Assisti, vi, a cantora lírica Bidú Sayão (1902-1999) em destaque desfilando pela escola Beija-Flor, Rio, em 1995.
Vibrei.
Bidú, de batismo Balduína de Oliveira Sayão, seminua na Sapucaí. Liiinda!
Tinha Bidú 92 anos de idade quando desfilou na Sapucaí.
Bidú Sayão nasceu num dia como hoje, 11 de maio, e mostrou para o mundo a beleza da sua voz. Lírica. Revolucionária. Rouxinol, assim era chamada.
O compositor e maestro Heitor Villa-Lobos (1887-1959) a amava. Mas está provado: o Brasil não gosta do Brasil.
Bidú, uma guerreira da liberdade, viveu quase toda a sua vida nos "Estâtes". A sua voz era incrível, fantástica!
Com a voz que Deus lhe deu Bidú ganhou muito dinheiro. Construiu e morou em mansão, como Carmem Miranda.
À Bidú e Miranda, materialmente, nada lhes faltava.
Mas a nós, brasileiros de cá, tudo nos faltava. E continua nos faltando porque vira-latas que somos, assim entendido por Nelson Rodrigues (1912-1980), nem sabemos o que queremos. E batemos, ainda assim, palmas para o estrangeiro do Norte.
Aqui, comigo, tenho muita coisa do que gravou Bidú Sayão.
Uma vez, em Paris, achei numa loja de discos uma caixa com tudo ou quase tudo que Bidú Sayão gravou. Comprei.
Ouço Bidú Sayão quando estou triste.
Não é o caso agora. Pois agora, acabo de receber uma ligação da minha Maria.
A minha Maria adora Bidú.
Viva a boa música brasileira!
Meu amigo minha amiga você já ouviu Casinha Pequenina, com Bidú Sayão?