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terça-feira, 18 de agosto de 2009

A POÉTICA FRANCESA NA CASA DAS ROSAS

Por sugestão minha, o repórter do extinto Diário Popular Donizeti Costa solicitou ao cordelista e xilogravurista J. Barros que compusesse, em fins de maio de 1997, algumas estrofes sobre o pega-pra-capar entre os ex-craques do Palmeiras e do Corinthians, Viola e Mirandinha.
Era costume do centroavante corinthiano provocar os goleiros adversários.
Numa ocasião, ele disse que o palmeirense Veloso estava ficando careca de tanto engolir gols seus. Viola fez disso suas dores e rebateu, dizendo: “O Mirandinha não pensa muito antes de falar, até porque ele veio do Nordeste e não é uma pessoa culta”.
Pronto, o qüiproquó estava feito.
E lá vieram os versos de Barros, pondo panos quentes na história:

Esse grande jogador
Parece falar com a bola
Chutando-a para o gol
Ela vai, não descontrola,
Mirandinha é bom no chute
E bom também na viola.

Ele é quem lembra o Nordeste
Fingindo toca viola
Correndo dentro do campo
Parece que é de mola
Parabenizo o craque,
Grande jogador de bola.

Acho que foi essa a única vez que J. Barros fez sextilhas falando de jogador e futebol.
Ah! Quando sugeri a Donizeti que J. Barros escrevesse algo sobre o bate boca entre Mirandinha e Viola, sugeri também que ele fosse remunerado por isso. E foi. Como acho que foi também o poeta repentista, Lourinaldo Vitorino, que também participou da matéria que, aliás, foi capa do suplemento Já Diário Popular, edição 31, Ano 1, de 8 de junho de 1997. Chamada: “Oxente! O craque Viola, do Palmeiras, ofende o corinthiano Mirandinha e, por tabela, mais de 3 milhões de pessoas que fazem da Grande São Paulo a maior cidade nordestina do País”.
Fica o registro.
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E com relação ao que sucede na casa de mãe Joana, isto é no Senado brasileiro, eu disse ontem neste espaço sentir vergonha de figuras como Renan, Collor, Sarney e outros tais. Por quê? Porque são lamentáveis e são do Nordeste em que nasci. Além de vergonha, tenho pena de nomes como esses, que integram a bancada nordestina.
Mas o Brasil tem jeito. Ora se tem!
E cadê os cordelistas Marco Haurélio, Moreira de Acopiara, João Gomes, Klévisson Viana, Arievaldo e Varneci que não escrevem em versos as safadezas que estão rolando há tempos no Senado, hein? Isso é preciso. Vamos mexer nisso, minha gente.
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o pau tá comendo, entre Globo e Record. Temos todos a ganhar com essa briga. É esperar para ver.
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Quanto à gripe dita suína, mais uma coisa: nunca imaginei que água benta e hóstia fizessem mal a alguém. Agora vem a CNBB proibir isso aos fiéis no Nordeste. É o que eu disse ontem: tamifludidos.
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Sexta-feira tem pré estréia do documentário de Sérgio Rozemblit, O Milagre de Santa Luzia, no Unibanco Frei Caneca, às 10:30. Irei. A foto que ilustra o texto de hoje é do sanfoneiro e compositor Mário Zan, que conheci bem e que participou de vários programas meus nas rádios Capital e Jovem Pan e que costumava freqüentar meu escritório na Avenida Paulista, como também o fazia João Pacífico. Escrevi muito a respeito de Zan, como escrevi a respeito de Patativa, Sivuca, Domninguinhos...
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Na mesma sexta 21, às 20 horas, outro programa imperdível. Dessa vez no Espaço Haroldo de Campos da Casa das Rosas, ali na Avenida Paulista, 37: lançamento do catálogo da exposição Poesia Experimental Francesa: Zona Digital. Também estarei lá, junto com a produtora cultural Andrea Lago e o pessoal da Luminar.
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Este blog está cumprindo com a sua finalidade, embora eu ainda não saiba direito como fazer para que o maior número de pessoas o acessem e opinem sobre o que é posto por mim nele. Deve haver um jeito... Para minha alegria, foi a partir deste espaço que tomei conhecimento do paradeiro de um dos meus grandes amigos: Marco Zanfra, ao lado de quem trabalhei nas Folhas. Bons tempos!

6 comentários:

  1. Bons e "encharcados" tempos, se é que me entendem...

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  2. Falei em "encharcado" e me lembrei de uma vez em que convidei o Candinho para tomar uma cerveja, no final do expediente. Ele concordou, com uma ressalva: seria um copo só.
    Pois bem: daqui a pouco chegou Assis Ângelo e, sem o Candinho trocar de copo, tomamos 38 cervejas! Foi um copo só, não foi?

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  3. hahaha. hic. grande marco!

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  4. Angelo

    Outro dia mesmo estava pensando.. como fazer para que essa tradicao coronelista pare de passar de pai para filho como se fosse caracteristica genetica? Sao esses nomes, vindos dessa tradicao, que envergonham o cidadao honesto do nordeste e trazem seus metodos para a o Senado. Acho que essa e a grande doenca do Nordeste, que tanto amo, e por onde tanto anddei na minha juventude..

    Abracos,
    Cintia, a prima do Zanfra

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  5. olá, cintia, seja bem-vinda.
    concordo em gênero e grau com tudo o que você disse.
    é triste, sim, acompanhar o comportamento de boa parte dos políticos nordestinos nas diversas esferas: legislativo, executivo...
    sarney é sarna, mas não é só ele; mas tudo, todos, ou quase todos que fazem do voto popular comprado ou não seu mais lamentável meio de vida.
    que o fogo a vergonha os coma, não é mesmo?

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  6. Caro Assis Ângelo,

    O nosso amigo em comum, Júbilo, me disse que você está fazendo uma convocação geral, que está chamando todos os nordestinos e cordelistas pro pau! Agora ao ler teu último post com atenção, vi que a causa é nobre, que merece o nosso protesto, a nossa manifestação.
    Gosto de protestar e de expor meu ponto de vista. Já publiquei em meu blog artigos sobre a famosa "casa" mal vista e também sobre essa tamifludida gripe suína, que já está virando "gripe burrina".

    Leia no blog http://hellaydo.blogspot.com:

    >> Simplesmente revoltante
    http://hellaydo.blogspot.com/2009/07/simplesmente-revoltante.html

    >> Conversando nos bastidores
    http://hellaydo.blogspot.com/2009/08/conversando-nos-bastidores.html

    Enviarei depois uma divulgação em massa do link e fragmento deste post seu.
    Espero, desta forma, oferecer a minha contribuição.

    Forte abraço e parabéns pelas palavras semeadas!

    Hellaydo Jean.

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