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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

CTN, 25 anos



Tudo é muito rápido, urgente, depressa. Ninguém tem tempo prá nada. Nem prá dizer oi, como vai? É uma correria dos infernos. Prá onde vamos? Somos gerados em fração de segundos, num gozo, a gestação dura de 7 a 9 meses. Eu Nasci com 12 anos, mas isso é caso à parte. A verdade é que poucas são as pessoas que acham tempo para dizer adeus. Ai! É gente entrando e gente saindo de tudo quanto é canto, buraco e biboca. No metrô então é um horror, e nos ônibus, um Deus nos acuda! É pressa como Diabo.
Correndo, voando, um carro parou perto de mim e o motorista depressa abriu a porta pedindo para eu entrar. Era o poeta Moreira de Acopiara. Nem bem entrei no carro outro poeta, Sebastião Marinho, da viola repentista, riscou no ponto: "E eu, vocês vão sem mim?"
Pedi para o motorista desacelerar o carro pois devagar também se chega ao longe. E lá fomos nós rumo ao Centro de Tradições Nordestinas, CTN, onde comemoravam-se seus 25 anos de fundação. Ao chegarmos, cordelistas e cantores do povo nos esperavam. Foi uma festa, claro. Cristina do Zé se expressou ao microfone com um palavreado bonito. Zé de Cristina Também. Estamos falando de Cristina e Zé de Abreu, mulher e marido e marido e mulher, fundadores do CTN.
E é tudo muito rápido.
Lembrei-me depressa que por lá estive no começo de tudo, até apresentando um programa de rádio chamado Gente e Coisas do Nordeste, de memória ainda hoje muito bem lembrado.
E fui ao microfone e falei e falei.
Cacá Lopes cantou, Luiz Carlos Bahia cantou, Sarah Brasil cantou, o menino Pedro declamou do alto dos seus dez anos de idade, Moreira de Acopiara declamou e Sebastião Marinho botou prá lascar, foi tudo muito bonito, nesse primeiros 25 anos de CTN. Agora só faltaram as fotos para confirmar tudo que aqui estou dizendo. Mas aconteceu e é fato. Se duvidarem perguntem à deputada Renata de Abreu.
Só faltou um uisquinho...

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