Num
mês como este, de primavera, o pioneiro num monte de iniciativas culturais
Cornélio Pires, de Tietê, SP, se achava na capital paulista às voltas com o
lançamento da segunda leva de cinco discos da sua série Caipira contratada à
empresa Byington & Company, representada no Brasil pela gravadora Columbia,
que era dirigida pelo norte-americano Wallace Downey. Esses discos seriam lançados em outubro de 1929.
Quem
apresentou Cornélio a Downey foi o Capitão Furtado, que viria a se transformar
num grande compositor e descobridor de talentos, como a dupla Tonico & Tinoco (acima, Tinoco participando pela última vez da gravação de um disco).
A
série resultou em meia centena de discos, todos produzidos e pagos de próprio
bolso por Cornélio.
Esses
discos eram vendidos de mão em mão pelo interior do Estado, com muito sucesso.
Com Cornélio, a música do campo chegou ao disco e ao alcance das pessoas de bom gosto. Já hoje...
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ROBERTO
SILVA
Hoje
faz um ano que o cantor carioca Roberto Silva partiu para o chamado andar de
cima. Ele nasceu no dia 9 de abril de 1920 e morreu no dia 9 de setembro de
2012. Era uma das mais belas vozes do samba-canção. Eu o conheci uns dois ou
três anos antes de ele partir, após uma de suas últimas apresentações em São
Paulo, mais precisamente na choperia do Sesc Pompéia. Quem nos apresentou foi
Osvaldinho da Cuíca.