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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

CONHEÇA O INSTITUTO MEMÓRIA BRASIL

http://www.institutomemoriabrasil.org.br/
A edição deste fevereiro da Revista do Brasil traz em duas páginas um pouco da história do Instituto Memória Brasil, IMB (acima).
A reportagem (ao lado, na reprodução parcial) é assinada pelo jornalista Vitor Nuzzi.
O Instituto foi criado em 2011, com a finalidade de preservar e divulgar
http://www.rodasgonzagueanas.org.br/#!nos-correios/csrm um pedaço
do Brasil encontrável em segmentos diversos da nossa cultura popular, seja através da literatura de cordel, seja através do repente de viola comum em algumas partes do País, principalmente no Nordeste. O acervo da instituição é formado por mais de 150 mil itens, incluindo fotos, partituras, livros, jornais, revistas, discos de todos os formatos fabricados no Brasil e no exterior desde os primeiros anos do século passado.
Quer saber mais? Então, clique:
http://www.youtube.com/watch?v=pIwkiRBTnUA
http://www.youtube.com/watch?v=nYDbO1ln6vk

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

MORREU O ARNESTO DO SAMBA

Deixar de se manifestar contra ou a favor de alguém ou de uma situação é um absurdo sem tamanho que ainda prevalece na sociedade globalizada, por covardia ou interesse individual ou de grupo. As consequências disso para a formação de cidadãos são catastróficas, bastando dizer que a falta de opiniões gera indiferença, medo e burrice da parte de quem se deixa contaminar pelo excesso de cautela.
Deixar de opinar é deixar de pensar, de ter pensamentos e ideias próprias.

LAMPIÃO
O celerado Virgolino Ferreira, vulgo Lampião, fuzilado pela polícia alagoana em julho de 1938, foi lembrado hoje à tarde em sessão do Supremo Tribunal Federal pelo ministro Luiz Fux, ao ter seu bando comparado com os condenados pelo Mensalão atualmente presos na Papuda, em Brasília. O voto do ministro foi favorável que se mantenham inalteradas as penas aos condenados pronunciadas no ano passado pelo Supremo.

ARNESTO
O advogado e ex-vendedor de chuchu, engraxate e violonista Ernesto Paulella morreu hoje aos 99 anos de idade, após cair e fraturar o fêmur em casa, na Mooca onde morava.
O fato se deu por volta do meio-dia no Hospital Sancto Maggiore. Na capital paulista.
Em 1955 Paulella foi surpreendido ao ouvir no rádio a música Samba do Arnesto (acima, na reprodução do selo do disco), de Adoniran Barbosa, composta em sua homenagem.
Paulella é personagem da biografia que escrevi sobre o grupo Demônios da Garoa, Pascalingundum.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

JOTABÊ ESTRÉIA EM LIVRO

Será hoje a partir das 20 horas, no boteco Sabiá, na Vila Madalena, cá em Sampa, o lançamento do livro O Bisbilhoteiro das Galáxias, do conterrâneo Jotabê Medeiros, baluarte do Caderno 2, suplemento diário de variedades do centenário O Estado de S.Paulo.
Esse é livro de estreia de Jotabê, que é paraibano de Campina Grande e tem 25 anos de jornalismo. Nesse quarto de século ele entrevistou algumas das mais reluzentes estrelas  do universo pop internacional, entre as quais Bob Dylan. Especialmente por se tratar basicamente de um livro de bastidores, digamos assim, é um livro necessário à leitura, seja para especialistas, seja para leitores convencionais.
Vamos dar um abraço no Jotabê?
O Sabiá fica ali na esquina das ruas Fidalga e Purpurina.

