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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O NORDESTE COMO ELE É: MARAVILHOSO.

Passa do milhar o número de municípios que formam os nove Estados nordestinos.
O Nordeste ocupa uma área que passa de 1,5 milhão de Km², área idêntica à que ocupa São Paulo.
Quem nasce no Nordeste é gente boa, tipo Cortez.
José Xavier Cortez é nordestino de Currais Novos, RN.
É no Rio Grande do Norte, terra do estudioso da cultura popular Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), que se passa a história da peça A Invenção do Nordeste, baseada no livro de mesmo título assinado pelo professor Durval Muniz de Albuquerque Jr e publicado pela Cortez Editora.
Dois atores se submetem a uma seleção para contar uma história, a história da terra de onde são originários.
No correr da preparação dos atores, são mostradas a complexidade e idiossincrasias da região, incluindo lendas e mitos. Personagens históricos como Padre Cícero e Lampião são lembrados, como lembrados também são os problemas derivados do preconceito que sofrem as pessoas de lá. Alguns recortes atuais são feitos com precisão. Caras e falas de políticos, como Renan, aparecem  nuas e cruas à platéia, que rapidamente entende o saque da direção e aplaude.
A direção e figurino da peça trazem assinatura de Quitéria Kelly.
Os atores Henrique Fontes, Mateus Cardoso e Robson Medeiros dão vida ao espetáculo. 
É raro, até hoje, um nordestino comum não ser discriminado fora da sua região. Esse é um mal que também atinge pobres, negros, analfabetos e minorias diversas que pela sua diversidade formam maioria. Exemplos disso? Se acha em todo canto e quase a toda hora. A peça, baseada no livro de Durval Muniz aborda os mais delicados problemas que afligem o Nordeste e os nordestinos. A seca, a fome, etc. Só que isso tudo é contado de modo bem humorado, com graça, gracioso, por isso é tão fácil, natural, a receptividade do público que ri e aplaude as cenas do começo ao fim.
O Nordeste continua a merecer a atenção do resto do Brasil, pois somos todos brasileiros. 
No Nordeste há muita história prá se contar. E parodiando o mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967): o Nordeste está em todo canto.




CIDADANIA

A rede SESC é formada por centenas de unidades Brasil afora. Surgiu em 1946, logo depois de Dutra assumir a presidência da República. Essa rede vive da grana do empresariado, das indústrias. E é muito boa, diga-se de passagem, porém, há sempre um porém, como já dizia Plínio Marcos. Fui assistir a peça A Invenção do Nordeste na Unidade Belenzinho do SESC. Tive dificuldade em acessar o teatro. O elevador estava quebrado e tal e nenhum funcionário ofereceu ajuda. Diabos! Não é nada não, mas um desses acasos da vida levou-me a perder a visão. Ando de bengala e tal, para facilitar os passos. Mas não é fácil andar sem luz nos olhos. Acho que os funcionários da Rede SESC poderiam ser melhor treinados para atender o público do qual faço hoje parte. E agora, neste instante, tomo conhecimento pelo Facebook de mais um caso absurdo, caracterizado pela ausência de cidadania: diz a notícia que uma menina de 13 anos foi expulsa da Escola Educar Sesc, de Fortaleza, CE,  pelo simples fato de ser transexual, quer dizer, somos ou não somos todos iguais? A nossa Constituição garante igualdade entre todos os brasileiros, certo? O SESC cearense precisa se manifestar imediatamente sobre esse assunto, até porque um país sem educação e cultura é um país infeliz, de povo bambo e sem rumo.



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