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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

INSTITUTO MEMÓRIA BRASIL: DOIS ANOS

Na próxima quinta-feira 3, o Instituto Memória Brasil, IMB, completa dois anos de fundação. 
Nesse período foram realizados sob sua chancela vários eventos, incluindo exposições, como Roteiro Musical da Cidade de São Paulo, no Sesc Santana http://www.youtube.com/watch?v=oyDEXfEeOi0 shows e lançados um livro (reprodução da capa, acima), Lua Estrela Baião, a História de um Rei (Cortez Editora) e um CD, O Samba do Rei do Baião (Genesis). Foram também firmadas algumas parcerias importantes, como a que possibilitou a criação do caderno Memória da Cultura Popular http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular17.pdf
Em comemoração ao aniversário de dois anos do IMB será posto em prática o projeto Rodas Gonzagueanas nos dias 4, 5 e 6, no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro.
O projeto, que teve sua primeira edição no dia 13 de dezembro de 2005, no teatro Brincante http://www.youtube.com/watch?v=K2fZQtOdnKM e um ano depois, na rede CEU
Quer saber mais um pouco sobre o Instituto Memória Brasil?
Clique:

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

DÚVIDA, CHORO E PORRE

Eu, Francisco, nasci há dois mil anos atrás...
Brincadeirinha.
Deu-se o causo, de toda simplicidade, na maternidade Cândida Vargas da capital paraibana; sem graça nem pompa alguma, muito tempo depois da vinda do homem de Nazaré ao convívio humano para nos salvar.
Deu-se o causo, na verdade, há quase dois mil anos após acontecimentos incríveis ocorridos por aí a fora, como o nascimento do rei da embolada Manezinho Araújo; esse, sim, um belo causo ocorrido no dia 27 de setembro de 1910, em Cabo de Santo Agostinho, que fica ali por uns 30 quilômetros desde a capital pernambucana.
Nesse dia, aliás, no mês e ano de 1952, de madrugada, a explosão entre um caminhão na contramão e um carro de passeio fazia calar para sempre a bonita voz de tenor de outro rei: Chico Alves, na via Dutra, à altura de Pindamonhangaba e Taubaté paulistas.
Chico morava no Rio e era para lá que ele se dirigia depois de um espetáculo que reuniu milhares e milhares de pessoas no bairro paulistano do Brás.
Sim, eu cheguei por cá na barra do dia de 27 de setembro de 1952.
E eu chorava, mas chorava era pela perda do grande cantor.
E dito isto digo mais, que:
Dona Maria, minha mãe, partiu quando eu tinha quatro anos; e ela, 26 de idade.
Seu Severino, meu pai, partiu quando eu tinha cinco de idade; e ele, 33.
Ela e ele fizeram o que tinham de fazer e tchau!
E eu fiquei por cá, crescendo com pulga na orelha:
- Será que chegarei à idade do homem de Nazaré?
No dia 27 de setembro de 1985 - uma sexta-feira como esta, de lua cheia no céu – deixei macambúzio a redação da TV Manchete, onde eu trabalhava.
E fui pra casa.
Tranquei-me no quarto e chorei feito um besta.
Mas logo depois da meia-noite eu soltei uma risada louca, abri um uísque e tomei um porre daqueles, sem gelo e sozinho.
Foi quando descobri que somos eternos, e por sermos eternos precisamos brindar (acima, em foto do século passado com colegas da Folha): tim, tim.
Viva a vida!
Para lembrar Chico, clique:

ANIVERSÁRIO
Desde já quero agradecer aos tantos e tantos amigos e amigas que têm telefonado e mandado bonitas mensagens de parabéns pela data que hoje comemoramos.

GRAMMY
E agora nos chega a notícia de que o álbum Salve 100 Anos Gonzagão (aí à direita a reprodução da capa), de que participo interpretando um texto que fiz sobre o Rei do Baião (1912-89) numa faixa de 9m50, acaba de ser indicado para receber o troféu Grammy Latino 2013, na categoria Melhor Álbum Brasileiro de Raiz. Nessa mesma categoria se acha a cantora paraibana Elba Ramalho. A produção de Salve Gonzagão 100 Anos, independente, é do mineiro Téo Azevedo. Detalhe: o disco está esgotado e dele também participou o compositor sanfoneiro José Domingos de Moraes, Dominguinhos (1941-13), que desde ontem descansa em paz no cemitério da terra onde nasceu, Garanhuns, PE, onde foi construído um mausoléu com sua imagem. 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

DOMINGUINHOS E BADEN POWELL

Varre-Sai é um município fluminense - o mais distante do centro do Rio de Janeiro – localizado na Serra da Sapucaia. A sua área territorial é de pouco menos de 200 Km2 e habitado por mais ou menos 10 mil pessoas, a maior parte de origem italiana.
A cidade, que vive do cultivo de café, ganhou esse nome nos primeiros anos do século 19, em decorrência de um rancho que havia na região frequentado por tropeiros que dele faziam uso para dormir e a dona, Inácia, lhes pedia apenas que ao sair limpassem o local onde deixavam os animais. Ou seja: varre e sai.
Foi nessa cidade, de clima tropical, que nasceu um dos mais importantes violonistas brasileiros: Baden Powell de Aquino, no dia 6 de agosto de 1937.
Baden, que começou a carreira gravando dois discos de 78 RPM na Philips, em 1960, lançou 45 LPs, vários compactos simples e duplos e 13 CDs, no Brasil e no Exterior; principalmente na França, onde nasceram seus dois filhos: Louis Marcel e Phillipe, ambos também músicos.
Em junho de 2000 Baden se apresentou pela última vez em São Paulo, na unidade Sesc Vila Mariana. Na ocasião, Vandré me convidou a ir assisti-lo. Não pude. Três meses depois, precisamente no dia 26 de setembro, o rádio dava a notícia do seu falecimento. Curiosidade: a terceira música gravada por Baden foi um baião, Lição de Baião, de Jadir de Castro e Daniel Marechal, lançada pela Philips em junho de 1961.

DOMINGUINHOS/SARAU
Parte da capital pernambucana está agitada nesta manhã de hoje. O motivo é o traslado dos restos mortais de José Domingos de Moraes, o Dominguinhos. O traslado do cemitério Morada da Paz, em Recife, para o cemitério de Garanhuns foi autorizado pela Justiça, contrariando alguns membros da família. 
Conheci Dominguinhos (acima) nos finais dos anos 1970, e muito tempo depois tive a satisfação de compor uma letra com melodia de Gereba para ele gravar, como homenagem nossa ao Centro Educacional Unificado, CEU, onde hoje, às 20 horas, na unidade Butantã, estaremos à frente de um sarau junto com o cantor, compositor, violonista - e mais um monte de coisas - Jorge Melo. 
A noite e o sarau serão dedicadas a ele. 
Viva Dominguinhos!
Clique: 
http://www.youtube.com/watch?v=pwM9658fKtk
PAPETE/SR. JOSÉ...

Logo mais às 21 horas, no Teatro Arthur Azevedo, em São Luís, MA, o maranhense Papete, que de música sabe tudo, estará levando o povo da cidade para apreciar o repertório de seu novo disco, que é uma pérola intitulada Sr. José... De Ribamar e Outras Praias. Papete, de batismo José de Ribamar Viana, nasceu no dia 8 de novembro de 1947 em Bacabal, chamada de Capital do Médio Mearim, por causa do rio que nasce lá para os lados da Serra Menina e se movimenta sereno por cerca de 930 quilômetros até alcançar o mar. Nos tempos de chuvas, o rio incomoda cidades da região como Pedreiras, a terra de João do Vale (1934-96).

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

AS ORIGENS DO JORNALISTAS&CIA

Com edição ininterrupta, o Jornalistas&Cia firma-se como o mais longevo, moderno e ágil newsletter brasileiro, criado pelo paulistano Eduardo Ribeiro há 18 anos.
A sua origem está ligada à coluna Moagem, que virou Fax Moagem (acima, o nº 1), que virou, enfim, J&C.
No começo, a principal finalidade do boletim era informar o paradeiro dos profissionais; se continuavam trabalhando ou não nesse ou naquele jornal ou revista etc.
O seu porto inicial foi o jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.
Com o passar do tempo, outros motivos e pautas foram identificados e incorporados às editorias e páginas do informativo que hoje conta com cerca de 30 mil assinantes em todo o País.
Do dia a dia do Jornalistas&Cia faz parte, hoje, uma ampla e movimentada agenda de eventos, incluindo prêmios jornalísticos, seminários relacionados à comunicação e discussões em torno do futuro da imprensa, como o ocorrido anteontem à noite durante sessão de homenagem de aniversário no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo: Olhares Mutantes – Horizontes da Comunicação Corporativa, que contou com a presença à mesa de conhecidos jornalistas, entre os quais Audálio Dantas, Marco Rossi, Decio Paes Manso e Carlos Chaparro, além de Eduardo Ribeiro e o presidente da Câmara, jornalista vereador José Américo Dias.
Na ocasião e após uma verdadeira aula de Jornalismo, Audálio afirmou que os integrantes da chamada Mídia Ninja não têm respaldo legal dos jornalistas profissionais, tampouco do Sindicato paulista, no que foi contestado por Chaparro, que disse que o Jornalismo tem de se adaptar ao mundo e não o contrário.
Os “ninjas” debutaram nas manifestações de rua em junho passado. 
Longa vida ao J&C.

