Foi não foi, aparece um Lampião e a polícia PÁ! PÁ! PÁ!
Foi assim com Lázaro Barbosa, o Lázaro de Goiás, que durante quase 3 semanas provocou susto nos moradores de Girassol, Cocalzinho e Águas Lindas de Goiás. Provocou susto e ira das autoridades locais e da polícia etc.
Não é difícil comparar Lázaro a Virgulino Lampião.
Lampião morreu numa emboscada no ano de 38, em Sergipe.
Lázaro morreu de peito aberto.
Um monte de balas puseram fim à vida de Lázaro, como um monte de balas pôs fim às vidas de Mineirinho, Cara de Cavalo e tantos e tantos.
O povo ou sei lá comemorou com foguetões a morte de Lázaro.
Um fato chamou-me a atenção: os tiros pra cima, as centenas, disparados por inúmeros policiais que participaram da caçada ao perigoso assassino.
Pelo jeito o céu anda muito monótono, sem humor, sem cantor, sem cantador. E sem teatro. Semana passada, só na semana passada, os caras lá de cima mandaram buscar uns caras cá de baixo. Os lá de cima que classifico como anjos, arcanjos e querubins andam mesmo sorumbáticos. Por isso chamaram os cantadores Cícero Alves, Edezel Pereira, Chico Galvão e Generino Batista. Generino morreu com 85 anos, pois nascido no ano da graça de de 36. Na Serra do Teixeira, na Paraíba de tantas lutas. Dos quatro, o único que não era paraibano, tinha por nome Cícero. Cícero Alves além de cantador era operário da construção civil. E foi de um prédio que ele caiu e morreu no último dia 23, em São Paulo. Edezel era irmão de outro grande cantador, João Paraibano. Edezel foi vítima da Covid-19. Morreu no último dia 21, na Paraíba. Na Paraíba também morreu na semana passada, dia 25, o veterano Chico Galvão. Tinha 75 anos de idade e deixou uma penca de discos. E uma canção: Uirapuru da Saudade (abaixo). Generino Batista, que não tinha parentesco com os famosos irmãos Batista (Loro, Dimas e Otacílio), era uma referências na cantoria. "Seu Generino foi um dos meus mestres", diz o cantador fundador da Ucra, também paraibano, Sebastião Marinho. "O nosso mundo (da cantoria) está se acabando", completa Marinho. Em 2009, Generino Batista foi tema de Mestrado pela Universide Estadual da Paraíba por Candice Firmino de Azevedo Nogueira. Leia: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=186388
XEXÉO
O jornalista e teatrólogo Arthur Xexéo morreu ontem no Rio. O câncer o levou, deixando-nos privados de um excelente QI. O jornalismo e a cultura estão de luto.