Diógenes foi um cara que viveu há uns 400 anos antes de Cristo. Era grego, nascido numa localidade chamada Sinópe, região que fica ali pelas bandas do Mar Negro e ao Norte da Turquia.
Diógenes não era garapa, era um palavrão entalado na garganta dos poderosos da sua época. Pintou e bordou e não deixou barraca de pé. Nem Alexandre, o Grande, escapou da língua ferina de Diógenes, que se recusava a ser chamado de mestre e tal e recusava as benesses de Estado. Uma perguntinha: O que Diógenes tinha a ver com Aristóteles, Sócrates e Platão? Nada.
Diógenes não obedecia leis e nem puxava o saco dos homens ricos do seu tempo, nem a filosofia, que imortalizou Aristóteles, Sócrates e Platão e seus pares romanos, lhe interessava. Tanto que não deixou nada escrito, que nem Sócrates. Sócrates também não era bolinho não. Era., digamos, um Diógenes mais ilustrado e mestre de Platão, que foi mestre de Aristóteles.
Uma vez, diz a lenda, Diógenes num linguajar nada rebuscado teria mandado Alexandre se catar, sair da sua frente.
Sócrates era seguido por todos os jovens atenienses, era ídolo, mesmo.
Se Diógenes e Sócrates vivessem no Brasil de hoje, o Brasil teria, quem sabe, um destino melhor. Um porém: Sócrates correria o risco de ser condenado pelo STF por causa das suas ideias.
Diógenes morreu com 89 anos de idade e Sócrates com 70 e poucos.
Em homenagem a Diógenes eu compus o poeminha que segue:
A terra de Homero
E da Mitologia
Dos deuses do Olimpo
E da Democracia
Plantou em Diógenes
A flor da Anarquia
Diógenes era um doido
Diplomado em Poesia
Com sua lanterna acesa
Em pleno dia
Procurou mas não achou
No poder cidadania
Outras coisas ele achou
Mas não o que queria:
Um Ser que fosse honesto
A verdade sem fantasia
e um santo que falasse
Do valor da valentia
Valente é todo Ser
Que vive de teimosia
Que detesta injustiça
E a lei da "Mais Valia"
E não vou falar mais disso
Adeus, até outro dia!
BRINCANDO COM A HISTÓRIA (44)