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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

CANUDOS E ELEIÇÕES AMERICANAS





O carioca Euclides da Cunha do Canta Galo, tinha trinta anos de idade quando estourou a guera de Canudos no nordeste da Bahia.
A guerra liderada pelo cearense Conselheiro de batismo Antonio Vicente Mendes Maciel (1828-1897), começou no dia 07 de novembro de 1896. Ao fim dessa guerra resultaram cerca de 25.000 mortos.
Euclides, que foi morto pelo homem com quem a sua mulher o traía, escreveu a mais completa reportagem sobre um conflito sangrento no Brasil. Essa reportagem, resultante de uma série de reportagens para o jornal paulistano O Estado de S.Paulo, virou o clássico Os Sertões. Esse livro foi lançado em Dezembro de 1902.
Cem anos depois da publicação de Os Sertões, fui provocado pelo conterrâneo Rinaldo de Fernandes, para escrever um texto que reunisse minhas impressões dessa extraordinária obra. Perguntei-lhe sobre se valeria a pena eu escrever sobre as cantorias de violeiros repentistas feitas nas madrugadas nervosas das redondezas do povoado pobre de Canudos. E ele, então, respondeu peguntando: "e tem isso no livro?".
Foi quando eu tive a certeza de que deveria escrever sobre a sugestão abordada.
O texto que gerei sucede o texto do conterrâneo Ariano Suassuna.
A guerra de Canudos foi a tragédia mais visível já ocorrida no Brasil. Tragédia com mortes, tragédia com desespero, tragédia inominável. Essa tragédia durou menos de um ano, pois findou no dia 05 de outubro de 1897; dois anos antes de o alagoano Deodoro da Fonseca, Marechal, ser resgatado da cama empijamado para proclamar a República do Brasil no dia 15 de Novembro de 1889. Mas, cá prá nós, eu acho que a República Brasileira nunca foi, de fato, proclamada.
Que nunca mais se repita Canudos!
Ali pelos trinta, Canudos repetiu-se no Contestado...
Em 1991, o peruano Vargas Llosa inspirou-se na guerra  de Canudos e escreveu um tijolão intitulado A Guerra do Fim do Mundo.
Amanhã o fim do mundo prosseguirá com o resultado das eleições norte-americanas, disputadas por Donald Trump e Hilary Clinton. Trump é Hitler e Hilary a versão tupiniquim de Dilma Roussef. Ou seja: Trump não presta, é um perigo para o mundo todo e Hilary não fica atrás. Em suma: ambos são flores do mal.
Em 1857, o francês Charles Baudelaire publicou o belíssimo livro de poesias intitulado Les Fleurs du Mal.




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