria estampa de papel moeda. Não deu outra.
Em março de 1990, Cascudo enfeitou com sua cara redonda a nota de 50.000 cruzeiros. Essa nota circulou durante três anos. Pouco antes de sair de circulação, a inflação no País batia recorde: 2700%.
O real foi a moeda salvadora da Pátria, que deu equilíbrio nas contas nacionais.
Antes do real, o Brasil adotou oito moedas.
Antes da Independência em 1822, circulava nas províncias a Pataca e o Patacão.
O Réis, a moeda que mais durou em circulação, foi substituída em 1942 pelo Cruzeiro.
A importância de Luís da Câmara Cascudo não se mede com palavras, nem com régua.
Na cidade em que nasceu, há inúmeras ruas e avenidas, praças, escolas, com o nome dele.
Cascudo é tão valoroso quanto a libra Esterlina, o Euro, o Dólar e por quantas moedas existem ou venham a existir mundo afora.
A propósito: o Dólar, foi criado em 1786, inspirado na Libra Esterlina. Pra lembrar Cascudo, clique: 






IIIH! DEU MOFO NO PULMÃO, COLEGA...

França e Alemanha tem seus dicionários do palavrão. O Brasil, também.
O Dicionário de Palavrão e Termos Afins, do pernambucano Mário Souto Maior (1920 - 2001), registra cerca de três mil expressões chulas ou mais ou menos chulas.
Entre o amontoado de palavras colhidas por Souto Maior não se acha porém o maior palavrão de nossa língua.
Meu amigo, minha amiga, você sabe qual é o maior palavrão da nossa língua? 
Não, não é inconstitucionalissimamente.
O maior palavrão registrado pelo filólogo Antonio Houaiss (1915 - 1999) é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico. 
Houaiss e outros dicionaristas também ditam a menor palavra. Começa com C.
As palavras ganham novas formas e significados a cada geração. 
Houve um tempo que foder era um palavrão. E vejam vocês, tem só duas sílabas. 
É um palavrão quando alguém diz: "fulano se fudeu"? Não, né?
Quando essa frase é dita, significa simplesmente que o sujeito em questão ganhou um belo problema pra resolver na vida.  
O Brasil, num passado remotíssimo, teve vulcões. Hoje já não os há mais, porém pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico tem a ver com o cara intoxicado por poeira de vulcão, daí esse palavrãozão. 
Ontem o Presidente Cloroquina disse que está sarado da Covid-19, mas seus pulmões estão mofados pelos vinte dias que permaneceu no bem bom do seu Palácio, pago pela grana de impostos do povo brasileiro. Ele disse: "peguei mofo no pulmão". E aí lembrei, de repente, do bom baiano Dorival Caymmi (1914 -2008).
Em 1957, Caymmi lançou a joinha musical intitulada Fiz uma Viagem. Essa música termina com "deu mofo na farinha".
Na versão do violeiro Renato Braz ficou assim, escutem: