Gonzaga
rei do baião é o artista da nossa música popular mais biografado da história.
Aliás,
nunca se falou tanto dele como agora.
Uma
glória.
A
seu respeito têm-se descoberto histórias e façanhas incríveis no correr da carreira
que iniciou no final dos anos 1930, após servir o Exército como corneteiro.
Eu
mesmo descobri, recentemente, que ele fez parte de um belíssimo conjunto
musical formado e dirigido por um músico português, José Lemos. Detalhe: desse
conjunto, Portugália, participavam Donga, Pixinguinha, Luiz Americano e Cláudio
Santoro, entre outros artistas de inegável talento e gabarito.
O
Rei do Baião foi gravado desde o começo dos anos 1950 por intérpretes como as
portuguesinhas Carmen Miranda e Ester de Abreu em discos de 78 rpm,
naturalmente. E também por Peggy Lee, a deusa loura da música popular norte-americana.
E também pelo conjunto Los Pascuenses, da Ilha de Páscoa, em rapanuí – a língua
de lá. E também por Dizzy Gislepie, criador do bebop, junto com Charlie Park. E
também pela japonesinha Keiko Ikuta, entre outros e outras.
Luiz
Gonzaga foi maior do que nós, brasileiros, pensamos; inclusive porque a maioria
dessas gravações nunca chegou por aqui.
Eu
lembro isso para falar do novo livro Forró de Cabo a Rabo (acima, reprodução da capa e contracapa), do competente e
ousado jornalista paraibano Ricardo Anísio, que li num fôlego só num vôo quarta
entre Campina Grande, PB, e Salvador, BA.
Em
Forró de Cabo a Rabo (Edições Bagaço, 2012, PE) o Rei do Baião aparece em todas
as páginas mesmo não sendo, digamos, o personagem central.
O
livro reúne 39 perfis bem traçados de artistas de origem nordestina, incluindo
Gonzaga e Jackson do Pandeiro etc.
O
“porém” que se capta no livro é que Anísio não acha Gonzaga assim tão grande ou
importante, mas não liguem: é uma provocação naturalíssima desse jornalista “antenado”
com as coisas do Brasil e que deveria ser disputado a preço alto por todos os
jornais sérios; não só da Paraíba, mas de outras plagas também.
O
provocador Ricardo Anísio escreve bem, sim sinhô!
Vale
a pena ler esse seu livro.
REALIDADE
Os
jornalistas Mylton Severiano, paulista de Marília mais conhecido nas lides por
Myltainho; e o santareno Palmério Dória criado em Belém reunirão amigos amanhã,
às 15 horas, no espaço Plínio Marcos, na Vila Madalena. A razão disso são os
livros que estão lançando: Realidade, História da Revista Que Virou Lenda e
Honoráveis Bandidos, de Mylton e Palmério, respectivamente.
O
ator Paulo Cesar Peréio e o cartunista Junior Lopes já garantiram presença.
Eu
também.
Vamos
lá?
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