Páginas

sábado, 22 de março de 2014

O RÁDIO DE HOJE E MORAES SARMENTO

Nos últimos meses tenho me tornado um compulsivo ouvinte de rádio, navegando por todas as ondas e escapado milagrosamente de me afogar be0las, embora mais das vezes morra de tédio e raiva.
No correr desses mergulhos dá pra perceber sem demora que as AM e FM se equiparam no nível, péssimo, de programação que apresentam e que beiram o insuportável.
O que dizer, por exemplo, dos horários ditos pastorais com figurinhas carimbadas como o cavernoso Davi Miranda fazendo, aos berros, a cabeça dos miseráveis em desespero?
Esses enganadores poderiam facilmente ser enquadrados em diversos artigos do Código Penal por prometerem o imponderável a seus amalucados e ingênuos seguidores.
A música brasileira perde feio para a música dos gringos no dial FM; no AM, então...
E o jornalismo, hein?
Ainda feito com base no noticiário impresso e no que se posta na Internet, o jornalismo do rádio encontra alguma salvação na Pan, Band, Estadão e CBN, com entradas frequentes chatas de repórteres dando informações sobre o trânsito sempre louco de Sampa.
Diga-se de passagem: as entrevistas em estúdio da Pan são quase sempre muito boas e comprometidas pela coloração partidária as opiniões dos colunistas políticos, entre os quais o cabeção Reinaldo Azevedo, sempre disposto a falar de tudo, até do sexo dos anjos.

MORAES SARMENTO
Hoje faz 16 amos da morte do radialista campineiro Moraes Sarmento (acima, comigo na foto), famoso por sua posição radical a favor da nossa boa música popular. Ele nasceu no dia 14 de dezembro de 1922.
Sarmento começou a carreira no rádio aos 15 anos de idade, na Educadora de Campinas.
Por um desses inexplicáveis acasos da vida, fui eu quem ocupou o seu horário na Rádio Capital AM, de São Paulo, com o programa São Paulo Capital Nordeste, no ar por mais de seis anos.

HAROLDO BARBOSA
O radialista carioca Haroldo Barbosa, de batismo Ary Vidal, teria feito ontem 99 anos de idade. Ele chegou a desenvolver várias atividades profissionais, além de radialista. Ele iniciou no rádio em 1933, na Philips. Foi compositor de sucesso e amigo de Noel Rosa e Wilson Batista. Entre suas músicas mais conhecidas se acham De Conversa em Conversa e Barnabé, curiosa expressão que identifica até hoje o funcionário público de baixa renda, digamos assim.

2 comentários:

  1. Pois é, Assis! Como se diz na minha terra, o trem tá feio! Não consigo ouvir rádio, e confesso que não o faço há pelo menos uns 12 anos. Definitivamente, é uma tortura! Abraço, Fernanda de Paula.

    ResponderExcluir
  2. Caro Assis antes de mais nada veja se responde aos meus emais !!! Pô
    Bem quanto ao Rádio ... está triste ouvir radio hoje em dia . Lembro que minha mãe ouvia a Radio Bandeirantes Vicente Leporace, Enzo de Almeida Passos , meu pai ouvia o Rubens de Moraes Sarmento à noite também na Band. Na Na radio Nacional lá da rua Das Palmeiras - Organizações Victor Costa se não me engano, ouvia o Hélio de Araújo, ao fim da tade ela ouvia o Programa Sarita Campos.
    A Jovem Pan com Kalil Filho , Zuza Homem de Melo. Nossa como tinha gente boa ... um pouquinho mais recente Frequência Balançada com saudoso Antonio CArvalho , lembro da voz inconfundível de Muibo Cesar Cury .
    Tinhamos ainda a Radio Tupy a Record ... Hoje pra ajudar mais ainda a Band dispensa um Walker Blaz descaracterizando a rádio.
    Lembrei agora do Estevam Bourroul Sangirardi . Quanta gente lembrei aqui e quantas deixei de falar , por não me ocorrer agora . Hoje....que mediocridade, há exceções vamos cultua-las e até falar delas para os mais jovens , quem sabe não tomam gosto. Não podemos deixar morrer o bom radio.

    um abraço Assis

    JC Cortinovis

    ResponderExcluir