INSTITUTO MEMÓRIA BRASIL
Este mês completaram-se dois anos que reunimos amigos para fundar o Instituto Memória Brasil, IMB. 
Dessa reunião participaram, entre outros, o advogado Jorge Melo e os jornalistas Roniwalter Jatobá e Eduardo Ribeiro. 
O IMB foi legalmente fundado no dia 3 de outubro de 2011. 
Saiba o que significa o IMB lendo uma entrevista publicada no Jornalistas&Cia, edição nº 812.
Clique:

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

TIM, TIM, 18 ANOS!

Daqui a pouco, às 19h30, o newsletter Jornalistas&Cia será alvo de uma homenagem no Salão Nobre da Câmara Municipal, pelos 18 anos de existência. A iniciativa é do presidente da Casa, o jornalista vereador (PT) José Américo Dias.
Consta da programação do evento um seminário intitulado Olhares Mutantes – Horizontes da Comunicação Corporativa, que contará com a participação de Audálio Dantas, Carlos Carvalho e Eduardo Ribeiro, entre outros profissionais do jornalismo.
Ribeiro é o criador do mais antigo newsletter do País, o Jornalistas&Cia.
Na próxima quarta-feira 25 circulará uma edição especial de aniversário do J&C. 

MEMÓRIA DA CULTURA POPULAR
Há um ano e meio o Jornalistas&Cia mantém com o Instituto Memória Brasil, IMB, uma parceria que já resultou em 17 edições especiais do caderno virtual Memoria da Cultura Popular. Por esse caderno passaram, entre outros, o cantor e compositor Geraldo Vandré, o estudioso da cultura popular Luís da Câmara Cascudo, o maestro Eleazar de Carvalho, o rei do baião Luiz Gonzaga e o poeta repentista Zé Limeira, entre outros personagens e temas. A mais nova edição do Memória da Cultura Popular aborda o tema viola e violeiros.
Clique:

domingo, 22 de setembro de 2013

GONZAGUINHA E PRIMAVERA

Você já leu o especial Memória da Cultura Popular sobre Luiz Gonzaga, resultante de parceria entre o Instituto Memória Brasil, IMB, e o newsletter Jornalistas&Cia? Clique:
http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular04
Foi num dia como este, com flores anunciando aos quatro ventos a chegada da primavera, que nascia no ano de 45, num morro carioca, o cantor e compositor Gonzaguinha, famoso não só por trazer no nome o nome do rei do baião, Luiz Gonzaga, mas também por seu inegável talento musical.
Eu o o entrevistei algumas vezes (acima, recorte de uma revista da editora 3).
Gonzaguinha era uma pessoa difícil digamos assim, briguenta, daquelas que não gostam de rir e tampouco levam desaforos para casa.
Mas eu gostava dele.
Lembro de uma vez que Gonzaguinha me telefonou fulo da vida para reclamar que lera num jornal que não era filho legítimo do Rei do Baião, e que essa notícia se achava no livro Eu Vou Contar Pra Vocês (título dado pelo cartunista Fortuna). O livro, de minha autoria, estava pra ser lançado e de fato trazia essa notícia, mas de modo discreto. 
Eu tentei explicar, mas ele não queria explicação.
E falava e falava atropelando palavras, irritado.
Foi a última vez que falamos.
O livro foi lançado em clima de festa, com Inezita Barroso cantando ao lado de grupos folclóricos no palco do extinto Teatro das Nações, na capital paulista.
O lançamento provocou até uma entrada minha, ao vivo, na telinha da Globo.
Gonzaguinha, que morreria cerca de um ano depois disso, a respeito de mim e do livro falou apenas uma vez, que eu saiba, na revista Veja.
Fica o registro.
 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

VIVA ZEQUINHA DE ABREU!

Primeiro Roniwalter Jatobá, agora Audálio Dantas. 
Os dois estão na lista dos autores escolhidos para premiação pela Câmara Brasileira do Livro, ABL. 
Audálio, na categoria Reportagem. 
O prêmio foi criado em 1959. 
A notícia deixou os conselheiros do Instituto Memória Brasil pimpões da vida.

A cidade paulista Santa Rita do Passa Quatro é uma das 12 estâncias climáticas do Estado, localizada a cerca de 250 quilômetros da capital. Foi lá que nasceu no dia 19 de setembro de 1880 o compositor e pianista José Gomes de Abreu, o Zequinha de Abreu, que ganhou notoriedade mundial com o choro Tico-Tico no Fubá, de sua autoria, gravado pela primeira vez no começo de 1931 pela Orquestra Colbaz e, depois, por centenas de intérpretes nacionais e estrangeiros, de Carmen Miranda ao maestro Roberto Inglez (aí ao lado, na reprodução do selo do disco original feito em Londres), Ethel Smith, Alberto Semprini, Georges Henry e, mais recentemente, por uma malaia, JIt San, de seis anos de idade que o interpreta de modo incrível num instrumento chamado electone. Clique:
http://www.youtube.com/watch?v=X-b7n0_3Ca0
Clique também paracurtir Carmen Miranda:
Tico-Tico no Fubá, que era para se chamar Tico-Tico no Farelo, foi apresentado com letra, de Eurico Barreiros, pela primeira vez pela cantora Ademilde Fonseca (à direita, na reprodução do selo do disco), em setembro de 1942.
Zequinha de Abreu, cuja mãe o queria padre e o pai, médico, morreu no dia 22 de janeiro de 1935. 
Boa parte do mundo aplaude a obra de Zequinha. 
Clique:

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

HISTÓRIA...

O jornalista e escritor Roniwalter Jatobá, vice-presidente do Instituto Memória Brasil, IMB, está na primeira lista dos escolhidos para ganhar o Prêmio Jabuti, na categoria Contos ou Crônicas.
Clique:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/09/1343640-premio-jabuti-anuncia-livros-finalistas-da-primeira-etapa-veja-lista.shtml
No dia 18 de setembro de 1946, uma quarta-feira como esta, sob o governo do marechal Eurico Gaspar Dutra (abaixo, com o general Coronbert Pereira e o rei do baião Luiz Gonzaga), a mesa da Assembleia Constituinte promulgou a 5ª Carta do País (à esquerda, no recorte), considerada pelos estudiosos do Direito como a mais completa e justa dentre todas, até hoje.
Cito o 18 de setembro por achá-lo emblemático, pois no final da tarde de hoje – Dia dos Símbolos Nacionais - o ministro Celso de Mello, o decano do Supremo Tribunal Federal, STF, praticou um fato que certamente entrará para os anais da História: o desempate do placar de cinco votos a favor e cinco votos contra a retomada dos trabalhos de julgamento de alguns acusados no escândalo Mensalão.
A rigor, porém, o anúncio do voto do ministro não foi propriamente uma novidade, pois ser já esperado.
No dia 2 de agosto do ano passado, aniversário da morte do Rei do Baião, o ministro de Mello já cantara clara e abertamente a sua opção pelo acolhimento dos chamados embargos infringentes, que possibilitam novo julgamento de uma parte dos réus envolvidos no  estrondoso escândalo.
       Portanto, não foi surpresa alguma o que se viu hoje no plenário do STF. 


LUIZ GONZAGA
Você quer saber um pouco mais sobre o Rei do Baião?
Então, clique:

terça-feira, 17 de setembro de 2013

CULTURA POPULAR E ROCK IN RIO

Peço licença ao prugilo
Dos quelés da juvenia
Dos tolfus dos aldiácos
Da baixa da silencia
Do genuíno da Bríbria
Do grau da grodofobia.

Era o poeta cantador paraibano Zé Limeira em peleja com seu par Arrudinha, num ano que há muito o vento levou.
Embasbacado, Arrudinha humildemente perguntou:

Eu jamais ouvi falar
Nessa tal de juvenia
Nem tampouco em aldiácos
Dessa sua silencia...
Limeira me fale sério:
Que diabo é grodofobia?

Após risada espalhafatosa, Limeira respondeu:

O mestre inda não sabia
Que Jesus grodofobou?
Apois fique conhecendo
Que Limeira prugilou
E o cipó de seu Pereira
Também já juvenciou.

Hoje, há pouco, estiveram conosco os craques Papete e Ibys Maceioh (acima, na foto) cantando, tocando e contando causos. Mas não era sobre eles e Zé Limeira (versos aí, à esquerda), grande poeta popular paraibano falecido na primeira metade dos anos de 1950, que eu queria falar.
Eu queria e quero falar é dos R$ 12 milhões autorizados para captação pelo Ministério da Cultura - via Lei Rouanet - para o megaespectáculo musical Rock in Rio, ora em andamento com atrações do mundo inteiro.
Até agora os produtores/organizadores desse festival de barulho em terras cariocas captaram R$ 8,75 milhões; desses, R$ 2,1 milhões aportados com a chancela séria dos Correios brasileiros.
O Rock in Rio nessa sua 5ª edição é, mais uma vez, sucesso absoluto de público etc. 
Um estouro, como se diz.
Basta dizer que todos os ingressos foram rapidamente vendidos através da Internet.
Conclusão: os produtores do Rock in Rio são craques do ramo, o contrário exato dos produtores envolvidos com a cultura nacional popular. 
Entendo que esse é motivo para ficarmos tristes.
Os jornais que dão conta desta notícia informam, porém, que nem todos os pareceristas do Minc foram favoráveis à liberação de apoio financeiro oficial para a realização desse festival.
Mas essa é outra história. 
O que dói mesmo, cá na mente e no peito, é a nossa incompetência de mostrar a beleza que é a cultura popular brasileira através de apoio financeiro oficial...
Uma perguntinha: você não sabe quem foi Zé Limeira? 
Então, clique: 
http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular08.pdf

PIMENTA NOS OLHOS...
O governo norte-americano é um governo que serve para os norte-americanos, e tão-somente.
Bingo!
Prepotente, o governo norte-americano só olha para o próprio umbigo.
Ponto.
Prepotente, o governo norte-americano é para o povo norte-americano, óbvio.
O governo norte-americano espiona o mundo, mas o mundo não pode espionar o governo norte-americano.
Exemplo?
Outro dia a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ordenou que se investigasse o Consulado norte-americano em Frankfurt; na moita, para saber se havia antenas de escuta por lá. 
Ao saberem disso, os Estados Unidos ficaram putos e pediram explicações.
Pois é, pimenta nos olhos...  
E acho, mesmo, que a Dilma não deve ir aos EUA antes de explicações oficiais de lá, deles, sobre a espionagem que têm feito contra nós, o Brasil.

HERIVELTO MARTINS
Hoje faz 21 anos da morte do criador do Trio de Ouro e autor de Ave Maria no Morro, uma obra-prima integrada ao cancioneiro brasileiro.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

SABIÁ, A AVE-SÍMBOLO DO BRASIL

Diz a lenda que um sabiá-laranjeira todos os dias exibia seu trinar do alto de uma palmeira na Praça da Sé.
Ele trinava e trinava ao amanhecer, mas só uma menina de rua o escutava.
Mas um dia a menina notou que o sabiá sumira.
E ela ficou muito preocupada com isso, até que lhe foi dito que o sabiá fora-se embora porque as pessoas não gostavam dele.
Pois é, simples assim: as pessoas não gostavam dele.
E não gostavam dele porque trinava e trinava bem alto, parecendo provocação.
Em notícia de quase página inteira o jornal Folha de S.Paulo diz hoje que o trinar dos sabiás está incomodando os paulistanos.  
Pode?
Pode sim, especialmente quando as pessoas perdem a sensibilidade e trocam o trinar dos pássaros pelo barulho das ruas e dos carros.
O repórter o que nem deveria dizer, ou seja: que o belo trinar dos sabiás é comparado ao som de uma flauta doce.
Pois é, e desde quando o som bem tirado de uma flauta doce pode incomodar alguém, hein?
O trinar dos sabiás servem para seus filhotes aprenderem a também trinar.
E se os sabiás fazem isso da madrugada para o amanhecer é para não expor os filhotes aos predadores, que não são poucos.
Uma pergunta: você sabia que o sabiá-laranjeira é a ave-símbolo do Estado de São Paulo, desde 1966?
Outra: que o sabiá-laranjeira é a ave-símbolo do Brasil, desde 2002?
O sabiá é personagem de muitas obras literárias e musicais.
Quem não se lembra destes versos, do maranhense Gonçalves Dias constante do poema famoso Canção do Exílio?

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá...

É de Luiz Gonzaga e Zé Dantas o baião Sabiá, cujos versos dizem:

A todo mundo eu dou psiu
Perguntando por meu bem
Tendo um coração vazio
Vivo assim a dar psiu
Sabiá vem cá também...

Aliás, o seguinte: o sabiá como “personagem” musical se acha na discografia brasileira desde os primeiros anos do século passado, quando o cantor e violinista carioca, de Campos, Mario Pinheiro gravou no estrangeiro a modinha Sabiá, de autor desconhecido, para a Victor Record. Isso entre 1910, 1911.
O trinar do sabiá-laranjeira pode ser ouvido na moda Disparada, de Geraldo Vandré/Téo de Barros, numa gravação, para o selo musical Sabiá (acima), coordenada pelo ornitólogo Dalgas Frisch.
Fica o registro.  

SABIÁ-LARANJEIRA
No dia 13 de maio de 1937, o cantor carioca Patrício Teixeira (1893-1972) entrou num estúdio da extinta Victor, no Rio, e gravou o samba Sabiá-laranjeira, de Max Bulhões e Milton de Oliveira, lançado à praça três meses depois.
Clique, ouça e opine:
http://www.youtube.com/watch?v=0Zx0lw1-cAA

domingo, 15 de setembro de 2013

PRA QUE MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA?

