Foi sepultado hoje 28 de manhã num cemitério da Itália o corpo do cantor mineiro Carlos Gonzaga, um dos poinoneiros do rock no Brasil.
Carlos Gonzaga, de batismo José Gonzaga Ferreira, tinha 99 anos de idade e ia completar 100 em janeiro de 2024. As causas de sua morte não foram reveladas pela família.
Carlos Gonzaga muito cedo trocou a cidade onde nasceu, Paraisópolis, pelo Rio de Janeiro e depois por São Paulo. Começou a carreira cantando sambas, calipsos, guaranias e outros gêneros musicais. Sua primeira gravação foi feita em 1955, num estúdio da extinta RCA Victor, no Rio. As músicas foram Anahí, de Osvaldo Sosa Cordero e José Fortuna; e Perdão de Nossa Senhora, de Teddy Vieira e Palmeira.
José Fortuna foi um dos bons compositores de São Paulo, invencionista muito respeitado.
Teddy Vieira e Palmeira compuseram muitas músicas em parcerias. Ambos foram executivos da extinta Continental.
Eu conheci Carlos Gonzaga no programa Jô Soares, em 1990. Na ocasião eu estava lançando o livro Eu Vou Contar Pra Vocês, sobre Luiz Gonzaga (prefácio de Dominguinhos). Na ocasião eu estava acompanhado da cantora Anastácia.
O sucesso pra valer bateu à porta de Carlos Gonzaga somente em 1958, quando gravou a versão de Diana (Paul Anka) feita por Fredy Jorge, que também conheci de perto ali pelo começo dos anos de 1980. Era poeta e diretor por longo tempo da extinta gravadora CBS, em São Paulo.
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