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sexta-feira, 2 de setembro de 2022

CRISTINA KIRCHNER ESCAPA DA MORTE

Chocante a notícia do ataque frustrado contra a vida da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Foi ontem 1, à noite, em Buenos Aires.
O autor do ataque é um brasileiro de 35 anos, que rapidamente foi imobilizado por apoiadores da vítima. 
Nenhum membro do corpo de segurança de Cristina impediu os movimentos do brasileiro. 
A violência, como se vê, continua se espalhando por todo canto.
Bolsonaristas, na sua maioria, carregam o ódio e disposição para bater e matar como aconteceu recentemente no Paraná, PR.
Policiais federais estão dando guarda aos presidenciáveis. Lula é o mais protegido por uma guarda formada por mais de 100 homens.
Este mês de setembro pode nos trazer muitas más noticias. 
Dentro de exatamente um mês serão realizadas eleições para presidente, governador, senador, deputado estadual e deputado federal. 
Que Deus nos proteja!

SEBASTIÃO MARINHO 

O cantador repentista Sebastião Marinho será entrevistado amanhã 3 por Carlos Sílvio, apresentador titular do programa Paiaiá na Conexão, apresentado todos os sábados na Rádio  Conectados. O papo começará, pontualmente, ao meio-dia. Fica a dica. Não percam!

EU E MEUS BOTÕES (36)

Olá pessoal, estou trazendo um amigo pra conhecer vocês. Trata-se do historiador e ensaísta Darlan Zurc.
"De onde você é, Zurc?", perguntou Zilidoro emendando outra pergunta: "Tem livro na praça, seu Zurc?".
Zurc sorriu tirando o blazer e disse: "Sou baiano de Nova Soure, cidadezinha abrasível de quase 30 mil habitantes e localizada há 225 km de Salvador".
Biu cutucou o irmão Barrica, dizendo em voz baixa: "O cara é meio esquisito...". E o irmão, também em voz baixa: "Intelectual é assim mesmo, esquisito, metido...".
Lá do seu canto, Lampa cabisbaixo cutucava as unhas com seu punhalzinho de estimação, aparentemente indiferente. 
O Zurc, pessoal, está lançando um livro muito interessante. O título já é de chamar atenção: A Fúria de Papéis Espalhados.
"De que trata esse livro, Sr. Zurc?", perguntou o bom Mané. E Zurc: "É um livro no qual reúno ensaios sobre escritores brasileiros. Basicamente é isso".
Para minha surpresa, Zé pediu a palavra pra dizer que lera um texto que escrevi a respeito de Zurc e seu livro. Com o celular aberto pediu licença e leu em voz alta um trecho do que escrevi: 
 
"Declaradamente fã do jornalista Paulo Francis (1930-1997), Zurc escreve com leveza e um quê de graça.
Nos tempos de Silvio Romero e José Veríssimo o que se lia nos jornais era poesia e romances continuados. Folhetins. Mas isso não impedia que os jornalistas daquele tempo escrevessem com firmeza e originalidade.
Eram os tempos do jornalismo literário. À propósito, João do Rio (1881-1921) deixou um livro específico sobre esse tema: O Momento Literário, publicado em 1909. Tempos aqueles em que escritores formavam opinião, como os jornalistas de hoje.
Eram jornalistas todos aqueles que escreviam em jornais.
José de Alencar (1829-1877) escreveu críticas e folhetins, como O Guarany. Obra-prima.
Machado de Assis seguia na mesma linha, publicando poemas, contos, crônicas, romances e críticas diversas.
E assim foi.
Pra falar do presente, é preciso saber do passado.
Já na virada do século XIX para o século XX, João do Rio ganhava notoriedade publicando críticas, crônicas, contos etc. O João referido foi o cara que inventou a reportagem. História.
É basilar a função de um crítico.
Darlan Zurc pode ser, quem sabe, uma luz no deserto da crítica literária nacional..."
 
Zilidoro bateu palmas e perguntei, rindo: Pra quem são essas palmas, Zilidoro? "Pra seu Zurc e para o Sr., seu Assis", disse Zilidoro.
Ainda em silêncio, Lampa continuava cutucando as unhas. Zoião, em silêncio até agora, ousou perguntar: "Por que o Sr. resolveu escrever livro?". Resposta: "Escritor escreve livros. Cursei História na Universidade da Bahia e a minha vontade era ensinar. Talvez faça isso agora. Estou me preparando. Quero ser professor e o caminho, mais uma vez, é a Universidade".
Jão perguntou: "As pessoas parecem que estão lendo menos, a que se deve isso?".
Zurc gostou da pergunta e respondeu: "Pesquisas indicam que cada vez mais, menos pessoas estão lendo. É uma pena, pois a leitura nos enriquece sobremaneira. A leitura nos enriquece, nos dá conhecimento. Quem não lê, não sabe o que está perdendo".
Zé seguiu na linha de Jão, perguntando: "O Sr. lê muito?". E Zurc: "Sim, leio bastante. Pelo menos um livro por semana. Mas leio também jornais e revistas. Tenho fome por leitura. E o Sr., seu Zé, também gosta de ler?", aproveitou para perguntar o escritor. E Zé: "Mais ou menos, mais ou menos. Mas gosto de ler".
E você Lampa, lê também?, perguntei.
Pego de surpresa, Lampa tossiu e gaguejando respondeu: "Não, não leio. Não sei ler, não aprendi a ler. Durante toda minha vida, só trabalhei".
"No Brasil ainda há milhões de brasileiros analfabetos. A educação é de fundamental importância para um país, mas entra governo e sai governo e a educação passa sem a atenção merecida", disse Darlan Zurc. E Zilidoro: "O Lula e o Ciro, candidatos à presidência da República, têm dito que se eleitos vão radicalizar positivamente no campo da educação. Garantem que no seu governo vão acabar com o analfabetismo. Tomara que isso aconteça".
Bom pessoal, a conversa está muito boa e pronto. "Bom fim de semana a todos e foi ótimo conhecer vocês", emendou o convidado dessa prosa, o escritor baiano Darlan Zurc.

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