"Estou encantado, encantadíssimo, com o desempenho dos brasileiros nos Jogos Paralímpicos", disse com os olhos brilhando num sorriso de canto a canto o jovem Barrica. "O mano tem razão. É tudo muito bonito de se ver", acrescentou Biu.
De fato, os nossos representantes em Tóquio têm nos dados muita alegria e exemplos de vida. Eu disse em voz alta, sem querer. Automaticamente. Batendo palmas, Lampa concordou: "o que a Thalita fez foi brincadeira! Adorei vê-la disputando os 400 metros rasos, ao lado do treinador, confesso que fiquei sem palavras. Fiquei sem ação. Na verdade, chorei foi muito", desabafou Lampa voltando a cutucar as unhas com o seu punhal de estimação.
"E ela é cega, não vê nada. Que menina!", foi a hora de Mané falar.
Zé, por sua vez, pegando carona na fala de Mané disse: "e vocês viram também o desempenho da pernambuquinha Ana Carolina nos 100 metros borboleta e do Wendell Belarmino?".
Claro que todos vimos o belo desempenho desses nossos atletas.
Quieto até então, Zoião, informou: "Até agora, em quatro dias já faturamos 23 medalhas. Seis das quais, de ouro".
"Eu acho que a gente vai faturar umas 50 medalhas. Ou mais", arriscou Jão entusiasmado. "Até o próximo dia 5 muita coisa boa vai acontecer com o pessoal lá em Tóquio", acrescentou.
Claro que tudo isso é muito bom, tudo isso é bom demais, mas o mais importante é estarmos lá. É muita experiência, muita beleza, categoria, força e fé em jogo que os atletas portadores de deficiência estão nos dando.
Abaixo, três dos nossos campeões.
Carolina, Thalita e Wendell: