O
verão, como sabemos, é uma estação árida seca e quente que mata gente e bichos.
Lembremos o nordeste, que arde em chamas há quatro anos sem que o poder público
dê a mínima. Hoje é o primeiro dia desta estação. Ela chegou no começo da
madrugada, trazendo a triste noticia de que o fogo, depôs de lamber, engoliu o Museu Da Língua Portuguesa e a exposição sobre mestre Luís da Câmara Cascudo ( ouça abaixo trecho de entrevista que fiz com ele sobre cultura popular)
O incêndio
engoliu também o meu coração. Estou triste.
O
Museu da língua portuguesa foi inaugurado em março de 2006, em espaço cedido á fundação
Roberto Marinho para a construção do museu. O incêndio anoiteceu meu coração.
O
incêndio pode ter sido provocado por um curto circuito. Manutenção? Pelo radio
fiquei sabendo que o museu jamais fora vistoriado pelos bombeiros.
Há
uns dois meses estive em prosa com o diretor do museu, Carlos Sartini. O
assunto tratado na ocasião foi uma ocupação artística que lá pretendemos fazer
no próximo ano.
No
Brasil há mais de 3 mil museus, uns funcionando e outros, não.
No
último fim de semana o Brasil ganhou mais um, no Rio de Janeiro, mais um Museu o
do Amanhã, construído com verda da fundação Roberto Marinho. Um dos mais
modernos e importantes do mundo.
Tomara,
doravante, que o fogo que destruiu o museu da língua portuguesa não ultrapasse
mais as fronteiras do inferno.
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