BRASILIDADE
André Domingues, uma das cabeças mais brilhantes deste País tão judiado, apresentará sua tese de doutorado (Cinco Cantos de Vanguarda: Populares e Eruditos em Luta pela Brasilidade Moderna) amanhã, 25, às 14 horas, na USP. Local preciso: prédio da administração da FFLCH (Rua do Lago, 717), atrás da FAU.
O novo doutor avisa que o evento é um pouco longo, mas promete que fará “o máximo para que não seja chato!”.
Terminada a defesa, “ficam todos convidados para comemorar o fim dessa etapa na minha casa (Rua João Batista de Souza Filho, 121, Butantã). Comemoraremos junto o aniversário do meu irmão. Até lá!”.
Um resumo do próprio André:
- A tese “Cinco cantos de vanguarda: populares e eruditos em luta pela brasilidade moderna” analisa historicamente cinco diferentes momentos em que músicos populares e intelectuais eruditos brasileiros estabeleceram intercâmbios e trabalharam em parceria na construção de discursos sobre o ser nacional, sob influência marcante de um ideário de vanguarda. Para cada um desses momentos, elegeram-se parcerias representativas a serem estudadas. Os momentos abordados, compreendidos entre 1924 e 1969, foram o modernismo, o regionalismo baiano, a bossa-nova, a música de protesto da década de 1960 e o tropicalismo, tendo como representantes escolhidos, respectivamente: Marcelo Tupinambá e Mário de Andrade; Dorival Caymmi e Jorge Amado; Antônio Carlos Jobim, João Gilberto e Vinícius de Moraes; Carlos Lyra e Gianfrancesco Guarnieri; Caetano Veloso e Rogério Duprat.
 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

O FIM DOS SAMBAS DE ENREDO

Denominou-se Deixa Falar a primeira escola de samba do País, surgida no Rio de Janeiro, em 1928.
Entre seus fundadores achava-se o compositor Ismael Silva.
Em São Paulo, em 1937, a primeira escola a receber essa denominação foi a Lavapés.
O primeiro samba-enredo carioca data dos anos de 1940, mas há controvérsias em torno da questão. O primeiro LP com registro de desfile de escolas de samba foi lançado em 1958.
Em 1949, a escola de samba Império Serrano desfilou com Exaltação a Tiradentes. Seis anos depois, o cantor Roberto Silva gravou com o título reduzido para, simplesmente, Tiradentes.
Não era bem um samba-enredo.
Pela Chantecler em São Paulo, em 1969, Carmélia Alves e Geraldo Filme gravaram o primeiro LP só com sambas de enredo (acima, reprodução da contracapa), com pérolas como São Paulo Antigo, História do Aleijadinho e Biografia do Samba.
Mas o samba-enredo de qualidade acabou, ou está se acabando. E  os motivos resumem-se num só: grana.
Hoje, muito mais do que ontem, as escolas fazem tudo por dinheiro, dede aumentar o ritmo do samba a “biografar” quem pagar mais. E a constatação é mais do que simples: basta ouvir os discos dos últimos dez, 15 anos, de São Paulo ou do Rio de Janeiro.
Compor um Chica da Silva como foi composto em 1963 e a Salgueiro mostrou na avenida, impossível.
E o que dizer da obra-prima Heróis da Liberdade, que Mano Décio, Silas de Oliveira e Manoel Ferreira compuseram para a Império Serrano em 1969, em plena ditadura militar, hein?
E como compor nos dias atuais sambas da qualidade de um O Mundo Encantado de Monteiro Lobato, com o qual a Mangueira desfilou em 1967?
Esses são sambas definitivos como Os Sertões, que a escola Em Cima da Hora apresentou ao Brasil em 1976.
Um dos últimos sambas-enredo com a grandiosidade que todos merecem foi Liberdade, Liberdade, na avenida em 1989 pela Imperatriz Leopoldinense.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

A VOLTA DAS MARCHINHAS DE CARNAVAL

É claro que, ao contrário de Cabral pai, Cabral filho, governador do Rio de Janeiro, não gosta nem um pouco de marchinhas de carnaval, pois querem lhe apear do poder custe o que custar cantando coisas do tipo:

Quanto tiro, oh!
Quanta policia
A tropa de choque em ação
Ditador de helicóptero
E no meio da cidade
Um monte de Caveirão!

Além dessa paródia, de Máscara Negra, foram feitas outras de Alah-lá ô, Mamãe eu Quero, Ó Abre Alas etc., e uma em especial.
Clique:
A presidente Dilma também não escapou da ironia popular:
Também sobrou pau para os deputados:
E o Hnerique Cazes compôs uma joia, abordando o tema maconha;
Clique:

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A VOLTA DOS BLOCOS DE CARNAVAL

Milhares de blocos carnavalescos pequenos, médios e grandes, também chamados de bandas e num tempo mais atrás de cordões, estão se preparando para desfilar nas ruas do Brasil. Dois, especialmente, chamam a atenção pela quantidade de foliões que arrastam: Bola Preta, do Rio de Janeiro; e Galo da Madrugada, da capital pernambucana; que, aliás, este ano homenageia o escrito paraibano Ariano Suassuna (ver abaixo) .
De respeito também é o Muriçocas do Miramar, de João Pessoa, seguido por uma multidão calculada em 500 mil pessoas.
Em algumas localidades a folia de Momo se inicia hoje, como na capital paraibana onde o Bloco Folia de Rua sai do Ponto de Cem Réis, no centro da cidade.
Em João Pessoa, como noutras cidades, está-se retomando, aos poucos, a tradição dos concursos de marchinhas de carnaval, que tinha entre seus grandes compositores Lamartine Babo e Braguinha, entre tantos.
O mais antigo bloco paulistano de ininterrupta folia é a Banda Redonda, que está completando 40 anos e anualmente arrasta muita gente pelas ruas do centro da Paulicéia Desvairada, como chamava a sua cidade o observador cultural Mário de Andrade.
A quantidade de blocos carnavalescos minguou a partir dos anos de 1970, mas começaram a voltar com força total a partir da última década. Hoje, só na capital de São Paulo, são cerca de 170. Até Gueri-Gueri, fundado na região do bairro de Pinheiros em 1986, está voltando.
A Banda Redonda desfila sempre na segunda-feira que antecede o carnaval.
Na semana que entra, os blocos continuam nas ruas, como o Umes Caras-Pintadas, na terça; a Banda do Candinho, na quarta; a Banda do Trem Elétrico, na sexta; e no sábado, domingo etc., saem o Bloco dos Bastardos e muitos outros.
Até depois do carnaval, dia 4, tem alegria de blocos como o Ó do Borogodó, que sai ressacado às 14 horas pelas ruas do bairro boêmio de Vila Madalena.

BLOCO DE FORRÓ
De Paulinho Rosa, recebo:
“O nosso bloco, o bloco de FORRÓ, vai sair!
Neste sábado, 22/02/2014 o bloco A EMA GEMEU DE CANTO A CANTO sai entoando os forrós clássicos e desfilando nesta São Paulo tão eclética colocando o forró em mais um evento cultural da cidade.
Vamos nos concentrar a partir das 13:00 hs no CANTO DA EMA na Avenida Brigadeiro Faria Lima 364 e caminharemos com trios e músicos de forró até o CANTO MADALENA NA RUA Medeiros de Albuquerque, 471 - Vila Madalena.
Vamos colocar FORRÓ na rua, com toda a animação que os forrozeiros e simpatizantes tem!


RECADO
De Andrea, a convocação:
“É sábado, pessoal! Tá chegando o carnaval de Olinda em SP, de graça! Amanhã tem Siba e Mombojó junto com a Orquestra de Frevo Henrique Dias, Bonecos Gigantes e Casais de Passistas! Foliões e brincantes, vamos colorir de azul, verde, amarelo e vermelho o Centro de SP agitando sombrinhas e jogando confete e serpentina, exibir adereços, máscaras e fantasias e esbanjar alegria. Às 13 horas concentração da Orquestra de Frevo em frente ao CCBB/SP, com Boneco Gigante e Casal de Passistas fazendo um arrastão pelas ruas do Centro de SP e finalizando na Praça do Patriarca, em frente ao palco”.

ARIANO SUASSUNA
O escritor paraibano Ariano Suassuna é o grande homenageado, este ano, do bloco pernambucano Galo da Madrugada.
Clique:
http://globotv.globo.com/rede-globo/netv-2a-edicao/v/ariano-suassuna-homenageado-do-galo-da-madrugada-vai-participar-do-desfile-do-bloco/3098943/
 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

FESTA EM CURRAIS NOVOS

A estação das chuvas continua distante dos nordestinos.
Na primeira quadra do ano iniciada neste mês se aguardam chuvinhas esporádicas aqui e ali, parecidas com as que caíram ontem em Currais Novos; o suficiente, porém, para fazer feliz seus quarenta e poucos mil habitantes. E o bom foi que ela caiu dentro de açudes há muito secos e estorricados.
A cidade de Currais Novos, localizada na mesorregião central potiguar, é conhecida como Princesa do Seridó; a rainha é Caicó, a cerca de 270 quilômetros da capital, Natal.
Fala-se muito do sol e calor que têm castigado o Norte, Sul e Sudeste do País, mas o Nordeste, com seus nove Estados ocupados por mais de um terço da população do território nacional, continua ao Deus dará, esquecido por Deus etc.
A situação climática da região prevista para a este ano pelos meteorologistas é péssima.
Enquanto isso, os reservatórios continuam lá em baixo.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A AUDÁCIA DE LULINHA ALENCAR

No seu CD de estreia, o potiguar Lulinha Alencar mostra que tem sensibilidade e sabe tocar sanfona.
A sua audácia no disco, Cem Gonzaga, se resume no fato de buscar no repertório gonzagueano músicas pouco conhecidas do chamado grande público, como Santana, Aquele Chorinho, Pisa de Mansinho, Seu Januário e Araponga, entre outras.
Ao contrário de muitos sanfoneiros, Lulinha não agride as teclas do seu instrumento; ele as acaricia com gosto e pertinácia e o resultado disso é um som bonito, suave, aos nossos ouvidos ultimamente tão judiados pelo lixo sonoro produzido como se fosse música.
Mas a grande audácia, mesmo,  cometida por esse artista das terras de Luís da Câmara Cascudo foi agrupar as 12 músicas escolhidas de Gonzaga numa espécie de trilha em que se escuta apenas o som da sanfona. E isso é pra sanfoneiro macho!
As três últimas músicas que encerram o disco duas trazem a sua assinatura e a última um improviso de Dominguinhos, que partiu para a eternidade depois de deixar o corpo numa espécie de agonia para seus seguidores.
Sim, esse é um disco especialmente para quem quer conhecer de perto o som de sanfona.

ps: Luiz Gonzaga, o Rei do Baião nasceu num dia 13 de dezembro; Lulinha, também.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

REPÓRTER, PROFISSÃO ARRISCADA

Comemora-se hoje, 16 de fevereiro, o Dia do Repórter.
Repórter é quem faz reportagem, e quem faz reportagem é um tipo de profissional meio criança, meio maluco, que atua no jornalismo, desde sempre uma profissão desgastante e altamente arriscada, inicialmente regulamentada por lei nos fins dos anos de 1960.
As perguntas básicas para a elaboração de qualquer reportagem, em qualquer língua e lugar, são: quem, como, quando, onde e por quê?
O bom profissional do jornalismo precisa, necessariamente, saber perguntar e ouvir muitíssimo; ter calma, muita calma, e respeitar o entrevistado; jamais forjar notícias ou induzir o entrevistado a responder sob qualquer tipo de pressão.
Alguns grandes repórteres viram grandes escritores, como Audálio Dantas, Joel Silveira e Caco Barcelos, entre muitos outros.

Estou no jornalismo desde o final dos anos de 1960, quando iniciei a profissão no velho e bom jornal O Norte, PB (acima); até chegar à Folha (ao lado), no começo da segunda metade da década seguinte, bati pernas e comi o pão que o Diabo amassou.
Caso eu tivesse de recomeçar a vida, recomeçaria como repórter.
Em tempo: O bloco carnavalesco Imprensa que eu Gamo, que saiu ontem pelas ruas do Rio de Janeiro, homenageou o repórter cinegrafista Santiago Andrade, em pleno exercício da profissão.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

