O
nove de julho foi um sábado frio para paulistas e paulistanos e de Lua cheia
brilhando encantadoramente no céu.
No
palácio do Catete, no Rio de Janeiro, o presidente Getúlio Vargas estava
indócil.
Corria
o ano de 1932 e São Paulo tinha sete milhões de habitantes.
Naquele
dia 9 os relógios indicavam que faltava uma hora para a meia-noite e a agitação
nas ruas (ao lado, nos registros da imprensa) com tiros e explosões davam conta
de que a revolução acabara de estourar. Mas pode se dizer que a Revolução – Constitucionalista,
como ficou para a história - começou com o fim da chamada “Política café com
leite” entre os poderosos de São Paulo e Minas Gerais.
A
expressão foi resultado de um acordo firmado entre caciques políticos desses
Estados, que permitiam revezamento na cadeira de presidente da República a cada
eleição, esperto, o gaúcho que ficaria famoso como Pai dos Pobres deu um golpe
e acabou com a lambança.
Os
revolucionários de 32 comandados pelo general Isidoro Dias Lopes, que foi tema
de várias músicas, e coronel Euclides Figueiredo queriam, basicamente, a
retomada das eleições diretas para presidente e governadores e uma nova
Constituição, pois a que estava em vigor desde 1891 até 1930 Vargas rasgara.
A
Revolução Constitucionalista durou 87 dias e 87 noites e deixou um saldo 830
mortos, oficialmente, e um número não sabido de feridos.
Foi
o maior enfrentamento armado entre brasileiros desde o século 20.
Os
paulistas – cerca de 150 mil homens, mulheres e adolescentes - lutaram atabalhoada
e voluntariamente com apenas sete aviões e 44 canhões, enquanto as forças
getulistas, federais, somavam 24 aviões e 250 canhões de grosso calibre.
Ao
fim de tudo foram exiladas as principais lideranças da revolução: 48 oficiais
do Exército, três oficiais da Força Pública e 53 civis, incluindo jornalistas.
A
Revolução Constitucionalista consagrou um poeta: Guilherme de Almeida.
A CAMINHO DO HEXA
Que vexame, hein? Agora é disputar o
terceiro lugar. Mas até esse posto a seleçãozinha do Felipão pode deixar
escapar, pois já o perdemos em 1974. Arriba, moçada!
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