O sexo e o palavrão têm uma relação íntima, desde que o mundo é mundo. O resultado disso se acha em todo canto, incluindo na literatura popular e erudita, no teatro, cinema, dança, música, nas artes em geral. Perguntei a Oliveira: Como você vê essa relação na poética de improviso ao som de viola?
ELE: Existe no reino cantoria cantadores de que gostam de versos mais picantes, na hora que estão fazendo um desafio, mas não chega a ser "boca suja", na cantoria, a plateia, de uma maneira geral não absorve essa temática. Mas tem muitos deles que mesmo sendo proibido chegam raras vezes a ultrapassar os limites. A não ser um trabalho de encomenda, aí o sujeito se solta todo!
EU: Qual a sua opinião a respeito das músicas de duplo sentido?
ELE: Eu acho a música de duplo sentido uma responsabilidade muito grande. Ou é bem feita ou descartável. Eu gostava de Genival Lacerda, tem muitos outros mas não lembro agora.
EU: Você foi de Ariano Suassuna o poeta repentista mais estimado. Suassuna dizia muitos palavrões? E você quando leva uma topada, diz o quê? Aleluia?
ELE: Sim, Ariano tinha uma grande amizade por mim, e a recíproca era verdadeira. Os três anos que eu fui seu convidado nas suas Aulas Espetáculo, nunca ouvi nenhum. Mas em algum momento tudo pode acontecer.
Eu sempre chamo o famoso: EITA PORRA! Mas por paradoxal que venha parecer eu logo me arrependo e chamo o nome de um santo (risos).
EU: Você e Otacílio Batista estiveram várias vezes cantando para Roberto Carlos, na casa dele. Roberto tem muitas músicas que falam de sexo e coisa e tal. Aliás, não só Roberto, mas muitos outros artistas como Tom Zé, Rolando Boldrin, Rita Lee, Isaurinha Garcia, Wando, Chico, Caetano... Roberto diz muito palavrão?
ELE: Acho muito bonito quem sabe colocar o sexo nas músicas que canta. Um erotismo apaixonante e sensual. Pois partindo para o chulo perde o sentido.
Roberto, não deu tempo ouvir nenhum palavrão dele não. Mas sendo na hora certa todo mundo diz.
EU: Conte um caso inusitado envolvendo um palavrão:
ELE: Olhe, um caso inusitado, eu não lembro agora, mas que o palavrão já me tirou muitíssimas vezes do prego isso não tenha a menor dúvida. Não adianta ser hipócrita, todo mundo tem seu palavrãozinho de estimação. Eu tenho e gosto deles pra lascar! (risos).
Na noite de 13 de julho de 2022, no Qualistage, RJ, Roberto Carlos nervoso com uma fã disse: “Cala a boca, caralho! Porra!”. Dias depois ele voltou ao tema, se desculpando: “Foi sem querer”.
ELE: Existe no reino cantoria cantadores de que gostam de versos mais picantes, na hora que estão fazendo um desafio, mas não chega a ser "boca suja", na cantoria, a plateia, de uma maneira geral não absorve essa temática. Mas tem muitos deles que mesmo sendo proibido chegam raras vezes a ultrapassar os limites. A não ser um trabalho de encomenda, aí o sujeito se solta todo!
EU: Qual a sua opinião a respeito das músicas de duplo sentido?
ELE: Eu acho a música de duplo sentido uma responsabilidade muito grande. Ou é bem feita ou descartável. Eu gostava de Genival Lacerda, tem muitos outros mas não lembro agora.
EU: Você foi de Ariano Suassuna o poeta repentista mais estimado. Suassuna dizia muitos palavrões? E você quando leva uma topada, diz o quê? Aleluia?
ELE: Sim, Ariano tinha uma grande amizade por mim, e a recíproca era verdadeira. Os três anos que eu fui seu convidado nas suas Aulas Espetáculo, nunca ouvi nenhum. Mas em algum momento tudo pode acontecer.
Eu sempre chamo o famoso: EITA PORRA! Mas por paradoxal que venha parecer eu logo me arrependo e chamo o nome de um santo (risos).
Oliveira de Panelas com Roberto Carlos e Otacílio Batista |
EU: Você e Otacílio Batista estiveram várias vezes cantando para Roberto Carlos, na casa dele. Roberto tem muitas músicas que falam de sexo e coisa e tal. Aliás, não só Roberto, mas muitos outros artistas como Tom Zé, Rolando Boldrin, Rita Lee, Isaurinha Garcia, Wando, Chico, Caetano... Roberto diz muito palavrão?
ELE: Acho muito bonito quem sabe colocar o sexo nas músicas que canta. Um erotismo apaixonante e sensual. Pois partindo para o chulo perde o sentido.
Roberto, não deu tempo ouvir nenhum palavrão dele não. Mas sendo na hora certa todo mundo diz.
EU: Conte um caso inusitado envolvendo um palavrão:
ELE: Olhe, um caso inusitado, eu não lembro agora, mas que o palavrão já me tirou muitíssimas vezes do prego isso não tenha a menor dúvida. Não adianta ser hipócrita, todo mundo tem seu palavrãozinho de estimação. Eu tenho e gosto deles pra lascar! (risos).
Na noite de 13 de julho de 2022, no Qualistage, RJ, Roberto Carlos nervoso com uma fã disse: “Cala a boca, caralho! Porra!”. Dias depois ele voltou ao tema, se desculpando: “Foi sem querer”.
Foto e reproduções por Flor Maria e Anna da Hora
Ilustração de Fausto Bergocce
Ilustração de Fausto Bergocce