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sábado, 5 de agosto de 2017

E A VERDADE NO BRASIL, HEIN?

Diógenes foi um cara que viveu há uns 400 anos antes de Cristo. Era grego, nascido numa localidade chamada Sinópe, região que fica ali pelas bandas do Mar Negro e ao Norte da Turquia.
Diógenes não era garapa, era um palavrão entalado na garganta dos poderosos da sua época. Pintou e bordou e não deixou barraca de pé. Nem Alexandre, o Grande, escapou da língua ferina de Diógenes, que se recusava a ser chamado de mestre e tal e recusava as benesses de Estado. Uma perguntinha: O que Diógenes tinha a ver com Aristóteles, Sócrates e Platão? Nada.
Diógenes não obedecia leis e nem puxava o saco dos homens ricos do seu tempo, nem a filosofia, que imortalizou Aristóteles, Sócrates e Platão e seus pares romanos, lhe interessava. Tanto que não deixou nada escrito, que nem Sócrates. Sócrates também não era bolinho não. Era., digamos, um Diógenes mais ilustrado e mestre de Platão, que foi mestre de Aristóteles.
Uma vez, diz a lenda, Diógenes num linguajar nada rebuscado teria mandado Alexandre se catar, sair da sua frente. 
Sócrates era seguido por todos os jovens atenienses, era ídolo, mesmo.
Se Diógenes e Sócrates vivessem no Brasil de hoje, o Brasil teria, quem sabe, um destino melhor. Um porém: Sócrates correria o risco de ser condenado pelo STF por causa das suas ideias.
Diógenes morreu com 89 anos de idade e Sócrates com 70 e poucos.
Em homenagem a Diógenes eu compus o poeminha que segue:

A terra de Homero
E da Mitologia
Dos deuses do Olimpo
E da Democracia
Plantou em Diógenes
A flor da Anarquia

Diógenes era um doido

Diplomado em Poesia
Com sua lanterna acesa
Em pleno dia
Procurou mas não achou
No poder cidadania

Outras coisas ele achou

Mas não o que queria:
Um Ser que fosse honesto
A verdade sem fantasia
e um santo que falasse 
Do valor da valentia

Valente é todo Ser

Que vive de teimosia
Que detesta injustiça
E a lei da "Mais Valia"
E não vou falar mais disso
Adeus, até outro dia!


BRINCANDO COM A HISTÓRIA (44)



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