Os EUA registraram, nas últimas 24h, 3.100 mortes provocadas pela Covid-19. O Brasil, 800-e-qualquer-coisa.
É uma tragédia mundial o que faz a Covid-19.
O Trump, lembram do Trump? Sumiu.
Trump foi o presidente norte-americano mais negacionista da história.
Trump negou tudo, faltou negar-se a si próprio.
E o Bolsonaro, hein?
Arrepiei-me hoje 10 ao ouvir no rádio o presidente do Brasil dizer que "estamos vivendo um finalzinho de pandemia". Foi no RS.
Nada não, ele disse isso no dia em que 22 Estados brasileiros registram expressiva alta nos números de contaminação e mortes do novo Coronavírus.
Alta de tudo referente à pandemia, não é?
Quer saber meu amigo, quer saber minha amiga? Fico com tristeza no coração: sinto vergonha do presidente, da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro.
Eu estudo a história do meu País, quero saber quem eu sou.
Nunca na história do meu País houve um presidente tão ignorante. E que parece bater no peito que é ignorante. Que não quer aprender, que é cego. Epa! O cego sou eu.
O atual presidente do Brasil dividiu o Brasil e brasileiros, aqueles que gostam dele e aqueles que não gostam dele.
Meu Deus!
Um presidente eleito para governar a todos. No caso, nós.
Sim, sinto vergonha do presidente Jair Messias Bolsonaro.
A história dirá quem está certo.
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
E O VÍRUS MANTANDO
HÁ 40 ANOS, MORRIA CARTOLA
Ele adorava o Fluminense. Por esse time, era fanático.
Nasceu no Catete e com 11 anos de idade foi levado pelos pais a morar no morro da Mangueira. Com 15 perdeu a mãe e o pai, figura daquelas irascíveis, mandou-o “passear”.
Quer dizer, ainda adolescente o menino virou adulto e caiu na buraqueira. Com 18, passou a conviver com personagens do samba, como Carlos Cachaça, Wilson Batista e Noel Rosa.
Foi, musicalmente, parceiro de Cachaça, Batista, Noel e outros bambas.
Estou falando de Angenor de Oliveira, o Cartola.
Cartola nasceu em 1908 e Noel, dois anos depois.
O primeiro samba de Cartola foi gravado por Francisco Alves, que entraria pra história da nossa música como o Rei da Voz.
Em 1930, Alves comprou e gravou de Cartola o samba Que Infeliz Sorte.
Depois dessa, o Rei da Voz gravou outras músicas de Cartola, também compradas: Divina Dama, Qual Foi o Mal Que Eu Te Fiz; Perdão, Meu Bem...
Ao lado de Wilson Batista e Oliveira da Cuíca, Cartola formou um trio pra tocar e cantar samba. Ele tocava cavaco, violão; Batista cantava e batia palmas e Oliveira era o cara da Cuíca.
Esse trio durou pouco tempo.
Em 1928, não custa lembrar, Cartola que ainda não se chamava Cartola chamou Carlos Cachaça e outros amigos pra formar uma escola de samba. Um pouquinho antes, fez o grupo dos Arengueiros, que resultou na escola.
Apaixonado pelo Fluminense, Cartola viu nas cores do time as cores da escola que estava fundando: a Mangueira.
E o tempo passou.
Mesmo com muitas músicas já gravadas por nomes como Francisco Alves, Carmem Miranda, Mário Reis e Aracy de Almeida, Cartola de repente sumiu depois pegar uma meningite.
Da doença, ele escapou. Mas sumiu.
Esquecido, Cartola foi encontrado lavando carros num posto de gasolina, no Rio. Quem o encontrou, foi o jornalista Stanislaw Ponte Preta (Pseudônimo de Sérgio Porto). Isso em 1956.
Pouca gente sabe, mas Cartola pôs sua voz em disco pela primeira vez em 1940. Título da música: Quem Me Vê Sorrir. Ouça:
A respeito, leia: CURIOSIDADES NA HISTÓRIA DA MPB
Depois disso a vida de Cartola mudou. Começou a cantar, a gravar discos...
Cartola morreu pobre, sem tostão, no dia 30 de novembro de 1980.
Há 40 anos, portanto, Cartola é uma estrela que brilha no céu e na memória de alguns brasileiros.
Cartola teve muitos amores. Dona Zica foi a que mais lhe completou.
Eu entrevistei a Dona Zica (1913-2003) no programa Roda Viva, da TV Cultura, SP. Confira: DONA ZICA - 14/02/1994
No dia em que Cartola expirou, o seu time sagrava-se mais uma vez campeão de futebol, com o Maracanã lotado.