Até aqui passamos dificuldades de todos os tipos.
Primeiro foram os invasores estrangeiros a tomar conta do nosso país. Portugal levou a melhor, no primeiro momento. Cresceu, cresceu, com as riquezas extraídas do solo brasileiro.
Isso no século 16, bem no começo.
Ao mesmo tempo que portugueses invadiam nosso país, outros povos faziam o mesmo: franceses, holandeses, etc.
No começo do século 19, precisamente em 1808, Dom João VI, família e apaniguados fincaram moradia por cá. Primeiro na Bahia e depois no Rio.
A história é comprida.
Como costuma fazer, o craque cearense Klévisson Viana gerou mais um belíssimo trabalho poético. Leiam-no:
A CADELA DO FASCISMO VIVE DIRETO NO CIO
Autor: Klévisson Viana
Ditadura nunca mais
Nem civil, nem militar
Só podemos lamentar
A época dos generais
Todo inimigo da paz
Ao amor é fugidio
Com seu instinto sombrio
Seu espírito é um abismo
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
Quem quiser ser candidato
Defenda a Democracia
Seja a luz que irradia
A paz na rua ou no mato
Tenha a lei por aparato
Lute, não seja arredio
Pois para um país sadio
Não fique no comodismo
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
21 anos de atraso
Nosso país amargou
Dessa época o que sobrou
De proveitoso é bem raso
Só lembramos do descaso
E o futuro por um fio
De nosso imenso Brasil
Sob tortura e sadismo
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
Torturadores terríveis
Perseguidores cruéis
Todos reféns dos quartéis
Que se julgavam invencíveis
Maldade em todos os níveis
Homem sem alma, vazio
Sempre ao diferente hostil
Ódio, maldade, egoísmo...
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
Portanto, fiquem cientes
Que os milicos referidos
Para os Estados Unidos
Foram subservientes
Mansos e obedientes
Só bastava um assobio
Tio Sam com olhar frio
Mostrando absolutismo
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
Quase 2.000 camponeses
Foram desaparecidos
Muitos mortos, perseguidos
Sindicalistas, por vezes
Sumidos dias e meses
E até anos a fio
Me causa até arrepio
Esse grau de terrorismo
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
Saudosos da Ditadura
Porquê da mesma eram sócios
Lucraram com esses negócios
Sem a menor compostura
Inda vivem na fissura
Desejando a sangue frio
Clama o regime sombrio
Mostrando até saudosismo
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
Quem vive nessa loucura
Expondo sanha golpista
Perversa, vil, egoísta
Precisa ser enquadrado
Pela lei, e condenado
Para curar o desvio
De caráter doentio
Uma dose de civismo
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
Reza a constituição
Que o papel do militar
Não é para governar
É defender a Nação
Quero que a instituição
Cumpra o seu papel com brio
Enfrentando o desafio
De manter paz e civismo
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
E para os bons militares
Tiro sempre o meu chapéu
Merecem palma e laurel
E o respeito de seus pares
Galgar melhor patamares
Ser digno de elogio
Legalista sem desvio
Com verdadeiro heroísmo
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
Quem foi péssimo militar
Mandrião com lero-lero
Político do baixo clero
Miliciano vulgar
Só veio pra nos mostrar
O quanto é podre e vazio
E nosso imenso Brasil
Tentou jogá-lo abismo
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
Nesse filme de terror
Igreja virou gandaia
E o rei da maracutaia
Tal “Messias” impostor
Arma seu circo de horror
E do mal faz seu plantio
Apoia com desvario
Narcopentecostalismo
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
O pobre tio do zap
Sujeito da “dita mole”
Toda fakenews engole
É sua válvula de escape
Porém não é com tacape
Que se amansa esse vadio
Que se acha um senhorio
Com falso patriotismo
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
Dez mil Caixas de Pandora
Bolsonaro e sua maldade
Mostrou da sociedade
Que um lado escuro vigora
Uma corja que ignora
Que possui grande desvio
Terraplanista arredio
Acéfalo com pedantismo
Que a cadela do fascismo
Vive direto no cio.
Sendo de Esquerda ou Direita
Siga a Constituição
Pra sermos grande Nação
Democracia é perfeita
Com ela tudo se ajeita
E o país fica sadio
Só refutando desvio
Do cruel anacronismo
Pra cadela do fascismo
Findar de vez com o cio.
FIM