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domingo, 28 de abril de 2024

SEM EDUCAÇÃO NÃO HÁ CIVILIDADE

 As datas comemorativas constantes no calendário de qualquer país para lembrar ao cidadão, fale ele que língua fale, que há história. 

História é história. 

Um país faz história, com guerras e mortes.

As datas começam em quaisquer calendário já no dia 1° de janeiro. 

O 1° de janeiro é o dia mundial da Paz.

Em fevereiro, no Brasil, quase sempre é Carnaval. 

Mais importante do que o Carnaval em fevereiro é o dia do nascimento do historiador santista José Ramos Tinhorão. É dele o dia 7 desse mês. O 12 seguinte é o dia de nascimento do cuiqueiro paulistano Osvaldinho.

Março 8 é o Dia da Mulher.

Como se não bastasse, o mês de março nos traz a triste lembrança da escuridão total provocada pelos militares a partir desse mês em 64.

Maio marca o Dia do Trabalhador e da Abolição.

Triste, muito triste, o longo tempo que durou a submissão forçada dos negros trazidos de África pata o Brasil.

Junho é o mês dos três mais famosos santos do calendário católico: Antonio, João e Pedro. De tabela, Paulo.

Julho é importantíssimo por ser o mês do nascimento de Clarissa.

Agosto nos traz a lembrança da importância da cultura popular. 

Setembro é importante por ser o mês da Primavera. 

E outubro, hein?

Esse belo mês de vento livre, leve e solto nos leva à reflexão da importância das crianças na formação do mundo. 

Ah! Nesse mesmo mês de outubro os católicos brasileiros param para pensar e rezar em memória da santa Aparecida. 

Depois de Aparecida em outubro, logo em seguida vem o Dia do Professor: 15. 

Foi em novembro de 1889 que os militares puseram no poder o marechal Deodoro. Com isso, caiu o Império e no seu lugar ganhou forma a República. 

Dezembro, finalmente, nos traz a lembrança do nascimento do Rei do Baião. 

"Você não falou do mês de abril", observa Flor Maria.

Concordo e adianto: o mês de abril nos lembra o dia dos povos indígenas (19), o dia da chegada do navegador português Cabral na Bahia (22) e o Dia da Educação (28).

O dia 28 de abril é o dia nacional e mundial da educação. 

A educação no Brasil e no mundo engatinha com dificuldade. 

O que será do Brasil e do mundo sem educação?

Sem educação não há compreensão, nem respeito entre as pessoas. 


LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (92)

Seguindo os passos de Schopenhauer, Frédéric Nietzsche (1844-1900) tentou fazer “melhor” como poeta e filósofo. O resultado disso é que disse um monte de asneiras nos livros que publicou. Exemplo: “Todas as mulheres me amam, com exceção das mulherzinhas vitimadas, as ‘emancipadas’, as incapazes de terem filhos”.
Nietzsche quis se casar, mas a pretendente fugiu da raia com alguém que julgou ser melhor do que o filósofo. Isso pode ter gerado nele rancor, pois justificativa não houve para que se transformasse no misógino em que se transformou. Pra ele, mulher não significava nada a não ser servir ao homem. Dizia, por exemplo: “A mulher deve ser considerada como propriedade do homem, como fazem os orientais”.
E como se não bastasse, atirou sua ira contra o Criador: “Não ouvimos o barulho dos coveiros a enterrar Deus? Não sentimos o cheiro da putrefação divina? Também os deuses apodrecem! Deus está morto! Deus continua morto! E nós o matamos!”.
Nietzsche morreu num hospício, doido, depois de uns 12 anos sem escrever nada.
Como Schopenhauer, o filósofo francês Jean Paul Sartre optou por não se casar e nem ter filhos.
E como Sartre, Simone de Beauvoir também não se casou e nem teve filhos.
Sartre e Beauvoir viveram juntos por muito tempo. Conheceram-se em 1929. No ano seguinte, ela publicou seu primeiro romance: A Convidada.
Nesse livro ela cria um triângulo amoroso. Até que chega mais alguém. Rolou orgia, troca troca e tal.
Ela teve muitos amantes, entre homens e mulheres.
No seu livro mais famoso, O Segundo Sexo, Simone discorre sobre maternidade e lesbianismo. O livro é denso.
O lesbianismo está presente em muitos livros, muitos filmes, peças de teatro e tudo o mais. 
Um dos últimos livros da paulistana Cassandra Rios Intitulou-se Eu Sou Uma Lésbica. 
A personagem tinha por nome Flávia, talvez seu alter ego.
Foi um Deus nos acuda!
Naqueles tempos duros de chumbo grosso a escritora paulistana alcançava a marca histórica de um milhão de exemplares vendidos de sua obra considerada pelos milicos pornográfica.
Cassandra, cujo nome verdadeiro era Odette Pérez Ríos, escreveu seu primeiro livro quando tinha 16 anos de idade. Título: A Volúpia do Pecado.
Cassandra era assumidamente lésbica e a escritora mais perseguida pelos poderosos da época. Pelo menos 36 dos 50 títulos publicados foram censurados, retirados do mercado e incinerados.
Pra provocar seus perseguidores, Cassandra escreveu o livro A Santa Vaca (1978) por ela mesma classificado, aí sim, pornográfico.
Entre seus admiradores se achavam Jorge Amado e o Bandido da Luz Vermelha.
A obra de Jorge Amado é toda recheada de encontros e desencontros, de prostitutas valentes.
Nas histórias de Jorge o bem sempre vence.
O Bandido da Luz Vermelha, de batismo João Acácio Pereira da Costa (1942-1998), era catarinense e morreu assassinado num bar depois de cumprir uns 30 anos de reclusão no antigo Manicômio de Franco da Rocha, SP. Sua condenação deveu-se a assaltos e estupros que praticava nos bairros da elite paulistana. Não escreveu livro, nem nada, mas foi tema de um filme em 1968.