Ninguém
fez mais eu faço a seguinte pergunta: O Carnaval faz parte do universo da
cultura popular?
Visto
daqui diante da telinha própria da máquina de fazer doido a que se referia o
Ponte Preta, sim. Porém de outro prisma, não.
O
Carnaval desde as suas origens remotas, o povo não era parte excludente.
Hoje,
sim.
No
começo era o Entrudo (imagem ao lado)depois, e ainda no século dezenove, o Carnaval era ainda brincadeira
de rua, com cordões famosos, blocos e já no século vinte, escolas.
A
primeira escola no Rio chamou-se Deixa Falar; em São Paulo, Lava Pés.
Era
tudo feito e brincado de modo espontâneo, até que as escolas se profissionalizaram.
E
hoje o que se vê é a contravenção marcando presença num batecumbum que se ouve
a partir dos Sambódromos e a partir daí o povo foi excluído para dar lugar à
elite que não brinca em serviço.
Em
suma: Não há cultura popular sem povo.
Em
grandes cidades brasileiras, como Recife, a espontaneidade popular no Carnaval
ainda perdura com seus blocos atraindo milhares de foliões, mas há um detalhe:
essa espontaneidade ganha eco na forma antiga do Entrudo, em que se sentia
prazer e achava-se graça no mau comportamento em que o próximo era a vitima;
isso, aliás, tem ocorrido de maneira lamentável em bairros famosos como o
paulistano Vila Madalena, onde desajustados se divertem na sujeira e no
aperreio do próximo.
A Madalena transformou-se numa espécie de
Sodoma e Gomorra. E isso não é folia, tampouco folia saudável.
Será
que estamos voltando ao pior da Idade Média?
ESCÂNDALO
O
homem corrompe e é corrompido desde que desceu da árvore e passou a andar
equilibrando-se em duas pernas. Rouba-se e mata-se com a naturalidade dos
anjos. Isso no mundo todo. Agora mesmo, no Brasil, as denuncias de corrupção
estão alcançando índices tsunâmicos. Da Europa vem à notícia de que milhares e
milhares de contas de ditadores, ladrões, assassinos, e outros e outros, incluindo
brasileiros foram abertas no HSBC suíço. Um detalhe me chamou a atenção: o
jornalista Peter Oborne pediu demissão do diário londrino Deily Telegrapg e
sabem o motivo? Simples: o Jornal não está cobrindo o escândalo provocado pelo
HSBC. Pois é! Que lição poderemos tirar daí?
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