Nêumanne num de livro do Assis |
José Nêumanne Pinto é um jornalista paraibano. Dos melhores.
Além de jornalista, esse Zé é poeta. Dos bons.
Esse Zé também é poliglota, pois tem a boca cheia de línguas.
Um dia uma repórter da BBC de Londres, cujo o nome ora me escapa, pediu-me uma entrevista em inglês sobre cultura popular. E eu, ai, ai. Disse-lhe que falo mal até na minha língua, mas que eu tinha/tenho um amigo craque na língua de Bush. Dei-lhe o nome. E lá foi o querido Zé, esse aí Nêumanne, atender a colega jornalista. E falou bonito.
Nêumanne tem muitos livros.
Nêumanne é cheio de graça e com graça acabo de fazer uns versos dedicados a ele.
São versos graciosos, de bom duplo sentido. Confiram:
É poeta esse Pinto
Como o Pinto de Monteiro
Com viola ou sem
viola
Com rabeca ou sem pandeiro
Esse Pinto quando pinta
Faz
bagunça no terreiro
É metido esse Pinto
Em todo canto quer
estar
Mexe daqui, mexe dali
Já marcando o seu lugar
Esse
Pinto não é mole
Nem cresceu, já quer brigar
Esse Pinto já
tem pinta
Pra com ele vadear
Vadeando ele vai
Todo ancho a
rebolar
Ai, ai, ai, que Pinto besta!
A onde ele quer chegar?
Há uns anos, fins do século passado, gravei um CD declamando coisas minhas e
de outros (capa ao lado). Entre esses outros, o Nêumanne.
O CD com o poema do Nêumanne saiu pelo selo/gravadora El Dorado. E o poema é
esse aí, que declamo com Zé Ramalho: