Chiquinha Gonzaga foi a mulher que mais compôs música no Brasil.
Ela nasceu no final do século 19 e morreu em 1935, deixando umas duas mil músicas nos gêneros os mais diversos. Não seria exagero dizer que foi ela que inventou a marcha carnavalesca, em 1889, a pedido dos foliões do Cordão de Ouro do Rio de Janeiro.
A história de Chiquinha é uma história incrível. Ela casou-se quando tinha 16 anos de idade, a mando do pai. Mas o casamento durou pouco e ele foi seguindo na vida até que apaixonou-se, já nos 40, por um jovem português de 16 anos de idade, com quem viveu até o fim da vida.
Esse jovem, João, tinha gosto pela música e criou o selo O Popular, onde Chico Alves gravou o seu primeiro disco, com o samba O Pé de Anjo.
Chiquinha sempre esteve muito a frente do seu tempo.
Chiquinha, maestrina, compunha ao piano.
Até há pouco questionava-se o fato de lea não ter deixado nenhum registro seu ao piano. Mas deixou. Esse registro foi feito num disco O Popular, em que ela ocupa as duas faixas e, de viva voz, identifica-se ao piano, interpretando uma habanera e uma valsa, que não se sabe serem de sua autoria.
O registro de Chiquinha Gonzaga ao piano se acha num audio recuperado no acervo do Instituto Moreira Sales, graças ao colecionador Gilberto Gonçalves. O disco é de 1922.
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