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sábado, 12 de outubro de 2024

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (137)

A história da pioneira Cavendish, se passa no polo norte.

No polo norte também Bradley ambientou seu romance. Lá tem um lugar fantástico, Mizora. Nesse lugar, governado por mulheres, não há crime, não há violência, não há miséria, só coisa boa. Não, não, tem uma coisa péssima: racismo e quanto aos homens que aparecem na história estão condenados à morte, como faziam as amazonas da mitologia grega.

O francês Júlio Verne (1828-1905) passeou pelo universo até se cansar. Foi também até as profundezas do mar. São dele as obras Viagem ao Centro da Terra (1864), Da Terra à Lua (1865) e Vinte Mil Léguas Submarinas (1870). Futurista.

Thea von Harbou

O Futurismo se acha brilhantemente em muitos títulos. É possível que a alemã Thea von Harbou (1888-1954) tenha sido a primeira mulher a roteirizar histórias do tipo feitas por Verne.

Em 1925, Harbou desenvolveu uma história curiosíssima intitulada Metrópolis.

Metrópolis é um mundo dividido como hoje em duas partes: o pobre e o rico. O pobre robotizado e o rico livre para fazer tudo que lhe dá na telha. No enredo tem um cara que criou tal mundo: Joh Fredersen. É o chefão. Manda em tudo, na vida e na morte. O filho de Joh, Freder, finda por apaixonar-se por uma certa Maria. Lá pras tantas é dito que “da compreensão, surge o amor”.


“Pai! Ajude os homens que vivem em suas máquinas!”


 “Eu não posso ajudá-los”, disse o cérebro de Metrópolis. “Ninguém pode ajudá-los. Eles estão onde deveriam estar. Eles são o que deveriam ser. Eles não servem para mais nada, ou nada diferente.”


Joh Fredersen acaba nos braços da mãe.

O livro foi publicado em 1925 e dois anos depois ganhou versão cinematográfica feita pela autora. 

Ah! Sim: o enredo todo se passa no ano de 2026.

É também de Thea von Harbou a história de um grupo de humanos que voa num foguete em busca de ouro na lua. A ganância provoca brigas e mortes entre os humanos. Sobram, no fim, um homem e uma mulher. Título: Mulher na Lua.

Histórias inventadas ou não com sexo, prazer e amor ainda se multiplicam em todo canto. A França tem sido um dos berços de grandes autores até há pouco proibidos como Charles-Pierre Baudelaire (1821-1867), autor do clássico As Flores do Mal.

A vida de Baudelaire foi muito agitada, com álcool, drogas e paixões devassas. Era rebelde ao extremo e não perdoava a mãe, Caroline, por ter se casado novamente após a morte do pai Joseph. Morreu com 46 anos de idade.

Outro rebelde na história da literatura francesa foi Voltaire, que viveu o tempo todo cutucando onça com vara curta. Muitos o classificavam de irresponsável e maldito. Bebia, jogava e traficava horrores. Ainda hoje há quem o chame de feladaputa. Fazia qualquer negócio. Porém, há sempre um porém em toda história: Voltaire era a favor da liberdade de expressão, da liberdade religiosa e da liberdade política. Pois, pois. 

Esse francês, que morreu com 83 anos de idade em 1778, deixou uma obra formada por poemas, romances, peças de teatro e tal.

Como Sade, cumpriu temporada na Bastilha.