São Paulo é do Brasil a cidade que maior número tem de casas de espetáculos em funcionamento.
Mas faltam casas de espetáculos para ocupação de público em São Paulo.
Portanto, São Paulo não pode se dar ao luxo de menosprezar os espaços culturais que tem, como o da Fundação Memorial da América Latina, que fica ali na Barra Funda, bairro famoso e histórico por ser o berço do samba da cidade há mais de 100 anos.
Mas o vazio que tenho visto no Memorial me decepciona e dói, e muito.
O projeto cultural desse importantíssimo espaço para São Paulo deve-se à inteligência e persistência do antropólogo carioca Darcy Ribeiro; e a sua construção, em terreno cedido pela Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, ao arquiteto também carioca Oscar Niemeyer.
O Memorial foi inaugurado em março de 1989.
De direito público sem fins lucrativos, mantida pelo governo do Estado, a Fundação Memorial da América Latina é uma ideia de integração também política e social dos países vizinhos, com a Argentina à frente.
Mas esse espaço, de quase 85 mil metros quadrados, está quase sempre vazio, abandonado às moscas, por isso triste e assim dizer.
Hoje, mais uma vez, constatei a tristeza do abandono da cultura popular nesse espaço tão rico, indo à Feira Nacional de Cordel, Fenacordel, lá em vão livre instalada por iniciativa e insistência de seus criadores abnegados, entre os quais os cordelistas Varneci Santos do Nascimento e João Gomes de Sá.
O que hoje vi, mais uma vez, no Memorial, doeu.
Doeu porque não vi público lá, vi artistas simples do povo, incríveis, profissionais que sonham, como a dupla de poetas repentistas João Doutor e Adão Fernandes, do Ceará e da Paraíba, respectivamente (acima, na foto de Andrea Lago).
Pergunto-me: por que tamanho descaso dar a Fundação Memorial da América Latina à cultura popular?
Fiquei sabendo que os espaços do Memorial hoje são alugados.
Fiquei sabendo que cultura popular não é importante para o Memorial.
Fiquei sabendo que o presidente do Memorial, o cineasta João Batista de Andrade, tem tentado o impossível para manter acesa a luz da esperança no Memorial.
Fiquei sabendo que...
Ora, governador Alckmin!
Sugiro que se fechem as portas do Memorial, porque do jeito que está o Memorial não passa de um elefante branco, e elefante branco é uma desgraça num país sem elefantes.
Quando o Brasil descobrir que a digital do povo é a cultura popular, quem sabe as coisas mudem, mas até lá...
Puta que pariu! 

INSTITUTO MEMÓRIA BRASIL 
Você sabe o que é o Instituto Memória Brasil? 
Clique:

sábado, 14 de setembro de 2013

VIVA CACO VELHO!


O meu amigo Osvaldinho da Cuíca gosta de Germano Matias, que gostava de Caco Velho. 
O meu amigo Paulo Vanzolini gostava de Caco Velho, que gostava de Ary Barroso, que gostava do que é bom.
De tanto gostar do que é bom, como o repertório do próprio Ary, por exemplo, Caco – de batismo Matheus Nunes) – ganhou o apelido que o tornou famoso por aí a fora.
Explica-se: ainda na flor da idade tentando a vida como artista popular, Matheus assobiava, cantava e batucava o samba canção de Ary que Elisa Coelho e Orlando Silva gravaram em 1934 e 1955 pela Odeon e Copacabana, respectivamente.
Caco Velho virou apelido e como Caco Velho Matheus Nunes passou a assinar as suas composições.
Caco Velho gravou poucos discos e não compôs tanto, mas fez muito sucesso na Europa com o batuque - que virou fox e tango baião - Mãe Preta, que foi feito em parceria com Piratini (Antonio Amabile).
Mãe Preta foi gravada por muitos intérpretes, até pelas portuguesas Amália Rodrigues e Gilda Valença, em discos de variadas rotações.
Mais: essa música integrou a trilha sonora original do filme de produção francesa Os Amantes do Tejo (Les Amants du Tege), sob o título de Barco Negro (acima). 
Matheus Nunes nasceu em Porto Alegre, no dia 12 de junho de 1920 e morreu no dia 14 de setembro de 1971. 

