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terça-feira, 20 de abril de 2021

COVID-19 MATA GILMAR DE CARVALHO

A Covid-19 continua matando que nem a gota serena.
Comparada à Covid, a gota serena não mata nada. 
A Covid-19 já matou mais de 3 milhões de pessoas mundo afora. Só no Brasil quase 400 mil pessoas já tombaram vitimas dessa praga que a todos nos assusta. 
Todo o tipo de gente a Covid já matou. 
Agora mesmo essa doença levou o jornalista e estudioso da cultura popular Gilmar de Carvalho, aos 71 anos. 
Gilmar era cearense de Sobral e morreu na noite de sábado 17. Pena. 
Guardo boas lembranças desse cearense. 
Em 2009, a gráfica do Senado imprimiu o livro "Patativa do Assaré: poeta universal". 
Esse livro reúne textos de 12 autores, entre os quais Gilmar e eu. Confira: https://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/385447


VIVA TONY RAMOS!

Eu conheci um monte de artistas, incluindo atores como Antônio Fagundes e Jackson Antunes. Excepcionais.
Excepcional também é o ator Tony Ramos. Eu o ouvi ontem 19 falando na Rádio CBN.
Aos entrevistadores Fernando Andrade e Tatiane Vasconcellos, Tony lembrou sua trajetória artísticas e dos projetos que ainda tem pra levar adiante no teatro e cinema.
Ele já está com mais de 70, mas isso não o impede de sonhar. O sonho é tudo, diz.
Lembrou que está há muito tempo na TV Globo, mas sempre pronto pra receber uma eventual dispensa.
O Tony é uma figura incrível, cheio de personagens na mente.
Antônio Fagundes, também grande ator, não carrega rei na barriga. É também um grande cidadão. Eu o entrevistei para o programa São Paulo Capital Nordeste que apresentei durante anos na Rádio Capital AM 1040.
O Jackson, mineiro dos bão, é também um cidadão extraordinário.
Com Jackson cheguei a gravar algumas coisas em disco. Exemplo:
 

O BOLSONARISTA ROBERTO

"Acho que o Bolsonaro é muito bem-intencionado. Ele tem tido muita dificuldade com o pessoal em volta dele. Mas acho ele bom e já tem conseguido algumas coisas. Vamos torcer pelo país, que está na mão dele".
A declaração aí é do cantor e compositor capixaba Roberto Carlos, feita no dia 5 de fevereiro de 2020.
O Bolsonaro a quem refere é, naturalmente, o atual presidente da República do Brasil.
Bolsonaro é tudo de ruim que o Brasil já teve como presidente.
Todos os dias o titular da "empresa" Brasil abre a boca só pra dizer besteira. Muita besteira. Diz e faz só besteira. Das grandes.
Pra ele, o novo Coronavírus provoca apenas uma "gripezinha". O resultado dessa gripezinha é, até aqui, a morte de quase 400 mil brasileiros e brasileiras.
Mas voltemos a Roberto, o cantor das emoções.
Pra chegar onde chegou, ao topo das paradas, fez tudo o inimaginável. Quer dizer, já vendeu até a alma ao Cramunhão. 
Admirado por generais e militares de outras patentes, Roberto Carlos tem no currículo um passado de omissão que pesará para sempre na história que construiu até aqui.
Médici, lembra-se de Médici?
O general Emílio Garrastazu Médici (1905-85) foi dentre todos os presidentes do ciclo militar, o pior. O mais violento.
Esse general, sempre de óculos escuros, frequentava os estágios de futebol enquanto brasileiros comuns eram torturados e mortos nos subterrâneos da ditadura militar.
Enquanto Roberto Carlos cantava pra grandes plateias, emocionado, nos calabouços sofriam os brasileiros e brasileiras presos por discordarem da ditadura. 
Já muito famoso, o cantor despede um dos seus empregados: Nichollas Mariano, mordomo.
Mariano foi o primeiro DJ a apostar no sucesso do cantor. Por ele fazia tudo.
Era Mariano quem liberava o acesso de quem procurava o cantor, incluindo mulheres.
No livro que Mariano lançou em 1979, há detalhes horrorosos que aqui não ouso recontar. O livro tem por título O Rei e Eu.
Pessoas são pessoas, com seus os erros e acertos. 
E não custa lembrar: ninguém é igual a ninguém, mas todos precisamos ser respeitados nos pontos de vista.
Há exatamente 50 anos, em 1971, o "rei" lançava à praça uma das músicas que se tornariam clássicas no seu repertório: Detalhes.