Este foi o tema da palestra que desenvolvi ontem no 15º Congresso Mega Brasil de Comunicação, num dos auditórios do Centro de Convenções Rebouças, na capital paulista.
Plateia inteligente e atenta.
Falei o que tinha de falar, que as empresas não apostam por ignorância ou desconhecimento nas oportunidades que lhes batem à porta. Perdem, assim, oportunidades de ouro de alinhar seus produtos a temas da cultura nacional.
São raras as empresas que não perdem oportunidades desse tipo.
A Natura, é um exemplo.
Tempo atrás essa empresa viu na literatura de cordel e na xilogravura fontes de qualidade e beleza para fazer par com seus produtos.
E se saiu bem, é claro.
Portanto, por que não segui-la e apostar em brasilidade?
Acho, aliás, que o governo precisa estar mais presente nessa questão, pois não bastam as tímidas e complicadas leis de incentivo para mostrar a cara do Brasil para brasileiros e também a outras gentes.
As formas de patrocínio como são intimidam, por serem extremamente burocráticas.
Está mais do que na hora de tudo ser revisto.
Se não houver cuidado, o Brasil vai virar um enorme caldeirão de tranqueira.
Perderemos com isso.
E a verdade é que ainda desconhecemos a força e a beleza da nossa cultura popular.
Neste mês de junho, de São João, pipocam de ponta a ponta do País substituições de originalidades e bom gosto nas festas juninas.
Caruaru, terra de Mestre Vitalino, está sendo invadida por bobagens como Calypso, Banda Chiclete com Banana e Michel Teló.
Pode?
Isso nunca foi exemplo de cultura popular.
É de massa, produtos popularescos e prejudiciais à inteligência.
Enquanto isso artistas na concepção da palavra, como Oswaldinho do Acordeon, ficam em casa chupando dedo, sem serem lembrados e, portanto, sem nada poderem fazer.
Você sabia que este é o ano do centenário de nascimento do rei do baião, Luiz Gonzaga?
Os valores, hoje invertidos, precisam voltar a seus lugares.
Vamos ouvir Oswaldinho tocando para Daiane cantar a música em homenagem a Gonzagão?
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