Ele era tão radicalmente simples, que um dia subiu num tamborete e, ai! Mordeu a própria testa.
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Pois é. E um dia disse que estava cansado. Os amigos se preocuparam, pensando que ele ia se matar. Mas, não. Ele sentou-se num meio-fio e descansou.
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Desempregado, sem grana, desceu a Consolação e bateu à porta de um empresário de artistas, dizendo que era mágico e sabia voar. O empresário o olhou com desdém e o enxotou do escritório; mas vendo a janela aberta, o artista jogou-se ao espaço e saiu voando.
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Se der, deu. Se não, chau dé!
João era o nome dele.
Débora, o dela.
João era sonhador e queria mudar o mundo.
Débora, na dela.
Um dia, ele disse que ia cair na guerrilha. Iria para o tudo ou nada.
Ela, na dela.
E ele partiu.
Dias depois, Débora abriu o jornal e leu uma notícia em letra miúda: “O guerrilheiro João tombou ontem com uma metralhadora na mão”.
Isto é: não deu.
Muito bons os microcontos. Síntese e beleza.
ResponderExcluirParabéns, Assis.