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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

ISAURINHA GARCIA

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A Personalíssima Isaura Garcia – Isaurinha, para os íntimos e próximos – nasceu no bairro paulistano do Brás, mais precisamente numa casa da Rua da Alegria, em 1923.
Antes de se tornar a grande cantora de samba e tudo o mais que o Brasil todo aplaudia, ela frequentou programas de calouro sem lograr êxito, até que tomou coragem e bateu à porta do apresentador Otávio Gabus Mendes e se deu bem interpretando o samba Camisa Listrada, do baiano Assis Valente (1911-58).
Após isso, e de formar dupla com o cantor paulistano Vassourinha (Mário Ramos), ela foi contratada pela Rádio Record, onde permaneceu até se aposentar, em 1970.
Vassourinha nasceu em maio de 1923 e morreu, segundo Raul Duarte, que conheci, em agosto de 1942, exatos um ano, dois meses e 20 dias depois de Isaurinha gravar em disco a primeira música da sua carreira, que foi o choro Chega de Tanto Amor, de Mário Lago, no dia 23 de junho de 1941.
Vítima de uma parada cardíaca, Isaurinha partiu há 20 anos, num dia 30 de agosto como o de hoje, dois anos antes do sambista carioca Agepê.
Agepê, de batismo Antônio Gilson Porfírio, alcançou as paradas de sucesso em 1975, com Moro Onde Não Mora Ninguém, dele e do compositor Canário.
Carmen Miranda e Aracy de Almeida eram exemplos de artistas que Isaurinha seguia.
Ela era uma pessoa muito espontânea, tanto que não controlava os palavrões que costumava falar.
E falava muito, talvez movida pela solidão.
A vez que telefonei como repórter da Folha pedindo uma entrevista, ficamos por quase uma hora conversando.
Isaurinha gravou muita coisa que transformou em sucesso, como o samba Mensagem, de Aldo Cabral e Cícero Nunes.
O carioca Aldo, pseudônimo de Antônio Guimarães Cabral, era jornalista e nessa condição foi o primeiro a entrevistar o então futuro Rei do Baião para a revista Vitrine em 1942, saudando-o pela estreia em disco Victor com o texto Luiz Gonzaga, o Virtuoso do Acordeon.
Sete anos depois, precisamente no dia 11 de novembro de 1949, Isaurinha gravava Baião no Brás (acima, reprodução do selo do disco de 78 RPM), de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga.  
Num dos já tradicionais especiais da TV Globo, o cantor Roberto Carlos convidou Isaurinha e juntos cantaram Mensagem.
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