NÊUMANNE DEIXA O SBT

Nestes pobres tempos de prática do “politicamente correto” e ação de patrulheiros vadios é de se lamentar profundamente o corte dos comentários políticos e oportunos de José Nêumanne da grade dos jornalísticos do SBT.
Junto com os comentários, foi banido o seu autor; e também seus colegas, Carlos Chagas e Denise Campos de Toledo.
E não à toa, isso acontece no momento em que a nossa frágil democracia, conquistada a duras penas, sangue, suor e lágrimas, é ferida nas ruas por vândalos alugados por sabe-se lá quem.
Pobres e tristes tempos estes em que minguam cada vez mais as opiniões - principalmente as opiniões críticas – nas mídias, incluindo o facebook desta vidinha corrida e banal de valores inversos.
Com a saída de Nêumanne do SBT, perdemos todos nós. Mas seus comentários continuam sendo feitos diariamente na Rádio Jovem Pan, de onde, aliás, saí graças também ao atual diretor de Jornalismo do SBT.
Pois é, esse Marcelo é mesmo uma parada.
Quem quiser saber mais um pouco sobre a saída de Nêumanne do SBT, recomendo a leitura da última edição do newsletter Jornalistas&Cia.
Clique:
http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/jornalistasecia935sa12.pdf

TEO AAZEVEDO
Hoje, a partir das 21 horas, o cantor, compositor e instrumentista mineiro Téo Azevedo estará se apresentando pela primeira vez no Hotel San Rapajel, no centro da capital paulista. Na ocasião ele estará lançando o CD Salve Gonzagão, 100 Anos, vencedor do prêmio Grammy Latino 2013, do qual, aliás, participo com uma faixa declamando e contando um pouco da história do rei do baião, Luiz Gonzaga. Azevedo aproveitará a ocasião para autografar o livro Catrumano 70, uma biografia sua escrita por Amelina Chaves. Vamos prestigiá-lo? O San Raphael fica ali no largo do Arouche, 150/200.
Clique:

http://pordentrodamidia.com.br/cascudo-e-loas-4/

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

HOJE É DIA DE OSVALDINHO DA CUÍCA

O empresário da noite Paulinho Rosa, do ramo de forró e congêneres, foi o único, no País, a se organizar para comemorar em alto estilo os 73 de idade que hoje faria o pernambucano José Domingos de Morais, o Dominguinhos. Paulinho é paulistano, dono da casa de espetáculos Canto da Ema.

Dominguinhos nasceu em Garanhuns e foi um dos 17 filhos gerados por dona Mariinha e seu Chicão, ou mestre Chicão, como era conhecido por ser sanfoneiro e afinador de sanfonas.
Dona Mariinha e seu Chicão eram alagoanos e muito pobres, como toda família.

A sorte de Dominguinhos, dos pais e irmãos começou a mudar no dia em que o trio Os Três Pinguins conheceu o rei do baião, Luiz Gonzaga, no final dos anos de 1950, quando tocava pra turistas a troco de tostões à entrada do hotel Tavares Correia, que existe até hoje totalmente remodelado.

O trio era formado por Morais, Valdomiro e Neném, que tocava triângulo e pandeiro e viraria Neném do Acordeon antes de se tornar nacionalmente famoso pelo diminutivo Dominguinhos.

Eu conheci Dominguinhos na segunda parte dos anos de 1970 e sobre ele escrevi muitos textos, como o publicado no semanário O Momento (acima), de João Pessoa (acima) e em cerca de mais 50 jornais, via Agência Brasileira de Reportagens, ABR, em abril de 1980.

Ele, como Sivuca, Mário Zan, Waldonys, Bombarda, Oswaldinho, Cezar do Acordeon e Olivinho, entre outros grandes sanfoneiros, participou várias vezes de programas de rádio que apresentei, nas rádios Atual e Capital.

Foi Dominguinhos quem me telefonou para dar a notícia da morte de um dos seus mestres, Orlando Silveira, em dezembro de 1993.

Saudade.

