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terça-feira, 22 de junho de 2021

HÁ 100 ANOS MORRIA JOÃO DO RIO



"Ela é uma quadrúpede (..."não por acaso ela foi eleitora no passado de outra do mesmo gênero".
O conteúdo das aspas acima foi exposto pelo presidente Bolsonaro, no último dia 2. O alvo foi a repórter Daniela Lima (CNN).
Antes, no último dia 6 de janeiro, o mesmo Bolsonaro partiu com unhas e dentes pra cima da jornalista e escritora nikkei Thays Oyama. 
Thays é autora do livro "Tormenta", sobre o atual governo. Aos berros, o triste personagem desacatou a profissional dizendo que ela não teria futuro no Japão. 
Antes, bem antes, no dia 18 de fevereiro de 2020o mesmo Bolsonaro atirou a sua ira na repórter Patrícia Campos Melo (Folha). Com sarcasmo, disse: "Ela quer o furo. Ela quer dar o furo".
Huum...
"mi·só·gi·no
(grego misogúnes, -ou)
adjetivo e substantivo masculino
Que ou aquele que revela aversão ou desprezo pelas mulheres (ex.: chocou a audiência com os seus comentários misóginos; não gostava que dissessem que ele era um misógino)."
O trabalho da Imprensa tem sido de suma importância, desde sempre. 
Se não fosse os repórteres, certamente a vida seria bem pior. 
Se o repórter João Paulo Emílio Cristóvão Coelho Barreto existisse nos dias atuais seria atacado por Bolsonaro, contumaz assassino da verdade.
João Paulo, ou Paulo Barreto, ficou conhecido pelo pseudônimo João do Rio. 
João do Rio foi o criador da reportagem como hoje conhecemos. 
Ele foi importantíssimo, para todos nós. 
João do Rio publicou, no jornal Gazeta de Notícias, uma série de reportagens sobre a vida do povo. 
João morreu no dia 23 de junho de 1921.
Entre os textos que publicou, o intitulado a Fome Negra. Leia. 
O texto aí integra o livro A Alma Encantadora das Ruas (1908).