Uma
pessoa recebeu ontem lamentável notícia, que a passou para outra, para outra,
outra e outra mais até chegar ao conhecimento de Arievaldo Viana, que a
repassou para Jorge Mello, que me repassou, enfim: morreu o cordelista
pernambucano Manoel Monteiro, um dos mais antigos e ativos profissionais do
gênero.
Manoel
tinha 77 anos de idade e vivia na capital paraibana desde 1955.
Ele
era ídolo das novas gerações de craques do cordel, como os já referidos Jorge e
Arievaldo, Klévisson Viana e Marco Haurélio, entre muitos outros.
Há
alguns anos Marco deslocou-se de São Paulo para entrevista-lo na Paraíba,
voltando exultante com as respostas obtidas do poeta. “Ele é incrível!”,
resumiu.
Manoel
Monteiro, que deixa um rico legado de folhetos, estava desaparecido desde o dia
30 de maio último.
O
seu corpo foi encontrado ontem, três dias depois de registrar entrada num hotel
de Belém, capital do Pará.
Seus
familiares dizem que ultimamente o poeta andava triste, macambúzio, dizendo que
já vivera muito e que já fizera tudo o que tina de fazer.
Na
verdade, ele andava meio adoentado e passando por dificuldades financeiras.
O
corpo de Monteiro será sepultado amanhã, em Campina.
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