DOMINGUINHOS NO CANTO DA EMA

Hoje, ali por volta da meia-noite, vai ter festa das boas em homenagem a Dominguinhos no Canto da Ema; a festa contará com a presença de Elba Ramalho, Anastácia e Oswaldinho do Acordeon, entre outros artistas que insistem a fazer boa música. Eu vou, você vai? Aí no link http://mais.uol.com.br/view/k77arz6psxw4/os-dez-dedos-de-ouro--anastacia-04020D9C3170D4C14326?types=A& , a canção Os Dez Dedos de Ouro, para Dominguinhos, cantada por Elba e Anastácia, a autora e principal parceira de Dominguinhos ao longo de mais de uma década.

Para saber mais um pouco sobre Dominguinhos ou simplesmente lembra-lo, clique:

http://www.youtube.com/watch?v=pwM9658fKtk

http://www.youtube.com/watch?v=owDSH_C4Cxk

http://www.youtube.com/watch?v=BczQh7ilpiE

http://www.youtube.com/watch?v=1okVsNbwjYM

OSVALDINHO DA CUÍCA

Com cara e jeito de menino arteiro, peralta, o paulistano do Bom Retiro Osvaldo Barro completa hoje 74 de idade. Alheio a loas, ele continua enfiado num estúdio de gravação dando retoques finais no novo disco, que será lançado à praça ainda neste semestre. Atenção: antes do carnaval, ele estará na telinha da TV Globo participando da minissérie O Atravessador de Samba, que também traz no elenco o craque Germano Mathias.

Parabéns e muitos anos de alegria, Osvaldinho!

Clique no link abaixo para ouvir o mestre da cuíca:

http://www.youtube.com/watch?v=zBs6yz-6rQM

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

DOMNGUINHOS, NO CANTO DA EMA

Dominguinhos faria 72 anos de idade depois de amanha, 12. Nos últimos anos, ele comemorava a data na casa de espetáculos paulistana Canto da Ema, do Paulinho Rosa, seu amigo e parceiro no programa Vira e Mexe, da Rádio USP. Mas a sua ausência física não muda e nem extingue a comemoração. Pelo contrário: a data será alegremente comemorada, “pois é como se seu Domingos não tivesse viajado”, diz Pauliinho.
Foi numa quarta-feira, como a do próximo dia 12, que José Domingos de Morais nasceu, em Garanhuns, PE. Ele criança, junto com dois irmãos também crianças, tocava à porta de um hotel na sua cidade para ganhar uns trocados e, assim, ajudar na manutenção de casa, que era de uma pobreza franciscana. Por capricho do destino, os três foram ouvidos pelo rei do baião, Luiz Gonzaga, que se encantou e prometeu ajuda-los. Dito e feito.
O resto da história, todos conhecem.
Quarta que vem lembrarão a data vários artistas, entre os quais mestre Oswaldinho do Acordeon, Elba Ramalho e Anastácia (aí ao lado comigo, no programa do Jô Soares nos tempos do SBT), que viveu com ele durante mais de dez anos. Detalhe: Anastácia é a compositora com maior número de músicas compostas com um mesmo parceiro, no Brasil: mais de 200, incluindo sucessos como Eu só Quero um Xodó, gravada em várias línguas.

PETER ALOUCHE
O poeta Peter Alouche, mais conhecido por Pedro Nordestino, acaba de ter um cordel musicado e gravado em disco, com produção do Cantador de Alto Belo, Téo Azevedo. Detalhe: Téo acaba de ser agraciado com uma estatueta Grammy, pelo CD Salve Gonzagão.
Ouça a coluna Por Dentro da Mídia, clicando:
http://www.mixcloud.com/pordentrodamidia/cascudo-e-loas-29-de-janeiro-de-2014/

