Nesse dia, vítima de complicações cerebrais, morria o 32º presidente da poderosa nação do centro da América do Norte, Roosevelt.
O vice Truman, atarantado, assumia o governo sem saber direito o que ocorria no caldeirão fervente das decisões em torno da 2ª Grande Guerra.
Hitler babava de ódio contra os humanos.
Sem dúvida, o mundo estava em perigo.
Por sua vez, o Brasil cumpria acordo firmado com os EUA, enviando toneladas de látex extraídas a duras penas das profundezas amazônicas pela vigorosa força nordestina.
Essa força foi decisiva para a vitória dos aliados contra os nazistas.
Contarei depois, em livro já adiantado.
Inexplicavelmente naquele 12 de abril não houve gravação musical nos estúdios da Victor, a segunda maior gravadora implantada no Brasil.
Era uma quinta-feira de sol, com pássaros trinando onde havia árvores e verde.
Um dia antes, o pernambucano Luiz Gonzaga realizava o sonho de gravar um disco cantando e não só solando sanfona, como até então fizera.
Ele já gravara 49 músicas, em 24 discos de 78 RPM (Rotações Por Minuto) com o selo da Victor.
Mas os mandachuvas da gravadora não o queriam cantando.
Gonzaga blefou, ele me disse:
“Contei que estava indo de mala e cuia para a Odeon, pois lá eu poderia gravar cantando”.
O blefe surtiu efeito.
No 11 de abril de 1945, Gonzaga entrou em estúdio gravou a mazurca Dança Mariquinha, dele e Miguel Lima; e Impertinente, uma polquinha só dele.
Sessenta e tantos anos depois, o resto dessa história todo mundo sabe.
Pois bem, e hoje estamos no ano do seu centenário de nascimento.
No vídeo abaixo, uma apresentação que fiz numa das unidades do CEU (Centro Educativo Unificado), ao lado do violonista, cantor e compositor baiano Gereba. Clique:
Ah! Antes, uma pergunta: você o que há em comum entre Truman e o Rei do Baião?
Gonzagão se apresentou para Truman em uma cerimônia - se não me engano.
ResponderExcluir