Páginas

sábado, 1 de abril de 2017

"O MALUF É UM CORRUPTO DE RAIZ"





A alta corte da Venezuela voltou atrás por mando do ditador Maduro e revogou a decisão de fechar a Assembleia Nacional, lá deles. Foi hoje. Quer dizer: deputados e senadores venezuelanos continuam protestando, mas sem vez no seu país.
O Negócio lá está feio.
O povo venezuelano está comendo o pão que o Maduro amassou.
O ditador Maduro fez-me lembrar outros ditadores de nuestra América e do mundo todo.
Dezenas de países continuam sendo regidos sob a chibata ditatorial. Entre esses países o Egito, Rússia, Cuba, um monte. Uns trinta, quarenta.
A palavra ditadura tem origem na Roma antiga. Mas na Roma antiga o ditador era escolhido por quem mandava no país. E aí falamos de juízes de corte ou o equivalente. E o ditador escolhido tinha tempo para mandar e desmandar, mas não podia decretar guerra e matar seu povo como o fazem os atuais ditadores de plantão.
Na Roma antiga, os ditadores escolhidos tinham tempo de mando, no máximo, seis meses. E essas escolhas se davam em momentos muito especiais, momentos em que o país se achava em perigo de cair nas mãos inimigas.
Pois bem, o Brasil já viveu tempos ditatoriais.
Getúlio mandou e desmandou, a partir de 1930. Mais especialmente no período do Estado Novo (1937-1945).
Depois desse período veio 1964.
O Brasil viveu sob o poder militar entre 1964 e 1985.
Foram 21 anos de exceção, de pressão, de estagnação econômica. E aí foram decretados vários Atos Institucionais, o pior deles o de nº 5. Foi um período de governador biônico etc.
Hoje, num trem do Metrô, ouvi uma frase curiosa dita numa conversa entre dois senhores. Ouvi bem: O Maluf é um corrupto de raiz.
O diálogo entre os dois senhores foi um diálogo que girou em torno dos políticos que escolhemos para nos representar e eles, por sua vez, escolheram representar a si próprios. E a meleca está feita, com os ratos correndo doidamente das ratoeiras.
Maluf, diante do que fazem os políticos de hoje, chega a ser ingênuo. O corrupto de raiz  fez escola, mas foi superado por discípulos que cantam de galo no Congresso Nacional. Detalhe: se puser a fuça e os cambitos de fora do país certamente cairá nas garras da lei, porque as nossas leis, infelizmente...


A propósito, acabo de lembrar de um livro muito interessante sobre ditador e ditadura. Esse livro é um romance de um cara com quem trabalhei na Folha. Esse cara chamava-se Josué Guimarães (1921-1986). E o livro Os Tambores Silenciosos. Trata-se de uma história que tem como personagem central um homenzinho desses, sabe, que quer ter o povo sob rédeas. Esse personagem, João Cândido, proíbe na sua cidade, Lagoa Branca, a entrada e leitura de Jornais e revistas e confisca todos os aparelhos de rádio da população, um horror! Vale a pena ler, para que nunca nos esqueçamos dos malefícios que provoca um ditador.
Sobre leitura falarei mais depois.

JOÃO DORIA

Todos que me leem sabem o que penso. Moro em São Paulo desde 1976. Em 1998, recebi no título de cidadão paulistano, o que muito me honra. Sempre falei e escrevi sobre tudo ou quase tudo que me vem à telha. Sou cidadão, com direito a voto e a ser votado. Como milhões e milhões de brasileiros que acertam e erram, muitas vezes errei quando votei. Ainda aposto no Dória, porém, um detalhe: Não há almoço gratuito. Digo isso por uma razão: dezenas e dezenas de empresas e empresários têm dado de mão beijada milhões e milhões de reais que o Dória tem pedido, sei não, mas acho esquisito. no sistema capitalista ninguém dá nada de graça. Arrepio-me ao pensar o tamanho da conta que pode vir em futuro breve. Enquanto a conta não chega, é palma e louvor prá todo lado. Viva Dória? Tomara que ele cumpra com a promessa de ficar até o fim a frente da prefeitura paulistana. Mas outro dia conversando com meus botões, uma pulga pulou-me à orelha e cochichou: "O Dória é candidato à presidência da República, não pelo PSDB". A propósito, os caciques do PSDB estão mais sujos do que corda de amarrar porco.

Um comentário:

  1. Matias José Ribeiro02 abril, 2017 11:46

    Grande Assis Ângelo

    Você escreve "O povo venezuelano está comendo o pão que o Maduro amassou."

    Nem isso, meu caro!

    Notícia que li hoje:

    "Na Venezuela não há farinha nem para as hóstias da Semana Santa.

    A falta de farinha na Venezuela é tão grande que está em risco o fabrico de hóstias para a Semana Santa, noticia o jornal El Universal. “Se não há farinha, não há hóstias, e sem hóstias não há eucaristia”, disse a freira Concépcion Gómez, superiora das Servas de Jesus, na paróquia de Altagracia, um dos principais centros de produção de hóstias na capital."

    Um abraço

    Matias

    ResponderExcluir