Páginas

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

SEM DIÁLOGO NÃO HÁ FUTURO

Incluindo votos brancos, nulos e abstenção, mais de 2,7 milhões de eleitores deixaram de votar em São Paulo, no último domingo 29.
O candidato do PSDB, brino covas, foi reeleito com quase 3 milhões de votos. E o seu oponente, Guilherme Boulos (PSOL), mais de 2,1 milhões.
Foi uma disputa renhida, no correr de todo 2º turno. Ao fim, já vitorioso, o tucano declarou:
"As urnas falaram e a democracia está viva. São Paulo mostra que faltam poucos dias para o obscurantismo e negacionismo. São Paulo disse sim à ciência e à moderação". E acrescentou: "É possível fazer política sem ódio, falando a verdade".
Boulos, reconhecendo a derrota telefonou ao seu adversário cumprimentando-o pela vitória e desejando uma boa administração no decorrer dos próximos 4 anos. Clique:

O candidato do PSOL saiu da campanha à Prefeitura paulistana politicamente forte.
Não será exagero dizer que Guilherme Boulos desponta como a principal liderança da ora fragmentada esquerda do País. Perdeu a eleição agora, mas tem tudo para crescer mais e chegar ao Palácio dos Bandeirantes, em 2022. Isso se não for possível uma grande articulação dos partidos à esquerda para alçá-lo como candidato à presidente da República.
O PT optou por ter candidatos em quase todas as capitais. Perdeu em todas. E perdeu muitas prefeituras espalhadas Brasil afora. O Lula precisa usar a sandália da humildade. Ciro também.
Muita gente deve estar se perguntando por que o PSOL resolveu aceitar alianças no 2º turno.
Pois é, isso faz parte da política.
E o PSDB, que aceitou na última hora apoios do PSL; Republicanos que teve no curso o apoio de Bolsonaro, hein?
Política é um eterno mar revolto. Quando não, é um rio de piranhas atacando até pelas costas.
Fundamental, nisso tudo, é que todos dialoguem com todos de modo mais civilizado possível.
Sem diálogo, o futuro fica cada vez mais difícil de ser encarado.