RODAS GONZAGUEANAS
Atenção para a contagem regressiva: faltam 108 dias para 2013 terminar e 20 para a inauguração do projeto Rodas Gonzagueanas no Centro Cultual dos Correios, no Rio de Janeiro (clique aí ao lado).
Nos dias 4, 5 e 6 do mês que entra, eu e amigos como Ricardo Cravo Albin, Rildo Hora e Chico Salles estaremos contando histórias da passagem do rei do baião, Luiz Gonzaga, 
por este pedaço de mundo chamado Brasil.
Cantando, acompanhada de Oswaldinho do Acordeon, estará Socorro Lira e também 
a rainha do forró, Anastácia.
Eu não tenho dúvida de que todos nós vamos gostar, e muito.
Portanto, agendem-se!
Clique lá em cima, para ouvir umas historinhas que andei contando no programa Fantástico, da TV Globo, por ocasião do lançamento do filme Gonzaga, de Pai Pra Filho, do qual eu participo como consultor musical.
Aliás, o filme é muito bom e se acha nas mídias DVD e Blu-Ray Disc.

SAPIRANGA 
E hoje, às 16 horas, tem Sapiranga no Memorial da América Latina.
Vamos?

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

ESPALHE E RESERVE O SEU LUGAR

ATENÇÃO AMIGOS, COMPANHEIROS, BRASILEIROS E BRASILEIRAS!
Contados nos dedos, vamos lá: a partir de amanhã faltarão três semanas para apresentarmos no teatro do Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, o projeto Rodas Gonzagueanas. 
A Roda reunirá artistas que conheceram de perto o rei do baião, Luiz Gonzaga. Entre esses o compositor, instrumentista e produtor musical Rildo Hora, os também produtores musicais José Milton e Ricardo Cravo Albin, que empresta o seu nome ao mais popular e completo dicionário da música brasileira; a rainha do forró Anastácia, os compositores e sanfoneiros de 8 baixos Zé Calixto e o de 120, Oswaldinho do Acordeon; o cordelista criador da Feira de São Cristóvão, Azulão... 
Eu apresento, interajo e curo o projeto. 
Clique na linha azul lá em cima, para se inteirar da programação.

ITAMAR ASSUMPÇÃO
O cantor e compositor tieteense Itamar Assumpção, um dos representantes da vanguarda paulista, faria 64 anos de idade hoje. Ele desapareceu do convívio terreno no dia 12 de junho de 2003, vítima de câncer intestinal. O seu primeiro LP foi Eu Beleléu, Leléu ((lira Paulistana, 1980). Em 2010, o selo Sesc reuniu a sua obra num projeto denominado Caixa Preta. Hoje na Oficina Maestro Orlando Silveira, em Tietê, tem festa em sua homenagem que começa com a exibição do documentário Daquele Instante em Diante

MACHADO DE ASSIS
“Eu vos conjuro, filhas de Jerusalém, que se encontrardes o meu amado, lhe façais saber que estou enferma de amor...”.
Trecho de invencionices do mago da palavra e da imaginação Machado de Assis, no conto O Cônego ou a Metafísica do Estilo, originalmente publicado no jornal carioca A Gazeta de Notícias, em 1885.

SEXTA 13
Dizem que dá azar porque foi nesse dia que Cristo foi à cruz. Bobagem. Hoje é um dia qualquer, de altos e baixos, véspera do sábado de pernas pro ar e, como diria a troco de complemento o poeta pernambucano Ascenso Ferreira, "que ninguém é de ferro"!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

RÁDIO NACIONAL, VANDRÉ E GONZAGA

Geraldo Vandré (aí ao lado, no jornal, comigo e Zé Ramalho) tinha exatamente um ano de idade quando o locutor Celso Guimarães anunciou:
- Alô, alô Brasil, aqui fala a Rádio Nacional do Rio de Janeiro!
A hora era 9 da noite.
O dia, 12 de setembro.
O ano, 1936.
Logo depois entrou na abertura da programação a canção Luar do Sertão, de Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco.
A Nacional foi a primeira grande emissora de rádio do País, com audiência em quase todos os estados brasileiros e tornada empresa estatal no governo Vargas cerca de quatro anos depois de criada.
Por seus microfones desfilaram algumas das vozes mais bonitas do Brasil, de Chico Alves a Orlando Silva, passando por Luiz Gonzaga (aí ao lado), Nelson Gonçalves, Sílvio Caldas, Cauby Peixoto, Nuno Roland, Carmélia Alves, Ângela Maria e as irmãs Batista Linda e Dircinha, entre outras.
E também passaram por lá grandes produtores artísticos, como Almirante e Lamartine Babo, também compositor; e locutores e apresentadores além de Celso Guimarães, cujo nome completo era Celson Tuson Foot Hummel Guimarães (1907-73), paulista de Jundiaí: Oduvaldo Cozzi, Renato Murce, Paulo Gracindo, Manoel Barcelos, Afrânio Rodrigues e Cesar de Alencar; e maestros-arranjadores que fizeram história, entre os quais Guerra Peixe, Gaó, Radamés Gnatalli e Léo Peracchi.
Vandré, pseudônimo de Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, que hoje completa 78 anos de idade, começou a carreira musical como calouro da Rádio Tabajara, de João Pessoa, PB. 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

