E esse Marco Infeliciano que não cai, que não sai do lugar que não é seu - a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara -, hein?
Páginas
domingo, 31 de março de 2013
O DIA QUE VIROU 21 ANOS
E esse Marco Infeliciano que não cai, que não sai do lugar que não é seu - a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara -, hein?
sábado, 30 de março de 2013
GONZAGA CONTINUA EM PAUTA
sexta-feira, 29 de março de 2013
HOJE É DIA DE PAIXÃO E ZÉ DA LUZ
Caso ainda estivesse conosco, o paraibano de Itabaiana Severino de Andrade Silva, de alcunha Zé da Luz, faria hoje 99 anos de idade.
Ele foi um dos mais inspirados poetas do Brasil, tão grande quanto o seu conterrâneo pré-modernista Augusto dos Anjos, nascido há 120 anos a se completar em abril próximo, dia 20.
Augusto foi um erudito e Zé da Luz um poeta popular de graça e sensibilidade incomuns, como bem nos mostra em As Flô de Puxinanã, resultado de paródia que fez numa ano qualquer dos 30 do poema As Flô de Gerematáia, de Napoleão de Menezes, constante do seu livro Brasil Caboclo:
Três muié ou três irmã,
Três cachôrra da mulesta,
Eu vi num dia de festa,
No lugar Puxinanã.
A mais véia, a mais ribusta
Era mermo uma tentação!
Mimosa flô dos sertão
Qui o povo chamava Ogusta.
A segunda, a Guléimina,
Tinha uns ói qui ô! Mardição!
Matava quarqué critão
Os oiá déssa minina!
Os ói dela paricia
Duas istrêla tremendo,
Se apagando e se acendendo
Em noite de ventania!
A tercêra, era a Maroca.
Cum um cóipo munto má feito.
Mas, porém, tinha nos peito
Dois cuscús de mandioca.
Dois cuscús, qui, prú capricho,
Quando ela passou pru eu,
Minhas venta se acendeu
Cum o chêro vindo dos bicho!
Eu inté, me atrapaiava,
Sem sabê das três irmã
Qui eu vi im Puxinanã,
Quaá era a qui mi agradava...
Inscuiendo a minha cruz
Prá sair desse imbaraço,
Desejei morrê nos braços
Da dona dos dois cuscús!!!
É dele também o poema constante do livro O Sertão em Carne e Osso Ai! Sesse!...:
Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dos se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse!?
Mas porém, se acontecesse
Qui São Pêdo não abrisse
As portas do céu e fosse,
Te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse,
Prá qui eu me arrezorvesse
E a minha faca puxasse,
E o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse
Tarvez qui nós dois caísse
E o céu furado arriasse
E as virge tôdas fugisse!!!
Zé da Luz morreu no Rio de Janeiro, no dia 12 de fevereiro de 1965.
SEXTA DA PAIXÃO
DENTRO DO LIVRO SAGRADO
São Marcos com perfeiçãoNos faz a revelação
De Jesus crucificado
Foi preso e foi arrastado
Cuspido pelos judeus
Por um apóstolo dos seus
Covardemente vendido
Viu-se amarrado e ferido
Nas cordas dos fariseus.
Estava a mãe dolorosa
quarta-feira, 27 de março de 2013
ESQUECERAM RUBENS BORBA DE MORAES
Segundo definição em minúsculo verbete do Dicionário Aurélio (Editora Nova Fronteira, 1ª edição, 3ª impressão; 1976) significa, além de feminino de brasiliano, “coleção de livros, publicações, estudos, acerca do Brasil”.
“Coleção de estudos, livros, publicações, filmes, músicas, material visual etc. sobre o Brasil”.
Não havia nenhuma definição sobre o termo até a segunda metade do século 19, quando foi a público a 1ª edição do Diccionario Contemporaneo da Lingua Portugueza, Feito Sobre um Plano Inteiramente Novo, imaginado e iniciado por Francisco Júlio de Caldas Aulete (1826-78) e finalizado por Antonio Lopes dos Santos Valente, “que a (edição) dirigiu até a sua final conclusão, devendo-se a esse ilustre homem de lettras a innovação do plano no interesse da obra...”, escreveu Basilio de Castelbranco na apresentação da obra.
O Dicionário Aulete, como a obra ficou conhecida, foi à praça em 1881; e é essa edição que se acha no Instituto Memória Brasil, IMB, e com prazer ora folheio.
Pois, pois.
E nem no Novo Dicionário da Língua Portuguesa (Livraria Bertrand, Lisboa, Portugal/W.M. Jackson, Inc., Rio de Janeiro), de Antonio Cândido de Figueiredo (1846-1925), há qualquer definição sobre o termo Brasiliana.
E anotemos sobre Figueiredo, que foi “incontestavelmente a maior das nossas competências actuais em matéria de lexicologia portuguesa...”, escreveu Rui Barbosa em Réplica às Defesas do Proj. de Cód. Bras., (pág. 339).
Pois, pois, de novo digo.
“Brasiliana” é termo relativamente novo e título de uma coleção da Editora Nacional para quem quiser conhecer o Brasil, lançada por Monteiro Lobato em 1931.
Digo isso para lembrar a importância da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.
Estive na inauguração e um detalhe me chamou a atenção, que foi a falta de uma referência nos discursos ao paulista de Araraquara Rubens Borba de Moraes (1899-1986).
Rubens foi um brasileiro importante.
