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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

DOMINGO 3, UM JOGO SEM EMPATE

Nos meus tantos e tantos anos de vida e luta nesta terra brasilis, nunca vi uma campanha política de âmbito nacional tão insossa e sem graça como a que chega ao fim domingo 3, quando cerca de 140 milhões de eleitores definirão seus votos para presidente da República, governador, senador e deputados federal e estadual nas urnas eletrônicas espalhadas desde a Paraíba ao Rio Grande do Sul, cujos resultados serão conhecidos provavelmente antes mesmo de segunda 4.
Nunca também uma campanha prometeu tanto, como essa.
Prometeu no sentido de surpresas.
Mas política é caixinha de Pandora, dirão.
E que surpresa, se as pesquisas indicam o fechamento da fatura já no 1º turno?
Pois é.
Mas há quem identifique aqui e ali manipulação de contrários, para que isso não ocorra.
Desde os tempos de Getúlio e Jânio, o Brasil nunca viveu uma situação como a de hoje, ou seja: um presidente em fim de mandato elegendo uma mulher como sua substituta, sem que ela nunca tenha disputado qualquer cargo eletivo.
Desafio e tanto!
Desafio vencido restará a desconstrução total de argumentos e análises históricos feitos por especialistas da cena política.
Como pode um brasileiro vindo das brenhas virar presidente da República duas vezes seguidas, sem título de doutor?
É um murro no pâncreas.
Os cientistas políticos agora terão uma grande tarefa: entender o que está se passando nesta terra brasilis.
Ao contrário do jogo de ontem, entre Corinthians e Botafogo, domingo 3 não haverá empate.

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