TRAGÉDIAS INSPIRAM ARTISTAS

Há 12 anos, num dia e mês como os de hoje, homens treinados de Bin Laden sequestraram e atiraram dois aviões de carreira com passageiros sobre as torres gêmeas do Trade Center da ilha de Manhattan, nos arredores de Nova Iorque, e mataram milhares de pessoas, incluindo mulheres e crianças.
A tragédia chocou o mundo.
Inúmeras músicas foram compostas, inúmeros livros foram escritos e outras formas de manifestação cultural, incluindo filmes e gibis, foram lançados por aí a fora.
No Brasil, poetas populares expressaram sua revolta e descontentamento em folhetos de cordel, como Klévisson Viana (acima), Mestre Azulão, José Honório entre outros.
O ataque ao Trade Center só aumentou a gula pelo poder dos norte-americanos.
Depois disso, guerras foram fomentadas pelo morador da Casa Branca ou por ele incentivadas e patrocinadas no Oriente Médio, por exemplo.
Informações vazadas à imprensa dão conta de espionagem que os Estados Unidos têm feito no Brasil e noutros países latinos. E ler-se ainda a dúvida se nós somos amigos ou não deles.
E agora?
Culturalmente, o Brasil há muito foi invadido pelos gringos do Norte.
Ah, sim: a pior invasão que uma nação pode sofrer de outra é a cultural.
Nesse ponto, estamos fritos.

FOGO DO PARANÁ
No dia 6 de setembro de 1963, um incêndio de enormes proporções atingiu cidades do Paraná e praticamente as destruiu. Quinze dias depois, ainda não se sabia o número exato de mortos que ultrapassou a centena.
A tragédia fez o Brasil chorar, e no Exterior até o Papa Paulo VI, que acabara de ser eleito, fez a doação de Cr$ 3 milhões para amenizar o drama das vítimas sobreviventes.
A tragédia fez também o maranhense João do Vale compor uma música, Fogo do Paraná, para o rei do baião Luiz Gonzaga e ele próprio gravar, o que foi feito. Ouça abaixo, clicando: http://www.youtube.com/watch?v=TGwrS4yafYQ  
João do Vale nasceu no dia 11 de outubro de 1934.
Aliás, no próximo sábado 14, às 16 horas, o músico Sapiranga (a lado) se apresentará na esplanada do Memorial da América Latina, no bairro da Barra Funda, ao lado de Oswaldinho do Acordeon, Papete e Gereba. O espetáculo, em Homenagem a João do Vale, faz parte da programação da Feira Nacional do Cordel, que começará no dia 13, às 10 horas.
Vamos lá?

terça-feira, 10 de setembro de 2013

E O HOMEM CRIOU DEUS...

E o homem criou o mundo.
E depois o homem criou o fogo e a roda.
E o homem criou muito mais, dizem que até Deus ele criou à sua semelhança...
E o tempo passou e o homem criou a imprensa para divulgar as notícias que corriam de boca em boca ao redor de si.
E assim, antes mesmo da imprensa, o homem criou uma forma de expressão cultural das mais autênticas: a oralidade, meio pelo qual o mundo se recomporia depois de explodir...
E no começo era apenas a notícia correndo de boca em boca e nas páginas dos jornais, depois no rádio e na televisão.
E a notícia virou produto perigoso e caro.
E a imprensa virou indústria.
E a notícia passou a ser manipulada em todos os meios correntes, e até na internet, que é uma espécie de babel moderna, onde, de um modo ou de outro, se tenta chegar ao cume com a finalidade sabe-se lá qual!
Mas a notícia na internet não é a mesma lida no jornal, no rádio e na televisão.
A confusão na internet é dos infernos, pois formada também por jornais convencionais que se misturam nas suas entranhas, parecendo ser o que não são.
E para onde vão os jornais e as notícias?
No começo a notícia era oral, sem a forma palpável do jornal impresso.
Depois a notícia virou negócio e o pau cantou.
E hoje é o que se vê.
No dia 10 de setembro de 1808 circulou em território brasileiro o primeiro jornal: A Gazeta.
Esse fato histórico seria lembrado como o Dia da Imprensa Brasileira, mas veio o homem e o mudou em votação no Congresso Nacional para 1º de junho, em homenagem a Hipólito José da Costa, que criou o Correio Brasiliense para brasileiros em território londrino três meses depois de A Gazeta começar a circular no Rio de Janeiro.
Viva a imprensa?