domingo, 9 de fevereiro de 2014

ARY BARROSO, UMA LEMBRANÇA

Num dia como o de hoje, de sol escaldante, morria no Rio de Janeiro o mineiro Ary Barroso, criador do gênero musical samba-exaltação, que tem em Aquarela do Brasil a sua primeira versão.
Ary morreu aos 60 anos num domingo de carnaval, vítima de cirrose hepática.
A sua obra é extensa.
Antes dele, só o compositor e maestro campineiro Carlos Gomes havia ultrapassado as fronteiras do País com sua obra.
Gomes, considerado até hoje o maior autor operístico das Américas, lotou o Ala Scalla de Milão em 1879, ao estrear Il Guarany, cujo libreto é baseado na obra homônima do cearense José de Alencar.
O sucesso internacional https://www.youtube.com/watch?v=qoRrpBSQxfw de Ary tem como ponto de partida Aquarela do Brasil, que integrou o repertório do espetáculo do teatro de revista Joujoux e Balagandans, em 1939.
No teatro, essa música foi interpretada por Cândido Botelho e lançada em seguida em disco pelo chamado rei da voz, Chico Alves https://www.youtube.com/watch?v=yyhPL2Q_Bog.
Debitem-se a abertura das portas do mundo para Ary aos bruxos Nelson Rockefeller e Walt Disney, pau mandado do governo norte-americano à América Latina.
Fica o registro.

As cantoras mineiras Celia e Celma, de Ubá -  como Ary - gravaram há anos um CD (Ary Mineiro) muito bonito, só com músicas de Ary Barroso (acima), lançado sob a chancela do selo musical Revivendo. As duas artistas moraram perto de onde morou Ary e cantam o seu repertório nos palcos da vida e onde mais podem (abaixo).
http://www.youtube.com/watch?v=pJMNFYBAxSs
 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

AULA GRINGA PARA UM BRASIL DOENTE

http://pordentrodamidia.com.br/cascudo-e-loas-4/
O Brasil vai mal das pernas e da cabeça há muito tempo.
Na verdade, o Brasil está doente dos pés à cabeça.
E o diacho é que está se tornando lugar comum dizer que a solução de tudo, para todos os problemas dele é a educação.
É, claro; mas não só a educação.
Junto a educação a cultura, por exemplo.
Escutando hoje a rádio Jovem Pan, me arrepiei com os ensinamentos de uma norte-americana, estes:
http://jovempan.uol.com.br/noticias/brasil-melhor/brasil-melhor-para-donna-hrinak.html
O detalhe é que a entrevistada é norte-americana e foi convidada para falar num espaço da Pan, chamado Quem faz um Brasil Melhor. Nesse ponto, ela não tem culpa.
Ai de nós.

CORDÕES E BLOCOS
Estou levantando informações sobre as cidades que ainda mantém a tradição de blocos e cordões carnavalescos, ou que estão tentando trazer de volta essa tradição. E também sobre cidades que promovem concursos de marchas de carnaval. Mandem informações a respeito para o e-mail assisangelo@uol.com.br
Sobre o tema, cliquem:

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O CARNAVAL DAS MARCHINHAS

Naturalmente sabemos que aquele carnaval espontâneo, do povo, acabou; e faz tempo, embora aqui e ali – no Nordeste e em Recife, notadamente - ainda reste dele alguma boa lembrança, representada por blocos e cordões que, é claro, raramente aparecem na programação das emissoras de televisão, a não ser quando fatos extraordinários (brigas e mortes, por exemplo), ocorrem entre seus resistentes foliões, a maior parte deles saudosos e persistentes.
Certa vez o maestro Eleazar de Carvalho me contou http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular03.pdf que nos anos de 1940 costumava desfilar em corso pelas ruas do Rio de Janeiro, ao lado de Villa-Lobos e outros expoentes da nossa música, como Donga, João da Baiana, Pixinguinha na flauta, depois tuba; e Almirante, cantando.
Agora das heroínas mineiras Celia e Celma, gêmeas no canto e na alma, incríveis, recebo a informação de que estão trazendo de volta um pouco do Villa e seu Cordão da Sodade, projeto que apresentarão logo mais às 20 horas no auditório do Sesc São Caetano e terça que vem, em Campinas.
As duas têm formação musical no Instituto Villa-Lobos do Rio de Janeiro. 
Bom, não é?       
Você quer saber um pouco sobre a historia do carnaval, das marchinhas e compositortes, como Braguinha, Nássara e Zé Ketti?
Cuique: 
http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular10.pdf