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terça-feira, 16 de março de 2010

A VIDA É BELA, MAS PENSEMOS UM POUCO...

Vamos lá, numa boa.
Acho a vida bela.
Acho que erramos ao não aproveitarmos a vida da melhor maneira possível, vivendo bem e fazendo o bem.
Digo isto pensando no bem e pensando no mal; no positivo e no negativo.
Por que o mal?
Os do mal talvez indaguem: por que o bem?
Os do bem não matam como o assassino de Glauco e seu filho Raoni: à toa, tampouco premeditadamente.
O mal é o ataque gratuito, desnecessário, prepotente, que intimida e humilha.
O mal e a vulgaridade são coisas medonhas.
O mal sabe disso.
A vulgaridade como o mal, grosso modo, está na ordem do dia dando Ibope, dando dinheiro, enchendo cofres das empresas que não ligam nem para o bem e nem para o mal.
Vejam-se o BBB e outros realites da vida prevista por Georges Orwell e seus personagens, heróis idiotas, de falas sem cérebro e seguidores igualmente idiotas.
Inversão de valores destes tempos tão loucos.
Mas o futuro há de cobrar.
É real o noticiário que parece fantasioso no rádio e TV.
E não adianta desligar essas mídias, pois tropeçamos nos sustos, nos medos que elas nos dão.
A vida para o mal é nada.
O caso Glauco/Raoni tem me levado a pensar tantas coisas!
A violência também já me pegou várias vezes, mas sobrevivi.
É pouco ser seqüestrado pela polícia?
Fui num ano dos 80, em Sampa, terra adotada querida.
Passou.
Também sobre mim desabou a ira de um tresloucado delegado chamado Fleury; e, pior, perante de colegas jornalistas no velho Dops, de tantas histórias macabras, feias, tristes.
Deus do céu!
Digo estas coisas sem querer, mas cá fui dizendo pelo absurdo do fim de Glauco e Raoni. E quem os matou foi um consumidor de drogas. Como uma coisa puxa outra...
Acabei de ver na TV notícia sobre a convocação do atacante da Seleção Brasileira de Futebol Adriano, também do Flamengo.
É bomba com estopim aceso no campo...
Há outros escândalos rolando, no campo político também.
..................................
Recebi e-mail que diz que brasileiro:
- Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
- Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
- Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
- Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.
- Fala no celular enquanto dirige.
- Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
- Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.
- Viola a lei do silêncio.
- Dirige após consumir bebida alcoólica.
- Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
- Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.
- Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.
- Faz "gato" de luz, de água e de TV a cabo.
- Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
- Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.
- Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
- Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.
- Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
- Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
- Adultera o velocímetro do carro para vende-lo como se fosse pouco rodado.
- Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.
- Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
- Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
- Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
- Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
- Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.
- Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.
- Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
- Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
- Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.
E ainda quer que políticos sejam honestos...
Escandaliza-se com a farra das passagens aéreas...
Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não?
Brasileiro reclama de quê, afinal?
Que seremos nós todos Brasil amanhã, hein?

4 comentários:

  1. Tem razão: o político é um reflexo do povo que o elegeu. Mas, pensando nisso, por que então "a vida é bela"?

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  2. E, falando nisso, quanto tempo faz que o senhor não faz um comentariozinho lá no "Fala, Zanfra!"? Comigo é olho por olho: não participa do meu blog, não participo do seu!

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  3. Perfeito, Assis. Tenho essa mesma opinião. Brasileiro é uma racinha metida à besta. Povinho de quinta se achando de Primeiro Mundo. Se acham mais "exxxpertos" que o resto da humanidade.

    Tudo daqui é melhor e maior do mundo, já reparou? Foi a Fabiana Murer ganhar uma parca medalha e já acham que a garota é a maior, esquecem que a Yelena Isinbayeva ganha quando quer. Isso para ficar só nesse caso, nem vamos lembrar das patacoadas ditas por aqui quando o Brasil ganha alguma coisa em Olímpiada ou, pior, quando vence a Argentina. Nessa particularidade, brasileiro tem um tremendo complexo de inferioridade, já que estão sempre a lembrar dos "hermanos". E que a Argentina vença a Copa do Mundo! e em 2014, seja Bicampeã. Imagine a cara do imbecilóide do Galvão Bueno?

    Abraço

    Maurício

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  4. Sabe, Assis, por um bom tempo, em busca de uma "identidade nacional" cultivamos a imagem do "malandro", um sujeito boa praça, bom amante, boêmio, que consegue se livrar da miséria com criatividade, originalidade e simpatia - fato que se reflete em nossa música e estilo de vida... acontece que levamos essa imagem a um extremo tal que o trabalho honesto e a honra foram deixados de lado. Não é uma questão de saber o certo e o errado, é uma questão de cultura, de hábito. Infelizmente nossa cultura tem sido forjada pela mídia e pelos seus valores. Talvez uma boa campanha seja incentivar as pessoas a desligarem suas TV's - mesmo os noticiários. É preciso reconstruir nosso país e nossos valores, amigo. Grande abraço pra você!

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