A lua no céu era Nova naquela manhã de 2 de agosto de 1989, uma
quarta-feira.
Hoje, 25 anos depois, no céu a lua aparece na sua fase de Quarto Crescente.
Para os gregos antigos, a deusa da Lua Nova atendia por Hécate e
da Quarto Crescente, Ártemis.
Na Mesopotâmia, a Lua era uma deusa chamada Sin.
Na China, Kwan-Yin.
No mundo árabe, a Lua é a representação de Alá.
Os israelenses alinhavam a Lua ao povo nômade.
Jaci ou Cairê é como os nossos índios denominam a Lua, independentemente
das suas fases, como a Cheia, que na velha Grécia era chamada de Selene, uma
deusa, claro.
Para muitos, desde tempos imemoriais, a Lua sempre representou mitos,
segredos e mistérios da vida – e da morte.
E por isso e muito mais a Lua sempre foi reverenciada e adorada
pelos antigos, até como uma espécie de deus andrógino, como na Índia onde a Lua
na sua fase crescente é Shiva.
No campo da cultura popular musical, os nordestinos brasileiros
têm também uma espécie de deus baseado no satélite natural da Terra que tanta
curiosidade e crença desperta: Luiz Gonzaga, chamado de Lua desde 1944,
primeiro pelo carioca Horondino José da Silva, o Dino 7 Cordas (1918-2008), e
depois por todo mundo graças à divulgação do ator e radialista Paulo Gracindo
nos microfones da Rádio Nacional.
O Lua brasileiro morreu numa Lua Nova,
Vinte e cinco anos depois, pela crença católica, Gonzaga renasce
na Lua Crescente, que é como a Lua aparece hoje no céu.
Aliás, dizem que é na Lua Crescente que se deve casar ou mudar,
por ser para isso a melhor de suas fases.
Eu, que nasci numa Lua Crescente (27 de setembro de 1952, um
sábado), casei noutra fase e dancei.
Pois é, viva o Lua!
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