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sábado, 7 de julho de 2012

RONALDO CUNHA LIMA PARA A ETERNIDADE

Através do amigo poeta cearense Moreira de Acopiara, que está com o cantador Geraldo amâncio participando de um congresso de repentistas em Palmas, no interior de São Paulo, eu acabo de receber a informação de que outro amigo poeta – esse, paraibano de Guarabira - acaba de partir para a Eternidade: Ronaldo Cunha Lima.
O caso se deu no meio da manhã de hoje, na UTI domiciliar instalada no apartamento onde ele morava no bairro de Tambaú, à beira mar da capital pessoense.
Tenho boas lembranças de Ronaldo, que na vida foi tudo: advogado, vereador, prefeito, deputado, governador, senador, poeta e declamador dos melhores que já vi.
Deixou muitos livros publicados.
No começo dos 90, à época prefeito de Campina Grande, ele participou do programa de televisão Show Sem Limite, respondendo sobre a vida e obra do poeta Augusto dos Anjos.
A final do programa foi emocionante (clique abaixo).
Ronaldo quase sempre estava com um sorriso na cara, pronto para uma boa prosa.
Era bem humorado e brincalhão.
Uma vez, um sábado como hoje, chegando a São Paulo ele me telefonou para almoçar junto com o conterrâneo jornalista José Nêumanne Pinto, uma das canetas e línguas mais afiadas e lúcidas do País, na atualidade.
Ronaldo perguntou:
- O que vamos almoçar?
E eu:
- Pode ser uma peixada, um baião-de-dois...
E ele:
- Eu venho lá da nossa terrinha, Assis, pra comer peixe e baião aqui?
E foi então que ainda caí na besteira de perguntar se ele se comeria um bode; e nem deu tempo pra dizer se grelhado etc. A resposta foi rápida:
- Se alguém segurar...
A risada de nós três reboou no saguão do hotel e fomos comer não sei o quê no Dinhos ou no Rubaiyat, ali na alameda Santos.
Que Deus o tenha num bom lugar.
PS – A foto que ilustra estas mal traçadas linhas foi feita numa das edições da Bienal do Livro cá na capital paulista, quando eu autografava no stand da União Brasileira de Escritores, UBE, o livro O Coronel e a Borboleta e Outras Histórias Nordestinas. Fica a lembrança que enriquece a saudade.

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