Celia, Téo, Assis e Celma, no IMB |
O mundo é feito de tragédias, de dramas e
tragédias.
No meio da madrugada da última terça, ouvi pela CBN
notícia dando conta da queda de um avião que levou para o céu mais de 70 almas.
Enquanto isso acontecia em terreno colombiano, no
Planalto brasileiro deputados pelo povo eleitos maracutaiavam na Câmara um
projeto que, a princípio, era a favor da sociedade. Na maracutaia por eles engendrada,
tudo virou e virou a favor deles, dos maracutaieiros.
Enquanto o mundo todo chorava a tragédia ocorrida
no solo colombiano, os maracutaieiros brasileiros riam do povo que os elegeram.
O presidente deles, na Câmara, o chileno Rodrigo Maia, ainda procurou se
justificar dizendo que a Câmara não é cartório para carimbar o que o povo quer.
A tragédia do avião que caiu na Colombia, enlutou
o mundo todo.
O que o povo colombiano fez, em homenagem aos
mortos daquele acidente, jamais o Brasil faria de modo espontâneo.
Mas como eu disse ali em cima: o mundo é feito de
tragédias...
Ouvi no rádio que o presidente tampão, Michel
Temer, iria a Chapecó receber e homenagear os mortos no aeroporto da cidade, e
que não iria ao velório por medo de ser vaiado.
Na minha terra, cabra que se comporta desse jeito
é frouxo.
Temer é um frouxo.
Temer é uma tragédia, uma tragédia brasileira;
filhote de outra tragédia, a tragédia oriunda de uma presidenta. E como filhote
dessa tragédia, temos um presidento. Esse presidento outro dia disse que em
tempos de instituições fracas, qualquer “fatozinho” dá no que dá.
Nessa brincadeira de mau gosto, nós, brasileiros,
continuamos a comer desde sempre, o pão que o diabo amassou.
Claro, a república brasileira é uma tragédia; e
tudo começou em 1889 com o alagoano Deodoro da Fonseca, marechal.
De lá pra cá, a porca torceu o rabo, e como
torceu!
Foi governo e veio governo e pouco ou nada de bom para
o povo ocorreu.
Em 1930, Getúlio virou o pai do povo. Mas no seu
tempo, as artes tinham vez. Incrível, não é?
Getúlio foi ditador.
Depois de Getúlio, pouco depois de Getúlio, o mineiro
Juscelino Kubitschek disse uma vez que no seu dicionário não havia o verbete “covarde”.
Temer vaia do povo é covardia.
O fato meus amigos, o fato minhas amigas, é que a
cultura brasileira está mais pra baixo do que cu de cobra. E como cobra, deslizando...
Hoje estiveram no Instituto Memória Brasil, IMB,
as cantoras Celia e Celma – vozes puríssimas da música popular brasileira. Com
elas e comigo esteve o Téo Azevedo, um dos mais completos artistas da cultura
popular da nossa terra, compositor excepcional, fertilíssimo, ganhador recente
do Grammy Latino e do título de Cidadão Paulistano.
A conversa entre esses artistas, que registrei, girou
em torno da atenção que nossos governantes lhes dão. Ou seja, nada, zero, coisa
nenhuma. Meu Deus!
Um país se faz com educação e cultura.
O último brasileiro a ocupar a pasta da Cultura,
Marcelo Calero denunciou um ministro de Temer, Gedel, por tráfico de
influência. E aí, com isso, Temer perdeu seu 6º ministro em seis meses de presidência.
Alguma coisa está errada, e ainda tem, batendo à
porta, a Odebrecht: mais de 70 executivos da empresa acabam de assinar acordo
de delação premiada. Falam-se em cerca de 200 nomes de políticos envolvidos em
ma-ra-cu-ta-ias.
E agora? O Brasil é lindo, mas...
O
mundo está de luto
E
chorando sem parar
A
tristeza é muito grande
Espalhada
pelo ar
Levando
muita gente
A
acender velas e rezar
MAIS UM POETA NO AR: EU CONHECI O MARANHENSE FERREIRA GULAR. UM
GRANDE POETA. DE HISTÓRIA COMPRIDA E BELA. FERREIRA GULAR VIROU ESTRELA, COMO
OS ATLETAS CHAPECOENSES. VIVA FERREIRA GULAR!
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