Charge com Silva Jardim e o conde D'eu, de 1888 |
O Brasil já foi berço de grandes oradores, como o jornalista e advogado abolicionista Silva Jardim.
Jardim era fluminense, nascido na vila de Nossa Senhora da Lapa de Capivari.
De família pobre, o futuro jornalista e advogado formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, SP, fez história defendendo africanos escravizados no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde conheceu o poeta e também jornalista Luís Gama (1830-1882).
Era integrante do partido Conservador e, como tal, defensor radical da República antes de o sistema político ser República.
Seus discursos juntavam multidões.
Retrato de Silva Jardim |
Esse discurso, segundo a imprensa da época, anteciparia o golpe militar que provocou o exílio da família real à França e a mudança do sistema político no País.
No discurso em Santos, Silva Jardim disse que temia que o francês conde D'eu, marido da princesa Isabel, substituísse o sogro dom Pedro II.
Sobre ele caiu uma chuva de palmas. Foi, como se diz hoje, ovacionado.
Após a proclamação da República, no dia 15 de novembro de 1889, Silva Jardim tentou eleger-se deputado Constituinte. Não conseguiu. Frustrado, pegou o boné e foi tirar uns dias na Itália. Lá quis conhecer o Monte Vesúvio.
O vulcão do Monte Vesúvio soterrou várias cidades entre as quais Pompeia, no ano 79 a.C.
No dia 1º de julho de 1891, enquanto apreciava a paisagem do vulcão digamos assim, uma fenda abriu-se a seus pés e o engoliu para sempre.
A vila de Nossa Senhora da Lapa de Capivari traz, desde 1943, o nome de município Silva Jardim.