Ele, de certo modo, recuperou o Brasil através de tudo que se escreveu sobre o nosso país, desde a terceira década (1530) da descoberta da terra de Santa Cruz pelo português Cabral.
Rubens foi um brasileiro completo.
E por ser um brasileiro completo no item bibliografia, não custava - não é mesmo? – que se fizesse ao menos uma referência a ele na inauguração da Biblioteca Brasiliana.
E tem a história do pacto entre ele e Mindlin, de que quem morresse primeiro passaria a biblioteca ao outro.
Rubens morreu primeiro.
Miécio Caffé, baiano da safra dos 20 do século passado, foi para o infinito em 2003, decepcionado.
Alguém lhe garantiria um emprego público se doasse ao Museu da Imagem e do Som, MIS, SP, o seuvalioso acervo musical.
Ele fez isso e depois se arrependeu.
Pois é, de uma forma ou de outra os homens morrem.
E de uma forma ou de outra, os acervos vivem.
Rubens e Mindlin se conheceram de modo inusitado.
Rubens vendendo um terço do seu acervo para os Estados Unidos e Mindlin bloqueando a transação.
segunda-feira, 25 de março de 2013
BRAVO ABRE CONCURSO PARA LEITOR
A música, Rapaziada do Brás, na origem uma valsa choro instrumental gravada e lançada em 1927 em disco Brasilphone pelo Sexteto Bertorino Alma - anagrama do autor -, foi composta na noite de 20 de novembro de 1917, ano em que explodiu a primeira grande greve em São Paulo, iniciada na Mooca e imediatamente assumida pelos operários do Brás.
E a gente ficou feliz a rezar
Papai Noel, vê se você tem
A felicidade pra você me dar
Eu pensei que todo mundo
Fosse filho de Papai Noel
E assim felicidade
Eu pensei que fosse uma
Brincadeira de papel
Já faz tempo que eu pedi
Mas o meu Papai Noel não vem
Com certeza já morreu
Ou então felicidade
É brinquedo que não tem
REVISTA BRAVO
domingo, 24 de março de 2013
INAUGURADA BRASILIANA NA USP
Desde que seus olhos vi,
Pulas e bates no peito
Tape, tape, tape ti;
Coração não goste dela
Que ela não gosta de ti.
sábado, 23 de março de 2013
CULTURA POPULAR NO IMB
quinta-feira, 21 de março de 2013
O ABANDONO DA CULTURA
GRANDE ENCONTRO
terça-feira, 19 de março de 2013
FRANCISCO, SIMPLESMENTE
“Esse rapaz começa por onde eu termino”, disse o compositor italiano, que morreu no dia 27 de janeiro de 1901.
Sem dúvida, o pontificado desse Francisco, simplesmente Francisco, se inicia de modo incomparável.
Melhor: O Papa é super-pop.
Tanto, que até uma música acaba de ser feita para ele.
CLIQUE:
DOM HÉLDER
Numa das conversas com o papa Paulo VI (Giovanne Battista Enrico Antonio Maria Montini; 1897-1978), o cearense dom Hélder Câmara, elevado a arcebispo de Olinda e Recife, PE, em março de 1964, sugeriu:
“Santo Padre, abandone seu título de rei e vamos reconstruir a Igreja como nosso Mestre, sendo pobres. Deixe os palácios do Vaticano, vá morar numa casa na periferia de Roma. Pode até ter uma praça para saudar e abençoar as ovelhas. Depois, Santo Padre, convide a todos os bispos a largarem tudo o que indica poder, majestade: báculos, solidéus, mitras, faixas peitorais, batinas roxas. Vamos amontoar tudo na Praça de São Pedro e fazer uma grande fogueira, dizendo de peito aberto para o povo: “Vejam, não somos mais príncipes medievais. Não moramos mais em palácios. Todos somos pastores, somos pobres, somos irmãos”.
CULTURA RURAL
Depois de amanhã estarei falando sobre cultura caipira na Fundação Ema Klabin.
CLIQUE:
http://emaklabin.org.br/programacoes/musica/assis-angelo-aula-de-mestres-quinta-feira-21-de-marco-1930-entrada-gratuita/
CONCURSO
E para saber de um novo concurso da revista Bravo, dirigido aos leitores. CLIQUE:
CD SAMBA DO REI DO BAIÃO
Portal do jornal Diário de Pernambuco dá notícia sobre aceitação do CD O Samba do Rei do Baião, em Recife.
CLIQUE:
http://blogs.diariodepernambuco.com.br/play/2013/03/os-dez-mais-vendidos-da-passadisco/
ASSIS VALENTE
Há 80 anos, precisamente no dia 17 de outubro de 1933, o cantor Carlos Galhardo gravava nos estúdios da Victor, no rio de Janeiro, a marcha Boas Festas, do baiano Assis Valente. Uma obra-prima, a música mais autêntica feita sobre o Natal. Valente foi grande amigo - e descobridor - do paraibano rei do bolero Roberto Luna, querido amigo que não vejo desde o ano passado. Valente também foi compositor especial da portuguesinha Carmen Miranda. Valente, que foi parceiro até do pernambucano de Exu Luiz Gonzaga, nasceu no dia 19 de março de 1911 e matou-se depois de duas tentativas no dia 6 desse mesmo mês, em 1958, ingerindo guaraná com formicida.
Assis foi um valente. Fica o registro. CLIQUE:
http://www.youtube.com/watch?v=OuChU1yMHhc