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terça-feira, 19 de janeiro de 2021

A BANDA PODRE DO PLANALTO

Ele não vai se vacinar
De vacina dá no pé
De vacina ele tem medo
De virar um jacaré

Fala fino, fala grosso
Ameaça até bater
Bobo besta de plantão
Nunca sabe o que dizer

De Luiz Wilson, a Anastácia, Oliveira de Panelas e de outros amigos artistas ouço pergunta sobre a vacina contra o novo coronavírus que está chegando ao Brasil, via Butantan.
Respondo de maneira simples: a vacina é boa, já foi aprovada pela Anvisa, e já estou de braço esticado pra recebê-la.
Vacina é o único antídoto contra as mazelas que atingem o mundo desde sempre.
Mas há pessoas que pensam o contrário. Pena.
Hoje 19 Téo Azevedo telefona pra também falar sobre a vacina. E que está pronto para recebê-la, como eu. Pronto e ansioso. Ele acha que estará já, já em São Paulo.
Téo é mineiro de Alto Belo e está de quarentena em Montes Claros desde março. Por aí. Quer estar em Sampa em fevereiro. Será? Diz que sim, convicto. "Tô vendo aqui na TV reportagem dizendo que a vacina tá chegando pra todo mundo", crê ele.
A quantidade de doses da CoronaVac ainda é muito pequena: 6 milhões.
A população atual do Brasil é de 210 milhões de habitantes.
Téo conta que durante o tempo em que se acha isolado na sua terra, já compôs mais de uma centena de músicas, vários folhetos de cordel e quatro livros. Eita! Um deles, Dicionário do Cerrado, será publicado ainda este ano.
Essa é uma boa notícia.
A má notícia é que os ouvidos dos brasileiros de bem andam cheios de mentiras ditas por Bolsonaro e seu general da banda, num-sei-que-lá Pazuello, que foi/está sendo desmentido a todo instante pelo governador de São Paulo e pela Imprensa.
Nada não, mas se não fosse o Dória a vacina chinesa não estaria por cá. Isso é história.
Esse general é uma droga! 
E o tal dia D na hora H, hein?
Pois é, não aconteceu.
É irritante a fala do general titular do Ministério da Saúde.

TÉO AZEVEDO HOMENAGEIA WALDIR AZEVEDO

Nunca mais ouvi nada sobre Waldir Azevedo nem de músicas suas no rádio. 
O que houve, porque tanto silêncio sobre Waldir Azevedo?
Eu conheci Waldir Azevedo em fins dos anos de 1970. Entrevistei-o num bar/restaurante Piu Piu, no bairro do Bixiga cá em sampa. Foi entrevista para a Agência Brasileira de Reportagens (ABR).
Waldir foi um mestre no cavaquinho. Ele deu nobreza a esse instrumento. 
Pode se dizer que o cavaquinho é um instrumento cuja maravilha se acha antes e depois de Waldyr. 
Waldir Azevedo, um carioca da Zona Norte, começou a ter interesse pela música ainda quando era criança. Tocou flauta até os dez anos. E no correr de mais uns anos afeiçoou-se ao bandolim, que trocaria pelo cavaquinho. E o resto dessa história todo mundo sabe ou deveria saber. 
Waldir começou a gravar discos nos anos 40. 
Brasileirinho foi o seu maior sucesso. Ouça.
Waldir nasceu no dia 27 de janeiro de 1923 e morreu em São Paulo, no dia 20 de setembro de 1980.
Uma historinha: Waldir tinha muito medo da morte. Ficava irritado quando lhe falavam de morte. Uma vez ousei abordar o tema. E até perguntei como ele gostaria de morrer, "se morresse". As aspas ai foram para aliviar minha imprudente pergunta. Depois de uma popa e palavrões, diz que gostaria de morrer fodendo.
Há pouco o mineiro de Alto Belo Teo Azevedo produziu um CD com 15 faixas de sua autoria. Tudo choro, chorinho, choro canção. Uma pérola.
O disco, intitulado Saudades de Waldyr Azevedo, traz como intérprete o craque Arnaldinho do Cavaco. 
Um show de choro é esse disco.
Eu não diria que a última faixa é melhor, mas arrisco recomendar sua audição.


ELIS REGINA

A cantora gaúcha Elis Regina, a Pimentinha, nasceu em 1945 e morreu no dia 19 de janeiro de 1982. Quer dizer, Elis morreu exatamente há 39 anos.