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segunda-feira, 16 de outubro de 2023

SÃO PAULO QG DO FORRÓ

Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Zé Calixto, nascido José Calixto da Silva há 90 anos, são alguns dos principais pilares do forró como gênero musical.
Gonzaga era pernambucano de Exu e Jackson e Zé paraibanos de Alagoa Grande e de Campina Grande respectivamente.
A partir do Forró de Mané Vito, de Gonzaga e Zé Dantas, esse ritmo primeiramente gravado no Rio de Janeiro ganhou o Brasil de Norte a Sul.
Zé Calixto morreu no Dia Nacional do Forró: 13 de dezembro, em 2020.
Com a chegada da Bossa Nova em 1958, o Forró entrou em declínio como em declínio entrou também o Baião. Por pouco Gonzaga não desistiu da carreira, pendurando a sanfona num prego de parede.
No começo de 1960, fazia algum sucesso em São Paulo a casa de forró do baiano Pedro Sertanejo. Era na Zona Leste, frequentada até pelo então jovem Lula.
O tempo passou e o Forró foi renascendo das cinzas, como a Fênix. 
O detalhe nessa história é que o Forró de Gonzaga metamorfoseou-se e virou tranqueira. Entre essas tranqueiras uma tal de "pisadinha". Mas é em São Paulo que o Forró começa a revigorar-se.
Várias casas de forró "pé de serra" foram abertas na Capital paulista, entre essas Remelexo e Canto da Ema, na região de Pinheiros. 
Está se revigorando, pois o Forró iniciado por Luiz Gonzaga segue na base de triângulo, sanfona e zabumba. Portanto não será exagero dizer que São Paulo é uma espécie de QG do Forró, como foi do Baião até o final dos 70. A propósito, Gonzaga gravou um LP com esse título (acima).

Clarissa e colegas do Instituto Brincante

Na Capital paulista muita gente boa e jovem aderiu ao canto e dança do Forró inserindo a rabeca ao lado de pandeiro e zabumba e tal. Entre essas pessoas, Clarissa Angelo. Ouça: https://www.instagram.com/p/CbvTLWNjzOJ/ • https://www.instagram.com/reel/Cxla2g7vPln • https://www.instagram.com/p/CKSsUCTn7zk/ • https://www.instagram.com/reel/CfpcF8ljwn6/ • https://www.instagram.com/reel/CdefwGMD-sO/
Meu amigo, minha amiga, você já escutou o pessoal aí abaixo? Garanto que é supimpa, que toca rabeca de modo que nos faz bem. Se procurar na Internet, acha: Siba, Renata Rosa, Filpo Ribeiro, Luana Caroline, Maria Carolina Fernandes, Zé Pereira, Renato Macedo, Felipe Gomide, Alício Amaral, Wan Dourado, Vanille Goovaerts, Nicolas Krassik, Ricardo Herz, Carla Raiza, Antônio Nóbrega (Brincante).
Como se não bastasse, sempre em prontidão para atender quem os procura estão os Luthiers Adam Bahrami, Ricardo Bressan e Filpo Ribeiro.
Até numa reserva indígena de Sampa, a Casa de cultura Yvy Porã Jaraguá, há rabequeiros mantendo a tradição de tocar o que é bom.
Está gostando?
Pois é! E pra gostar mais ainda procure um lugar bem bom no seu apartamento ou no quintal de casa, abra uma cervejinha gelada e caia num gostosíssimo Baile de Rabeca clicando: https://open.spotify.com/playlist/2EPIVkhjHCmaWu2IFG3VnS?si=3a80beddc88e4231
Quer mais?
Faça o mesmo no apartamento ou em casa e caia num "pé de serra", clicando: https://open.spotify.com/playlist/5ALkIdVcXKdKSwf424sY2j?si=8271a0f490eb49cd
No correr da última pandemia, rabequeiros do Brasil se reuniram pra tascar o arco na rabeca. Confira o resultado: https://youtu.be/eBsOyXMb2-w
Por fim meus amigos, minhas amigas, tire aí um tempinho para ouvir um podcast sobre a rabeca e tal. Vale a pena: https://open.spotify.com/show/2JSfxL4pzDZUaE4l14fs7o?si=0eb9cdd8ddb44d7a
Em 2021, o Forró foi reconhecido pelo Iphan como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Antes, em 2019, foi criado em São Paulo o prêmio Anastácia de Forró. Merecidamente. Viva!