Páginas

segunda-feira, 14 de maio de 2012

GONZAGA LANÇOU ASA BRANCA HÁ 65 ANOS

A toada Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, foi gravada originalmente por Luiz Gonzaga no dia 3 de março de 1947 e, no formato de disco de 78 RPM, lançada ao mercado dois meses depois pelo esquema publicitário da extinta RCA Victor.
Dessa gravação participaram Canhoto, no cavaquinho; Dino, no violão 7 cordas; Carlos Poyares, na flauta; Zequinha, no triângulo e agogô; e Catamilho, na zabumba.
Não confundir o Canhoto a quem me refiro, de batismo Waldiro Frederico Tramontano (1908-87), com o violonista Canhoto da Paraíba (Francisco Soares de Araújo; 1925-2008).
Dino e o próprio Canhoto, chamado de Canhoto do Cavaco, faziam parte do Regional de Benedito Lacerda, criado no começo dos anos de 1930 com o nome de Gente do Morro.
O regional de Benedito acabou e Canhoto o assumiu, levando Dino e Meira, que não participou da gravação de Asa Branca.
Em 1950 e em 1952, Luiz Gonzaga regravou Asa Branca.
Depois ele faria outras quatro ou cinco regravações, um delas no ritmo de forró.
Coube ao Trio Melodia o registro da 2ª gravação de Asa Branca, para a extinta Continental.
Esse trio era formado por Paulo Tapajós, Albertinho Fortuna e Nuno Roland.
A 3ª gravação dessa toada foi feita pelo flautista Altamiro Carrilho, que anos depois viria a gravar em estúdio com o próprio Rei do Baião.
Exatos 60 depois da 1ª gravação, eu e a produtora cultural Andrea Lago reunimos um grupo de artistas na paulistana Praça da Sé para lembrar a data.
Entre os artistas que atenderam ao nosso chamado marcaram presença a rainha do forró Anastácia e a cantora do grupo Bicho de Pé, Janaína Pereira; os poetas Moreira de Acopiara e Marco Haurélio, os brincantes Valdeck de Garanhuns e Costa Senna; o violonista Roberto Di Mello, Cacá Lopes, Nininho de Uauá, Joel Marques, Carlos Randall, a Banda de Pífanos de Caruaru o Trios Sabiá.
Os jornais qualificaram os artistas presentes de “pelotão de choque cultural contra a mesmice e a burrice nacionais” (foto acima, Jornal da Tarde, SP).
Como previsto, na ocasião lancei literalmente à praça o livro Dicionário Gonzagueano, de A a Z (foto abaixo, de Darlan Ferreira).
Foi uma festa e tanto!

4 comentários:

  1. "BETHOVEN DO SERTÃO"
    Carlos Silva

    Tô com saudades, de ouvir na voz do povo/
    Como se aqui de novo Estivesse Gonzagão/
    Cara de lua, lua cheia peregrino/
    Orgulho tão nordestino, é Luiz Rei do baião/
    A asa branca molha o solo de saudades/orvalhando suas lágrimas pelos campos do sertão.
    Canta vaqueiro, seu aboio de criança, imortaliza a lembrança,faz chorar seu coração.

    Saudades tenho, desse lado brasileiro, dessa nação de guerreiro desse povo tão feliz.
    Que tem saudades do filho de Januário,foi a ele que Santana, deu o nome de Luiz.
    Êh Luiz, rei do baião, és o Bethoven desse chão hospitaleiro.]ÊH Luiz, teu coração, marca o compasso desse povo brasileiro.

    Carlos Silva poeta e cantador, homenageia no proximo cd, Luiz Gonzaga o rei do Baião no seu centenário.
    11 7679-4241 5942-0385

    ResponderExcluir
  2. Esqueceram na virada cultural
    Deste genio da cultura popular
    Gonzagão muito teve a eninar
    Aos sulistas com seu canto genial
    Esquecido de forma descomunal
    O nordeste e o povo lamenta e chora
    A ignorancia praticada nesta hora
    Foi um ato de burrice programada
    Eita povo que ja não entende nada
    Então peçam desculpas ao povo agora


    Carlos Silva

    ResponderExcluir
  3. "BETHOVEN DO SERTÃO"
    Letra e musica:
    Carlos Silva
    Tô com saudades, de ouvir na voz do povo/
    Como se aqui de novo Estivesse Gonzagão/
    Cara de lua, lua cheia peregrino/
    Orgulho tão nordestino, é Luiz Rei do baião/
    A asa branca molha o solo de saudades/orvalhando suas lágrimas pelos campos do sertão.
    Canta vaqueiro, seu aboio de criança, imortaliza a lembrança,faz chorar seu coração.
    Saudades tenho, desse lado brasileiro, dessa nação de guerreiro desse povo tão feliz.
    Que tem saudades do filho de Januário,foi a ele que Santana, deu o nome de Luiz.
    Êh Luiz, rei do baião, és o Bethoven desse chão hospitaleiro.
    Êh Luiz, teu coração, marca o compasso desse povo brasileiro.

    Carlos Silva poeta e cantador, homenageia no proximo cd, Luiz Gonzaga o rei do Baião no seu centenário.
    115942-0385
    117679-4241 115844-4940

    ResponderExcluir
  4. Matéria simpática, porém há DOIS ERROS:

    1 - A primeira gravação de ASA BRANCA, em 1947, tem somente sanfona, violões e cavaquinho. Basta ouvir a gravação original neste LINK: https://www.youtube.com/watch?v=50Zobyy3tsc
    Portanto, não tinha nem flauta, nem zabumba e nem triângulo. A dupla triângulo e zabumba somente passaram a fazer parte do acompanhamento das músicas do Gonzagão a partir de 1949, adquirindo constância somente depois de 1952.
    2 - A segunda gravação de ASA BRANCA não foi em 1950, mas em 1952.
    abraços,
    Pedro Paulo

    ResponderExcluir