Jornalista Audálio Dantas media palestra de Assis Ângelo sobre o Cego Aderaldo, no Sesc |
Para o Cego Aderaldo eu fiz o poeminha que segue:
Neste mundo ainda tem
Muito cego apaixonado
Cantando a vida em verso
De modo improvisado
Como o tempo todo fez
O bardo Cego Aderaldo
Aderaldo foi exemplo
De poeta e cidadão
Enxergava muito longe
Sem nos olhos ter visão
E lutava boa luta
Com as armas do coração
E lutava e cantava
Com uma rabeca na mão
Enaltecendo a natureza
E os filhos da Criação
Como os peixes do mar
E as aves de arribação
Ele era incomparável
No seu tempo de repente
Estava em todo o canto
Cantando sempre contente
Brincando com a rabeca
E fazendo verso para a gente
E não via com os olhos
Ele via com a mente!
Ele era especial
Sensível, inteligente
E mais do que ligeiro
No gatilho do repente
O repente é arte
É a alma da cantoria
É a via que transforma
Tristeza em alegra
E leva o povo todo
Ao mundo da fantasia
Um mundo fabuloso
Bonito, encantado
De violas repentinas
Por poetas habitado
E onde sempre estará
O mago Cego Aderaldo
Bom tocador de rabeca
E doutor em verso rimado
Foi primeiro sem segundo
No canto metrificado
E nunca fugiu à luta
Toda vez que foi chamado
Lutou com Patativa Sinfronio e Oliveira
Rogaciano e Pinto
E também com Zé Limeira
Aderaldo foi um marco
da porfia brasileira
Ele chegou, ele partiu
Mas deixou verso plantado
E verso de toda a cor
Pra um dia ser lembrado
E é por isso que digo
Viva o Cego Aderaldo!
Olá Grande Assis, obrigado por trazer a tona a história de Aderaldo F. Araujo e muito obrigado ! por nos deliciar com este poemão sobre o mestre do repente;um baitabração, Paulo Barbosa
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